O presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi assassinado na madrugada desta quarta-feira (7) em sua casa em Porto Príncipe. Segundo o primeiro-ministro interino Claude Joseph trata-se de um ato “desumano e bárbaro”. Ele disse que está no comando do país e pediu calma à população após o ato “desumano e bárbaro”, afirmando que a polícia e o Exército já tem o controle da situação.
As primeiras informações dão conta de que um grupo de homens atacou a residência do presidente haitiano durante a noite e o matou a tiros. A primeira-dama Martine Moïse também foi atingida e está internada recebendo cuidados.
A madrugada que marca o assassinato do presidente do Haiti também registrou tiroteios em várias regiões da capital Porto Príncipe. O país vive uma guerra entre milícias que disputam o controle de regiões e a polícia que tenta impor controle à violência desmedida.
O descontrole nas ruas deslocou, desde o início de junho, pelo menos 17 mil pessoas, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e causou a morte de dezenas de civis.
Desde 2017, quando se elegeu presidente do Haiti, Moïse vinha enfrentando forte oposição. O presidente assassinado era acusado de tentar impor uma ditadura no país ao tentar alterar as leis do país para permanecer no cargo, coisa que o agora presidente morto sempre negou.
Um relatório do Unicef (Fundo da ONU para a Infância) publicado há duas semanas estima que existam hoje 95 gangues armadas que controlam grandes territórios da capital, ou cerca de um terço de Porto Príncipe. “Essas gangues estão cada vez mais envolvidas em batalhas armadas pelo controle do território, afetando a vida de cerca de 1,5 milhão de pessoas”, afirma o documento.