Segundo pesquisa da Ipsos a patinação artística é o esporte que mais interessa aos brasileiros nos Jogos Olímpicos de Inverno 2022, que começou na sexta-feira (4) em Pequim.
Os entrevistados do Brasil e de outras 27 nações foram provocados a identificar os três esportes que julgam ter mais interesse. Em 38% das listas dos brasileiros a patinação artística liderou. Em seguida vem o snowboard e a patinação de velocidade com 20% e 16% das menções, respectivamente.
Considerando o resultado global, a patinação artística também lidera e foi escolhida por 27% dos respondentes. Na sequência, aparecem salto de esqui e hóquei no gelo – ambos com 18% –, patinação de velocidade (15%) e snowboard (13%).
Interesse
A pesquisa aponta que 47% dos respondentes brasileiros estão interessados na competição olímpica, índice próximo à média global (46%). Os chineses, anfitriões desta edição dos Jogos, lideram o ranking: 84% responderam de forma afirmativa. Em seguida, aparecem Índia e África do Sul – 70% e 62%, respectivamente.
A Alemanha puxa a lista das nações menos entusiasmadas. Para 70%, a competição de inverno não desperta interesse. Logo após, empatadas com 68%, estão Canadá, Grã-Bretanha e Bélgica.
Cenário pandêmico
Os entrevistados foram questionados se apoiam a realização do evento em meio à pandemia. Para 52% dos entrevistados em todos os países, o evento deve ser mantido, contrapondo outros 48%. Os brasileiros estão divididos: metade (50%) defende a realização.
O maior apoio à realização das Olímpiadas de Inverno com a pandemia em curso foi registrado no país anfitrião: 80% dos entrevistados na China mostraram-se favoráveis. A lista de países que mais apoiam a competição é seguida por Rússia (74%), Polônia (70%) e Índia (67%).
No lado oposto, contrários à realização, estão a Coréia do Sul, com 70% de rejeição, Canadá (66%) e Japão (63%).
Doping
69% dos entrevistados globais afirmam que atletas de países que foram oficialmente barrados por doping ainda devem ser autorizados a competir sob a bandeira olímpica de seu país, excluindo apenas os atletas que fizeram usos de substâncias proibidas.
As nações que mais concordam com a liberação são Arábia Saudita (78%), Índia (76%) e Bélgica (75%); já os menores índices de apoio à ideia foi registrado entre os respondentes de Alemanha, Hungria (ambas com 61%) e Turquia, Suécia (ambas com 62%). No Brasil, 71% são favoráveis.
Posicionamentos
No geral, 55% afirmam que é apropriado que os atletas se posicionem publicamente sobre questões sociais ou políticas durante a Olimpíada de Inverno 2022. As nações que mais concordam são Índia (74%), Alemanha (72%) e Arabia Saudita (70%). O Brasil aparece mais abaixo, com 61% favoráveis.
No entanto, em alguns países o apoio a posicionamentos de atletas durante a competição é baixo. É o caso da Hungria (37%), França (39%) e Coreia do Sul (42%).
Nacionalismo
Para 57% dos entrevistados globais, a competição demonstra excesso de nacionalismo. A lista dos países que mais enxergam esse exagero é liderada pela Arábia Saudita e Turquia – ambas com 77% de respostas afirmativas. Em seguida, também em empate, estão Brasil e Índia, com 73%.
No lado oposto está a Suécia, com apenas 35% de pessoas que veem nacionalismo demais na competição. Depois estão Polônia (37%) e França (41%).
Paraolimpíadas
De maneira geral os entrevistados demonstraram pouco conhecimento em relação à competição paraolímpica. Um em cada dois (50%) afirmaram não conhecer os esportes apresentados.
Quando questionados sobre a cobertura midiática em seus países, 60% concordaram com a frase “as notícias e a mídia esportiva do meu país dão uma boa cobertura aos Jogos Paralímpicos”. Neste quesito os brasileiros aparecem próximo à média global, com 61% de concordância.
Sobre a pesquisa
A Ipsos entrevistou 20.025 adultos, sendo aproximadamente 1.000 no Brasil, entre 23 de dezembro de 2021 e 7 de janeiro de 2022. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.
Além do Brasil, integram a pesquisa: Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, Chile, China, Colômbia, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Hungria, Índia, Itália, Japão, Malásia, México, Holanda, Peru, Polônia, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Turquia e Estados Unidos.
Leia também:
+ Dívidas deixam de existir? Conheça mitos e verdades sobre prescrição de contas não pagas
+ Café é a segunda bebida mais consumida no Brasil mesmo com alta nos preços