Olho seco pode afetar seis em cada dez pacientes com glaucoma

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O olho seco, cujo nome médico é ceratoconjuntivite seca, é uma doença que afeta de 8 a 30% da população em geral, acima dos 40 anos de idade. Contudo, a prevalência em quem tem glaucoma pode chegar a quase 60%. Estudos ao longo dos anos apontaram uma forte relação do olho seco com o glaucoma. […]

POR Redação SRzd21/08/2021|3 min de leitura

Olho seco pode afetar seis em cada dez pacientes com glaucoma

Olho humano. Foto: Pikist

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O olho seco, cujo nome médico é ceratoconjuntivite seca, é uma doença que afeta de 8 a 30% da população em geral, acima dos 40 anos de idade. Contudo, a prevalência em quem tem glaucoma pode chegar a quase 60%.

Estudos ao longo dos anos apontaram uma forte relação do olho seco com o glaucoma. A razão é que os medicamentos usados para controlar a pressão intraocular (PIO), principal fator de risco para o glaucoma, podem afetar a saúde do filme lacrimal, resultando no olho seco.

Segundo a oftalmologista doutora Maria Beatriz Guerios, especialista em glaucoma, trata-se de uma condição muito delicada.

“O uso de colírios para o tratamento do glaucoma é uma estratégia importantíssima para o controle da pressão intraocular. Entretanto, com o tempo, há efeitos adversos desses fármacos que causam um desequilíbrio no filme lacrimal”, disse a profissional.

“O motivo é que os colírios possuem conservantes e excipientes que alteram as estruturas celulares. Com isso, surgem anormalidades no filme lacrimal levando aos sintomas do olho seco”, complementa.

“Além disso, estudos já demonstraram que essas alterações causam uma inflamação crônica na superfície ocular, bem como reduzem a adesão do paciente à terapia. Por último, ambas as doenças diminuem a qualidade de vida de forma significativa”, explica a doutora.

Sinais e sintomas

Os principais sintomas do olho seco são dor, ardência, irritação, coceira, vermelhidão e sensação de corpo estranho nos olhos. Estudos mostraram que nos pacientes com glaucoma, o olho seco também causa diminuição da acuidade visual.

Os pacientes relatam dificuldades para realizar atividades da vida diária, como ler, dirigir, assistir televisão e usar os dispositivos eletrônicos, como celulares e computadores.

“Outra consequência do olho seco em conjunto com o glaucoma, é que a redução das lágrimas resulta em concentrações mais altas dos colírios na superfície ocular. Por fim, a aplicação desses medicamentos pode ser mais desconfortável na presença dos sintomas de secura ocular”, comenta a médica.

Tratamento

A especialista ressalta que o principal objetivo do tratamento do olho seco nos pacientes com glaucoma é minimizar a resposta inflamatória, optando por medicamentos que poupem a superfície ocular, com formulações sem conservantes.

“Outra estratégia importante é unir o tratamento das duas condições logo no início do diagnóstico do glaucoma. É preciso reconhecer e tratar, precocemente, os sintomas da ceratoconjuntivite para reduzir os efeitos desses medicamentos na superfície ocular”, ressalta.

Atualmente, há evidências de que é possível optar por terapias alternativas aos colírios. Hoje, os procedimentos minimamente invasivos, como os stents intraoculares e a trabeculotomia a laser, podem ser opções para controlar a pressão intraocular em alguns pacientes.

“Mas, essa estratégia depende de vários fatores, como o tipo de glaucoma. Ou seja, o tratamento precisa ser individualizado”, reforça Maria Beatriz.

Por último, quando não há indicação para procedimentos cirúrgicos, alguns pacientes com olho seco podem se beneficiar da terapia de luz intensa pulsada.

“Esse tratamento reduz a inflamação da superfície ocular, bem como ajuda a desobstruir as glândulas que produzem as substâncias que compõem o filme lacrimal. A grande vantagem da luz pulsada é a remissão dos sintomas a longo prazo. Sem dúvidas, isso contribui para o tratamento do glaucoma e melhora da qualidade de vida”, finaliza a oftalmologista.

O olho seco, cujo nome médico é ceratoconjuntivite seca, é uma doença que afeta de 8 a 30% da população em geral, acima dos 40 anos de idade. Contudo, a prevalência em quem tem glaucoma pode chegar a quase 60%.

Estudos ao longo dos anos apontaram uma forte relação do olho seco com o glaucoma. A razão é que os medicamentos usados para controlar a pressão intraocular (PIO), principal fator de risco para o glaucoma, podem afetar a saúde do filme lacrimal, resultando no olho seco.

Segundo a oftalmologista doutora Maria Beatriz Guerios, especialista em glaucoma, trata-se de uma condição muito delicada.

“O uso de colírios para o tratamento do glaucoma é uma estratégia importantíssima para o controle da pressão intraocular. Entretanto, com o tempo, há efeitos adversos desses fármacos que causam um desequilíbrio no filme lacrimal”, disse a profissional.

“O motivo é que os colírios possuem conservantes e excipientes que alteram as estruturas celulares. Com isso, surgem anormalidades no filme lacrimal levando aos sintomas do olho seco”, complementa.

“Além disso, estudos já demonstraram que essas alterações causam uma inflamação crônica na superfície ocular, bem como reduzem a adesão do paciente à terapia. Por último, ambas as doenças diminuem a qualidade de vida de forma significativa”, explica a doutora.

Sinais e sintomas

Os principais sintomas do olho seco são dor, ardência, irritação, coceira, vermelhidão e sensação de corpo estranho nos olhos. Estudos mostraram que nos pacientes com glaucoma, o olho seco também causa diminuição da acuidade visual.

Os pacientes relatam dificuldades para realizar atividades da vida diária, como ler, dirigir, assistir televisão e usar os dispositivos eletrônicos, como celulares e computadores.

“Outra consequência do olho seco em conjunto com o glaucoma, é que a redução das lágrimas resulta em concentrações mais altas dos colírios na superfície ocular. Por fim, a aplicação desses medicamentos pode ser mais desconfortável na presença dos sintomas de secura ocular”, comenta a médica.

Tratamento

A especialista ressalta que o principal objetivo do tratamento do olho seco nos pacientes com glaucoma é minimizar a resposta inflamatória, optando por medicamentos que poupem a superfície ocular, com formulações sem conservantes.

“Outra estratégia importante é unir o tratamento das duas condições logo no início do diagnóstico do glaucoma. É preciso reconhecer e tratar, precocemente, os sintomas da ceratoconjuntivite para reduzir os efeitos desses medicamentos na superfície ocular”, ressalta.

Atualmente, há evidências de que é possível optar por terapias alternativas aos colírios. Hoje, os procedimentos minimamente invasivos, como os stents intraoculares e a trabeculotomia a laser, podem ser opções para controlar a pressão intraocular em alguns pacientes.

“Mas, essa estratégia depende de vários fatores, como o tipo de glaucoma. Ou seja, o tratamento precisa ser individualizado”, reforça Maria Beatriz.

Por último, quando não há indicação para procedimentos cirúrgicos, alguns pacientes com olho seco podem se beneficiar da terapia de luz intensa pulsada.

“Esse tratamento reduz a inflamação da superfície ocular, bem como ajuda a desobstruir as glândulas que produzem as substâncias que compõem o filme lacrimal. A grande vantagem da luz pulsada é a remissão dos sintomas a longo prazo. Sem dúvidas, isso contribui para o tratamento do glaucoma e melhora da qualidade de vida”, finaliza a oftalmologista.

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