Condenado por estupro, Daniel Alves buscará apoio financeiro de Neymar da Silva Santos, pai de Neymar, para pagar a fiança de um milhão de euros, cerca de R$ 5,4 milhões, exigida pela Justiça da Espanha, e deixar a cadeia.

Segundo o jornal “La Vanguardia”, o pagamento deve efetuado ainda nesta quarta-feira (20), possibilitando a imediata soltura do ex-jogador.

Ainda segundo o mesmo jornal, porém, Daniel Alves não deve sair da prisão ainda nesta quarta, já que o prazo para o depósito da fiança na conta da secretaria do tribunal expirava às 14h locais (10h no horário de Brasília).

Vale lembrar que a família de Neymar já havia fornecido a Daniel Alves 150 mil euros como parte de uma indenização à vítima, o que resultou na redução da pena em primeira instância.

Em conversa com Emerson Sheik, ex-jogador e atual comentarista da CNN, Neymar Pai afirmou em janeiro que Daniel Alves “não tinha dinheiro para se defender”.

O empresário disse na ocasião que preferiu “ter o peso de acreditar em um amigo do que virar as costas para alguém”. Para ele, a contribuição financeira é “uma ajuda a um amigo”.

De acordo com informações do jornal catalão “El Periodico”, fontes próximas ao ex-atleta relataram que a defesa não estava preparada para um valor de fiança tão elevada, levando-o a buscar ajuda de familiares e amigos.

Ao G1, a assessoria de Neymar e de Neymar Pai afirmou: “No momento não temos comentários a fazer sobre o assunto”.

De acordo com o Celebrity Net Worth, portal especializado em riqueza de celebridades, e o jornal Marca, da Espanha, o patrimônio total de Daniel Alves é de 60 milhões de euros (cerca de R$ 330 milhões, na cotação atual).

Pedido de liberdade concedido

Em decisão divulgada na manhã desta quarta-feira (20), os juízes da Audiência de Barcelona, em maioria, optaram por liberar Daniel Alves enquanto aguarda a sentença final do caso de estupro.

Em fevereiro, o ex-jogador – que está detido no presídio de Brians 2, um complexo presidencial a 40 quilômetros de Barcelona, onde tem uma casa – foi condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual.

Na decisão, o tribunal explicou que a prisão preventiva exige ser “objetivamente necessária” e que “ou não existam outras medidas menos onerosas que possam ser adotadas ou dure o tempo mínimo imprescindível” para todo o processo. Sobre o risco de fuga, apontou “levar em conta as circunstâncias pessoais do réu para avaliar a necessidade de manutenção” da prisão preventiva.