América Latina: O governo dos Estados Unidos, sob o comando do presidente Joe Biden, tomou a decisão de enviar líderes do Comando Sul de suas Forças Armadas para a Guiana, planejando estratégias de defesa para o país. frente aos venezuelanos.
A medida coincide com os planos da Venezuela de realizar um referendo para legitimar a anexação de mais de dois terços do território da Guiana, a região do rio Essequibo.
O governo de Nicolás Maduro programou consulta popular sobre o tema para o próximo domingo (3) e recusou o reconhecimento da competência da Corte Internacional de Justiça da ONU. O caso está em julgamento há décadas.
Diante da situação, tropas venezuelanas foram mobilizadas para a fronteira com a Guiana, inclusive iniciando a construção de uma base aérea.
A área em disputa, com cerca de 160 mil quilômetros quadrados, é estratégica, especialmente após a descoberta de uma grande reserva de petróleo pela empresa americana ExxonMobil, no ano de 2019. Com a realização do referendo, a Venezuela poderia, segundo analistas, recorrer à Constituição e declarar um estado de defesa, suspendendo inclusive a eleição presidencial prevista para o próximo ano.
O governo dos EUA fez um apelo diplomático a Venezuela por precaução, sem explicitar as possíveis consequências em caso de recusa.