Médico alerta para os cuidados com o coração durante o inverno

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As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo e a incidência de problemas cardíacos durante o inverno aumenta em 25%, segundo a Associação Americana do Coração (American Heart Association). Quando a temperatura alcança médias diárias abaixo de 14°C (graus Celsius), os casos de morte por infarto do miocárdio sobem para até 30%, […]

POR Redação SRzd16/07/2021|5 min de leitura

Médico alerta para os cuidados com o coração durante o inverno
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As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo e a incidência de problemas cardíacos durante o inverno aumenta em 25%, segundo a Associação Americana do Coração (American Heart Association). Quando a temperatura alcança médias diárias abaixo de 14°C (graus Celsius), os casos de morte por infarto do miocárdio sobem para até 30%, e a cada 10°C a menos na temperatura, o risco de infarto cresce em 7%.

Segundo o doutor Ricardo Alonso, cardiologista da Clínica Felippe Mattoso, isso ocorre porque as reações do organismo às baixas temperaturas levam à necessidade de algumas adaptações no sistema cardiovascular, que trabalha mais para manter seu equilíbrio.

“O frio ativa os receptores nervosos da pele, desencadeando uma maior liberação de adrenalina, hormônio que contrai os vasos sanguíneos, aumenta a frequência cardíaca e, consequentemente, aumento do consumo de oxigênio pelo músculo do coração. A redução das vias de circulação sanguínea, mesmo pequena, pode provocar as rupturas de placas de gordura nas artérias que irrigam o coração, e essa ocorrência leva à possibilidade de formação de coágulos – em razão de uma tentativa de equilíbrio natural feita pela concentração de proteinas e plaquetas presentes no sangue. Todo esse processo, por fim, pode entupir as artérias e provocar um infarto. Quando esse processo provoca uma obstrução das artérias carótidas, que levam o sangue ao cérebro, pode-se também gerar um acidente vascular cerebral (AVC)”.

De acordo com o médico, outro fator que demanda atenção em relação às doenças cardiovasculares e o frio é a ocorrência mais frequente das doenças respiratórias e a presença de infecção, que podem aumentar o risco de acometimento cardiovascular.

Entre os sintomas mais comuns do infarto estão: dor no peito, falta de ar, náuseas, dor no braço esquerdo, dor nas costas, no pescoço ou no estômago, que também podem ser iniciadas após esforço ou situações de estresse e, até mesmo, em repouso. “A dor pode ser em aperto, opressão, queimação ou de difícil caracterização. O fato é que qualquer sintoma deve ser investigado”, explica o profissional.

Prevenção e exames

Durante o inverno, as pessoas tendem a se exercitar menos, ingerem menos líquidos e consomem alimentos mais gordurosos e calóricos, hábitos que também aumentam os riscos de doenças do sistema cardiovascular.

Doutora Ricardo alerta que nesta ou em qualquer época do ano, as pessoas devem procurar ter hábitos de vida saudáveis; usar roupas adequadas para cada estação do ano – principalmente no inverno para se manterem aquecidas; ingerir no mínimo dois litros de água por dia; evitar alimentos muito gordurosos e salgados; manter atividade física de leve a moderada intensidade e, se possível, sob orientação de um profissional; e realizar consultas médicas periódicas e exames cardiológicos preventivos capazes de identificar fatores de risco, como colesterol elevado, hipertensão arterial e diabetes. Outros fatores também podem ter influência, como a apneia do sono, que pode aumentar o risco de hipertensão arterial.

“Ressalto que a vacina contra os vírus da gripe oferecida gratuitamente pelo SUS nos postos de saúde é uma opção de extrema importância na prevenção da gripe e consequentemente das doenças respiratórias e cardíacas, que podem vir associadas ao estado gripal. Então, todas as pessoas incluídas nos grupos prioritários, conforme divulgação do Ministério da Saúde, devem ser vacinadas. Atualmente somente cerca de 42% do público alvo inicial foi vacinado. A vacinação anual é necessária porque com o passar do tempo os níveis de anticorpos em nosso organismo diminuem. De 2020 para 2021 houve alteração de 50% das cepas do vírus da gripe (influenza)”.

Os exames diagnósticos indicados são desde os mais simples, como o eletrocardiograma e o teste de esforço ou ergométrico, até exames de imagem que podem ser associados ao esforço, ou ainda a medicamentos para a investigação necessária nas pessoas que têm dificuldade de realizar o exercício físico na esteira ou na bicicleta ergométrica.

Os exames de imagem, como o ecocardiograma de repouso, realizam avaliações estruturais e da função cardíaca, além de ser bastante útil para doenças congênitas. Ainda, pode-se investigar a presença de obstruções nas artérias do coração de forma não invasiva com a cintilografia miocárdica e angiotomografia computadorizada das artérias coronárias, que permitem avaliar o grau de obstrução das artérias coronarianas e a repercussão na irrigação do miocárdio (músculo do coração). A ressonância magnética cardíaca é mais um dos exames importantes que avalia a função cardíaca, alterações estruturais e viabilidade do músculo cardíaco.

“A medicina personalizada e preditiva contribui para a realização de exames para o diagnóstico correto e precoce, sejam de rotina, para diagnóstico ou acompanhamento, dependendo do risco estabelecido de acordo com as características e histórico do paciente”, conclui o cardiologista.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo e a incidência de problemas cardíacos durante o inverno aumenta em 25%, segundo a Associação Americana do Coração (American Heart Association). Quando a temperatura alcança médias diárias abaixo de 14°C (graus Celsius), os casos de morte por infarto do miocárdio sobem para até 30%, e a cada 10°C a menos na temperatura, o risco de infarto cresce em 7%.

Segundo o doutor Ricardo Alonso, cardiologista da Clínica Felippe Mattoso, isso ocorre porque as reações do organismo às baixas temperaturas levam à necessidade de algumas adaptações no sistema cardiovascular, que trabalha mais para manter seu equilíbrio.

“O frio ativa os receptores nervosos da pele, desencadeando uma maior liberação de adrenalina, hormônio que contrai os vasos sanguíneos, aumenta a frequência cardíaca e, consequentemente, aumento do consumo de oxigênio pelo músculo do coração. A redução das vias de circulação sanguínea, mesmo pequena, pode provocar as rupturas de placas de gordura nas artérias que irrigam o coração, e essa ocorrência leva à possibilidade de formação de coágulos – em razão de uma tentativa de equilíbrio natural feita pela concentração de proteinas e plaquetas presentes no sangue. Todo esse processo, por fim, pode entupir as artérias e provocar um infarto. Quando esse processo provoca uma obstrução das artérias carótidas, que levam o sangue ao cérebro, pode-se também gerar um acidente vascular cerebral (AVC)”.

De acordo com o médico, outro fator que demanda atenção em relação às doenças cardiovasculares e o frio é a ocorrência mais frequente das doenças respiratórias e a presença de infecção, que podem aumentar o risco de acometimento cardiovascular.

Entre os sintomas mais comuns do infarto estão: dor no peito, falta de ar, náuseas, dor no braço esquerdo, dor nas costas, no pescoço ou no estômago, que também podem ser iniciadas após esforço ou situações de estresse e, até mesmo, em repouso. “A dor pode ser em aperto, opressão, queimação ou de difícil caracterização. O fato é que qualquer sintoma deve ser investigado”, explica o profissional.

Prevenção e exames

Durante o inverno, as pessoas tendem a se exercitar menos, ingerem menos líquidos e consomem alimentos mais gordurosos e calóricos, hábitos que também aumentam os riscos de doenças do sistema cardiovascular.

Doutora Ricardo alerta que nesta ou em qualquer época do ano, as pessoas devem procurar ter hábitos de vida saudáveis; usar roupas adequadas para cada estação do ano – principalmente no inverno para se manterem aquecidas; ingerir no mínimo dois litros de água por dia; evitar alimentos muito gordurosos e salgados; manter atividade física de leve a moderada intensidade e, se possível, sob orientação de um profissional; e realizar consultas médicas periódicas e exames cardiológicos preventivos capazes de identificar fatores de risco, como colesterol elevado, hipertensão arterial e diabetes. Outros fatores também podem ter influência, como a apneia do sono, que pode aumentar o risco de hipertensão arterial.

“Ressalto que a vacina contra os vírus da gripe oferecida gratuitamente pelo SUS nos postos de saúde é uma opção de extrema importância na prevenção da gripe e consequentemente das doenças respiratórias e cardíacas, que podem vir associadas ao estado gripal. Então, todas as pessoas incluídas nos grupos prioritários, conforme divulgação do Ministério da Saúde, devem ser vacinadas. Atualmente somente cerca de 42% do público alvo inicial foi vacinado. A vacinação anual é necessária porque com o passar do tempo os níveis de anticorpos em nosso organismo diminuem. De 2020 para 2021 houve alteração de 50% das cepas do vírus da gripe (influenza)”.

Os exames diagnósticos indicados são desde os mais simples, como o eletrocardiograma e o teste de esforço ou ergométrico, até exames de imagem que podem ser associados ao esforço, ou ainda a medicamentos para a investigação necessária nas pessoas que têm dificuldade de realizar o exercício físico na esteira ou na bicicleta ergométrica.

Os exames de imagem, como o ecocardiograma de repouso, realizam avaliações estruturais e da função cardíaca, além de ser bastante útil para doenças congênitas. Ainda, pode-se investigar a presença de obstruções nas artérias do coração de forma não invasiva com a cintilografia miocárdica e angiotomografia computadorizada das artérias coronárias, que permitem avaliar o grau de obstrução das artérias coronarianas e a repercussão na irrigação do miocárdio (músculo do coração). A ressonância magnética cardíaca é mais um dos exames importantes que avalia a função cardíaca, alterações estruturais e viabilidade do músculo cardíaco.

“A medicina personalizada e preditiva contribui para a realização de exames para o diagnóstico correto e precoce, sejam de rotina, para diagnóstico ou acompanhamento, dependendo do risco estabelecido de acordo com as características e histórico do paciente”, conclui o cardiologista.

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