Em entrevista ao jornal britânico Financial Times, o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro afirmou que o governo Bolsonaro usou a presença do ex-juiz na equipe ministerial como desculpa. A intenção de Bolsonaro, segundo Moro, era fingir que que medidas de combate à corrupção estariam sendo tomadas. Segundo o ex-ministro, o governo não faz muito pela pauta: “Uma […]
POR Redação SRzd26/07/2020|2 min de leitura
Jair Bolsonaro e Sérgio Moro. Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Em entrevista ao jornal britânico Financial Times, o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro afirmou que o governo Bolsonaro usou a presença do ex-juiz na equipe ministerial como desculpa. A intenção de Bolsonaro, segundo Moro, era fingir que que medidas de combate à corrupção estariam sendo tomadas.
Segundo o ex-ministro, o governo não faz muito pela pauta: “Uma das razões para eu sair do governo foi que não estava se fazendo muito (pela agenda anticorrupção). Eles estavam usando minha presença como uma desculpa, então eu saí. A agenda anticorrupção tem sofrido reveses desde 2018”.
Sérgio Moro também falou sobre a acusação de que o presidente teria interferido politicamente na Polícia Federal. Um inquérito no Supremo Tribunal Federal investiga as declarações do ex-ministro. Para Moro, não dá para pregar a anticorrupção sem respeitar as regras.
“Ele mudou o diretor da Polícia Federal sem pedir minha opinião e sem uma boa causa. Não acho que dá para combater corrupção sem respeitar a lei e a autonomia das instituições que investigam e denunciam crimes”, disse Moro.
O ex-ministro também comentou a aproximação de Bolsonaro com o Centrão, que o Financial Times definiu como o “controverso bloco de partidos conhecidos por oferecer apoio em troca de cargos políticos”. Para Moro, “o governo parecia evitar esse tipo de prática no começo, mas hoje em dia não é possível ter tanta certeza”.
Em entrevista ao jornal britânico Financial Times, o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro afirmou que o governo Bolsonaro usou a presença do ex-juiz na equipe ministerial como desculpa. A intenção de Bolsonaro, segundo Moro, era fingir que que medidas de combate à corrupção estariam sendo tomadas.
Segundo o ex-ministro, o governo não faz muito pela pauta: “Uma das razões para eu sair do governo foi que não estava se fazendo muito (pela agenda anticorrupção). Eles estavam usando minha presença como uma desculpa, então eu saí. A agenda anticorrupção tem sofrido reveses desde 2018”.
Sérgio Moro também falou sobre a acusação de que o presidente teria interferido politicamente na Polícia Federal. Um inquérito no Supremo Tribunal Federal investiga as declarações do ex-ministro. Para Moro, não dá para pregar a anticorrupção sem respeitar as regras.
“Ele mudou o diretor da Polícia Federal sem pedir minha opinião e sem uma boa causa. Não acho que dá para combater corrupção sem respeitar a lei e a autonomia das instituições que investigam e denunciam crimes”, disse Moro.
O ex-ministro também comentou a aproximação de Bolsonaro com o Centrão, que o Financial Times definiu como o “controverso bloco de partidos conhecidos por oferecer apoio em troca de cargos políticos”. Para Moro, “o governo parecia evitar esse tipo de prática no começo, mas hoje em dia não é possível ter tanta certeza”.
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