Uma série de reportagens do SRzd está ajudando a polícia a identificar bandidos que expõem em sites de compras, na internet, produtos como videogames e fitas de jogos e tenta comercializá-los com jovens de boa fé que acreditam estar lidando com gente decente. Para aplicar o golpe, os falsários se apropriaram de um documento, foto e vídeos de uma pessoa honesta que, em agosto de 2016, de fato queria vender um videogame. A primeira vítima chama-se  Gabriel Teixeira, morador de Volta Redonda.(Veja foto)

Mas como tudo isso aconteceu?

Um homem interessado em comprar os jogos de Gabriel, de nome Reginaldo, dizendo-se morador de São Paulo, entrou em contato pelo site de compras, e simulou querer adquirir as peças. Ele passou a conversar e pedir detalhes. Gabriel, que de nada suspeitou, falou do produto e as razões pelas quais ele decidiu vender os videogames.

Nesta conversa é que surgiu o plano de Reginaldo em aplicar golpes na praça. Por isso, o bandido deu corda e obteve as informações pessoais de Gabriel e do aparelho.

Ele  conseguiu a cópia da identidade de Gabriel, printou a foto do rapaz do face, pediu os vídeos de comprovação da existência do produto e, à partir dali, não só não comprou o videogame como se apropriou da persona de Gabriel e há  mais de um ano engana suas vítimas. A quadrilha consegue, segundo estimativas, mais de R$ 100 mil por mês.

Estas são as fotos do aparelho de Gabriel que a quadrilha copia e distribui na internet:

Depois que uma primeira vítima procurou Gabriel pelo Facebook  contou o que estava acontecendo, o rapaz foi até a delegacia e também postou uma mensagem no seu perfil isentando-se dos golpes que estão sendo aplicados.

 

Veja os vídeos de Gabriel utilizados pelos bandidos:

Apesar dos bandidos dizerem que moram em Volta Redonda, terra de Gabriel, todos os telefones e contas dadas para contato e depósito são do estado do Maranhão.

Uma das linhas de investigação é que os bandidos possam ser de presídios maranhenses e, de dentro do cárcere, estejam praticando os delitos. Evidentemente com a ajuda de  comparsas de fora, com contatos dentro dos bancos, que estejam ajudando a concluir as transações sacando o dinheiro das vítimas.

 

Ouça a entrevista de Gabriel Teixeira ao jornalista Sidney Rezende: