Política econômica de Temer faz indústria ter forte queda de produção em março

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A produção industrial registrou queda maior que a esperada em março. A produção industrial recuou 1,8% na passagem de fevereiro para março, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada ontem pelo IBGE. Na comparação interanual, a alta de 1,1% acabou revertendo a queda de 0,7% registrada em fevereiro, acumulando expansão de 0,6% no […]

POR Redação SRzd04/05/2017|3 min de leitura

Política econômica de Temer faz indústria ter forte queda de produção em março
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A produção industrial registrou queda maior que a esperada em março. A produção industrial recuou 1,8% na passagem de fevereiro para março, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada ontem pelo IBGE. Na comparação interanual, a alta de 1,1% acabou revertendo a queda de 0,7% registrada em fevereiro, acumulando expansão de 0,6% no ano.

Nos últimos doze meses, no entanto, a produção recuou 3,8%. A queda da produção industrial se deu de forma espalhada, com 15 dos 24 setores pesquisados contribuindo negativamente no período, além de haver contração em todas as categorias de uso.

A produção de bens de capital caiu 2,5%, revertendo parcialmente a alta de 5,9% em fevereiro. A retração de 8,5% dos bens de consumo duráveis refletiu, principalmente, a redução da produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,5%), como já indicado pelos dados da Anfavea.

No mesmo sentido, a produção de bens intermediários recuou 2,5% na margem. Na comparação interanual, todas as categorias de uso apresentaram variações positivas, sinalizando alguma estabilização da produção industrial. O crescimento da produção da indústria extrativa, que subiu 7,1% na comparação interanual, explicando parte da retomada da atividade do setor.

A produção industrial recuou 1,8% na passagem de fevereiro para março.

Entretanto, a produção desse componente ainda permanece abaixo dos níveis registrados antes do acidente em Mariana-MG no final de 2015, e mostrou queda de 1,1% na margem. Para 2017, projetamos crescimento de 1,0% da produção industrial, contribuindo positivamente para a recuperação gradual da atividade econômica.

De todo modo, é importante ressaltar que a forte expansão do setor agropecuário será o principal determinante para o resultado do PIB deste ano, especialmente para o primeiro trimestre, para o qual projetamos alta de 0,7%. Além disso, reforçando a expectativa de estabilidade da produção industrial, os índices de confiança da indústria registraram ligeira alta em abril.

O crescimento do consumo das famílias a partir do segundo semestre e a redução da taxa de juros também deverão favorecer a retomada da atividade industrial ao longo de 2017, que conta atualmente com a capacidade instalada em níveis de ociosidade elevados em diversos setores.

Atividade

Assim como observado nos meses anteriores, os indicadores industriais divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostraram desempenho heterogêneo em março. O faturamento real registou alta de 2,4% em relação ao mês anterior, descontada a sazonalidade.

No mesmo sentido, a utilização da capacidade instalada avançou ligeiramente no período, ao passar de 76,7% para 77,1%. Por outro lado, o nível de emprego e o número de horas trabalhadas, recuaram 0,2% e 0,7%, respectivamente. A massa salarial, no entanto, avançou 0,4%, revertendo o resultado negativo observado em fevereiro.

Vendas de materiais de construção

As vendas no varejo de materiais de construção apresentaram queda de 3,7% na passagem de março para abril, conforme os dados divulgados ontem pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e dessazonalizados pelo Depec-Bradesco. O resultado reverte parcialmente a variação positiva de 6,0% observada entre fevereiro e março.

Na comparação com março de 2016, as vendas permaneceram estáveis. Apesar do resultado negativo em abril, projetamos recuperação gradual do setor de materiais de construção ao longo deste ano, diante da elevação esperada da renda e da acomodação da taxa de desemprego na segunda metade deste ano.

A produção industrial registrou queda maior que a esperada em março. A produção industrial recuou 1,8% na passagem de fevereiro para março, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada ontem pelo IBGE. Na comparação interanual, a alta de 1,1% acabou revertendo a queda de 0,7% registrada em fevereiro, acumulando expansão de 0,6% no ano.

Nos últimos doze meses, no entanto, a produção recuou 3,8%. A queda da produção industrial se deu de forma espalhada, com 15 dos 24 setores pesquisados contribuindo negativamente no período, além de haver contração em todas as categorias de uso.

A produção de bens de capital caiu 2,5%, revertendo parcialmente a alta de 5,9% em fevereiro. A retração de 8,5% dos bens de consumo duráveis refletiu, principalmente, a redução da produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,5%), como já indicado pelos dados da Anfavea.

No mesmo sentido, a produção de bens intermediários recuou 2,5% na margem. Na comparação interanual, todas as categorias de uso apresentaram variações positivas, sinalizando alguma estabilização da produção industrial. O crescimento da produção da indústria extrativa, que subiu 7,1% na comparação interanual, explicando parte da retomada da atividade do setor.

A produção industrial recuou 1,8% na passagem de fevereiro para março.

Entretanto, a produção desse componente ainda permanece abaixo dos níveis registrados antes do acidente em Mariana-MG no final de 2015, e mostrou queda de 1,1% na margem. Para 2017, projetamos crescimento de 1,0% da produção industrial, contribuindo positivamente para a recuperação gradual da atividade econômica.

De todo modo, é importante ressaltar que a forte expansão do setor agropecuário será o principal determinante para o resultado do PIB deste ano, especialmente para o primeiro trimestre, para o qual projetamos alta de 0,7%. Além disso, reforçando a expectativa de estabilidade da produção industrial, os índices de confiança da indústria registraram ligeira alta em abril.

O crescimento do consumo das famílias a partir do segundo semestre e a redução da taxa de juros também deverão favorecer a retomada da atividade industrial ao longo de 2017, que conta atualmente com a capacidade instalada em níveis de ociosidade elevados em diversos setores.

Atividade

Assim como observado nos meses anteriores, os indicadores industriais divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostraram desempenho heterogêneo em março. O faturamento real registou alta de 2,4% em relação ao mês anterior, descontada a sazonalidade.

No mesmo sentido, a utilização da capacidade instalada avançou ligeiramente no período, ao passar de 76,7% para 77,1%. Por outro lado, o nível de emprego e o número de horas trabalhadas, recuaram 0,2% e 0,7%, respectivamente. A massa salarial, no entanto, avançou 0,4%, revertendo o resultado negativo observado em fevereiro.

Vendas de materiais de construção

As vendas no varejo de materiais de construção apresentaram queda de 3,7% na passagem de março para abril, conforme os dados divulgados ontem pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e dessazonalizados pelo Depec-Bradesco. O resultado reverte parcialmente a variação positiva de 6,0% observada entre fevereiro e março.

Na comparação com março de 2016, as vendas permaneceram estáveis. Apesar do resultado negativo em abril, projetamos recuperação gradual do setor de materiais de construção ao longo deste ano, diante da elevação esperada da renda e da acomodação da taxa de desemprego na segunda metade deste ano.

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