PGR defende que Bolsonaro não sabia que cloroquina era ineficaz para Covid
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, informou ao STF, o Supremo Tribunal Federal, que o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) “acreditava sinceramente” que o uso de medicamentos sem comprovação cientifica contra a Covid-19, como cloroquina e a hidroxicloroquina, poderiam ajudar no enfrentamento à pandemia. Bolsonaro não agiu para “apregoar cura infalível sabidamente ineficaz”, defendeu […]
POR Redação SRzd25/07/2022|3 min de leitura
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, informou ao STF, o Supremo Tribunal Federal, que o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) “acreditava sinceramente” que o uso de medicamentos sem comprovação cientifica contra a Covid-19, como cloroquina e a hidroxicloroquina, poderiam ajudar no enfrentamento à pandemia.
Bolsonaro não agiu para “apregoar cura infalível sabidamente ineficaz”, defendeu Araújo. procuradora diz ainda que o fato de o presidente ter segurado uma embalagem de cloroquina em aparição pública não constitui, por si só, prova do crime de charlatanismo.
Os argumentos foram apresentados pela PGR ao STF no pedido de arquivamento da investigação sobre esse suposto crime. A ação é uma das demandas da CPI da Covid, encerrada em outubro de 2021, no Senado Federal. Ao todo, a PGR defendeu o arquivamento de sete das dez apurações abertas com base no relatório da comissão.
A CPI concluiu que a “opção levada a cabo sobretudo pelo chefe do Executivo Federal contribuiu para a aterradora tragédia na qual centenas de milhares de brasileiros foram sacrificados e outras dezenas de milhões foram contaminados, muitos ainda sequelados”.
Ao pedir que o Supremo arquive apurações contra Bolsonaro, Lindôra argumentou que o presidente já havia alertado, naquele momento, para a falta de comprovação científica no uso desses fármacos.
“O que se extrai é que, embora o presidente da República Jair Messias Bolsonaro tenha reconhecido que, à época, não existiam estudos sólidos acerca da infalibidade da cloroquina e da hidroxicloroquina para fins de tratamento do vírus SARS-COV-2, é certo que ele acreditava sinceramente que o uso desses fármacos auxiliaria no combate à doença, estando em curso vários estudos para a confirmação dessa eficácia, já à época defendida por inúmeros profissionais da área médica”, escreveu.
A PGR ressaltou ainda que “os fatos apontados pela CPI ocorreram em um contexto emergencial, de pandemia, em que, assim como apresentado no próprio Relatório da Comissão, havia urgência no combate à doença, cujo tratamento ainda não existia (seja por medicamentos ou vacina)”.
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, informou ao STF, o Supremo Tribunal Federal, que o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) “acreditava sinceramente” que o uso de medicamentos sem comprovação cientifica contra a Covid-19, como cloroquina e a hidroxicloroquina, poderiam ajudar no enfrentamento à pandemia.
Bolsonaro não agiu para “apregoar cura infalível sabidamente ineficaz”, defendeu Araújo. procuradora diz ainda que o fato de o presidente ter segurado uma embalagem de cloroquina em aparição pública não constitui, por si só, prova do crime de charlatanismo.
Os argumentos foram apresentados pela PGR ao STF no pedido de arquivamento da investigação sobre esse suposto crime. A ação é uma das demandas da CPI da Covid, encerrada em outubro de 2021, no Senado Federal. Ao todo, a PGR defendeu o arquivamento de sete das dez apurações abertas com base no relatório da comissão.
A CPI concluiu que a “opção levada a cabo sobretudo pelo chefe do Executivo Federal contribuiu para a aterradora tragédia na qual centenas de milhares de brasileiros foram sacrificados e outras dezenas de milhões foram contaminados, muitos ainda sequelados”.
Ao pedir que o Supremo arquive apurações contra Bolsonaro, Lindôra argumentou que o presidente já havia alertado, naquele momento, para a falta de comprovação científica no uso desses fármacos.
“O que se extrai é que, embora o presidente da República Jair Messias Bolsonaro tenha reconhecido que, à época, não existiam estudos sólidos acerca da infalibidade da cloroquina e da hidroxicloroquina para fins de tratamento do vírus SARS-COV-2, é certo que ele acreditava sinceramente que o uso desses fármacos auxiliaria no combate à doença, estando em curso vários estudos para a confirmação dessa eficácia, já à época defendida por inúmeros profissionais da área médica”, escreveu.
A PGR ressaltou ainda que “os fatos apontados pela CPI ocorreram em um contexto emergencial, de pandemia, em que, assim como apresentado no próprio Relatório da Comissão, havia urgência no combate à doença, cujo tratamento ainda não existia (seja por medicamentos ou vacina)”.