Samba foi sucesso e garantiu vitória da escola no Carnaval com uma parceria inédita, reunindo Martinho da Vila e Arlindo Cruz.
POR Redação SRzd07/06/2013|10 min de leitura
Samba foi sucesso e garantiu vitória da escola no Carnaval com uma parceria inédita, reunindo Martinho da Vila e Arlindo Cruz.
POR Redação SRzd07/06/2013|10 min de leitura
A Vila Isabel fez um grande carnaval e teve um grande samba-enredo no ano de 2013, mas como surgiu essa parceria?
Há tempos eu vinha sendo convidado para fazer samba com o Evandro Bocão, Diniz e Leonel, mas nunca conseguíamos, de fato, fazer. Teve ano que eu não fui por causa do enredo, teve outro que eu ia concorrer só que meu pai colocou samba e por respeito à figura dele por não querer enfrentá-lo não concorri; outro ano fiz samba com o Jonas Rodrigues e o Jorge Secretário, que foi uma parceria que me ensinou muito e fiquei honrado demais fazer com eles.
No ano de 2012, para o carnaval de 2013, Bocão assumiu o departamento de carnaval da agremiação e por isso não concorreu (um dia farei samba com ele também). Então eu entrei para a parceria que seria André, Arlindo, Leonel e eu. A Vila Isabel anunciou então o enredo: “A Vila canta o Brasil celeiro do mundo, Água no feijão que chegou mais um.”
O primeiro encontro oficial foi no quadrilátero da Vila e o André falou: “Tunico, estou com uma ideia de começar. O galo cantou… Os primeiros raios riscam o céu da manhã…”
E eu falei: “É o despertar do nobre agricultor…”
E o Leonel: “O badalar do sino vem anunciar.. E abençoar..”
Aquilo não saiu mais da minha cabeça e pronto… Começamos enfim a fazer o samba de 2013.
André sempre disse que o sonho dele era ser parceiro de meu pai. E eu sabia que meu pai não queria mais concorrer. Pai andava sem paciência, pois o gasto é muito alto e tem que ter a obrigatoriedade de torcida, quadra e etc.. Ele já não tem mais idade para isso.
Talvez fosse melhor eu fazer samba sem a presença do meu pai, pois assim eu sairia da “sombra dele”, correto? Errado!!! Sou parceiro de meu pai com orgulho e honra e não estou nem aí pra quem um dia disse que eu vivo debaixo do guarda chuva dele.
A parceria queria então um quinto parceiro para assinar e eu disse… Calma… Vamos chamar meu pai.
Na minha primeira conversa ouvi um sonoro não, mas aos poucos o pai foi ficando mais calmo, consegui marcar uma reunião entre ele, eu, André e Leonel no Petisco da Vila na 28 de setembro.Pai disse que até daria um toque e umas dicas mas que não assinaria.Foi aí então que André Olhou pra ele e disse: “Martinho, me dê essa oportunidade, me dê a honra de ser seu parceiro”. “Ganhando ou perdendo temos que um dia fazer juntos”, completou Leonel.
“Pai, entre todos nós, é quem mais tem haver com o samba, você é um homem do campo. Nasceu no campo e hoje comprou a fazenda que você nasceu, sempre está por lá e isso faz parte do seu dia a dia. Para completar tudo, você irá desfilar no dia 12 de fevereiro que é seu aniversário, com um samba seu na avenida feito junto de seu filho”, eu disse.
Pensativo, o pai disse: “É então comecem com a ideia de vocês que eu vou mandar uma segunda.”
Então marcamos na casa do André Diniz, que já vinha conversando comigo e com Leonel e vinha mostrando a linha de pensamento do samba e fomos fazendo. A base do samba foi feita pelo André, por mim e pelo Leonel e vínhamos fazendo uma bela obra. Quando pai chegou à casa do Diniz mostramos a ele junto com parte da melodia que ele havia mandado para nós por e-mail, deu também a ideia da letra de ter, Com os passarinhos no esplendor da manhã… O sino da igrejinha vem anunciar…
Mas a parceria estava ameaçada por causa da palavra… REFORMAR.
Eu e pai fomos pra Natal fazer um show , ficamos por lá por dois dias. Fizemos algumas mudanças … Pai não assinaria o samba se não falássemos na reforma agrária , também não queria Vila Chão da Poesia Celeiro de Bamba..mas a coisa da reforma tinha mesmo que ter… Pelo o que conheço do meu pai ,não assinaria mesmo o samba , pelo celular eu disse pro André: “André, pai não gostou e não vai assinar.Temos dar um jeito nisso e rápido.”
Conversei com o André Diniz durante horas e fomos então à luta. Fomos ajeitando a letra e tira daqui, levanta daqui levanta dali, troca daqui troca de lá…desliga..André me liga…e desliga…eu ligo…e conversa daqui é melhor assim de cá e de lá e desliga o fone e Liga Leonel troca disso troca aqui…ficamos horas pelo telefone…e ainda tinha o refrão do meio para terminar.O tempo ia passando e tínhamos que entregar o samba prontinho . Nem falava com meu pai ,pois sentia que realmente o gênio não assinaria e estaria então perdendo a chance de ser parceiro dele em um samba enredo.Já tínhamos até mesmo um outro samba que sinceramente era horrível não chegaria aos pés desse samba , meu desespero foi aumentando.
Amanheceu e o André me ligou de novo: “É parceiro não vai ser dessa vez, né? Mas vamos fazer o seguinte, mostrar a ele partilhar ao invés de reformar. Tira isso daqui e coloca de lá, coloca ao som do fole daqui e de lá só não mexemos, no Vila Chão da Poesia Celeiro de bamba.”
“Boa André! Vamos que vamos. Quanto ao Celeiro de Bamba pode deixar que isso ele vai aceitar. Agora deixa eu fazer o trabalho de casa e conversar com ele.”
Mexi em pouca coisa da letra e fui lá acordar o gênio.Fui até o restaurante e pedi um bule de café pra ele com torrada que ele gosta e acordei a fera. Quando meu pai acordou, dei meu bom dia e saí, pois ele não gosta de falar quando acorda. Esperei o momento certo para atacar a fera. Pai disse que como socialista e militante, como ele sempre foi, não poderia fazer um samba que fala do interior, se não mencionasse a reforma agrária e o termo reformar não poderia entrar no samba por conta do patrocinador da Vila. Arlindo concordou com o pai, isso foi muito bom.
Voltamos então ao Rio de Janeiro, eu ainda sem mostrar nada para ele fui direto pro estúdio.
A poucas horas da entrega do samba fomos gravar e chegou o Arlindo Cruz, dizendo: “Tunico, eu espero que seu pai faça com a gente, mas estou feliz por fazer com você, então vamos fazer uma coisinha aqui.”
“Ah Arlindo, nem fale assim… ele vai assinar… Vamos fazer de tudo para ele assinar.”
Ele me pega o banjo e faz: “É muié o cupadi chegou puxa o banco e vem prosear”.
E mexeu na letra daqui e dali e fomos juntos os 4 preparando o samba para a aprovação do mestre.
Rapaz, a aceitação foi na hora desse refrão. E no estúdio mesmo começamos a mudar e gravamos.
Naquele dia as pessoas estavam mais calmas, eu era o nervosismo em pessoa.Eu queria muito ter um samba com meu pai e andava de um lado para o outro e quem não sabia o que estava acontecendo não entendia aquela minha reação.Gravamos então uma versão que eu fiz a voz guia para poder explicar pra ele a letra e a melodia.Gravei por horas pois o tom já era o do Wander Pires e consegui.Mandei pro meu pai por e-mail e no e-mail expliquei tudo o que tínhamos feito.No dia seguinte, ele me ligou: “De quem foi a ideia de partilhar, foi sua?”
“Não pai, a ideia foi do Diniz.”
“Ficou bom, mas quero dar uma ajeitada na parte de cima, pra dar uma ajustada. Eles querem mudar aqui na segunda, né?”
“Sim pai, é isso aí…”
“Mas vamos colocar isso, aquilo…e aquilo outro..”
“Ok Pai, ficou melhor assim, você então fala agora pra mim. Vai assinar? Posso ter a honra de ser seu parceiro?”
Pai deu uma risada e disse: “Vou assinar, vamos lá enfrentar essa disputa e tentar vencer meu filho parceiro.”
Ao desligar o telefone minha reação foi:
“ÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ CHUPA ANTIS.” rsrrsrsrsrs
Martinho da Vila fez em sua maioria seus sambas sozinhos e seus parceiros faziam uma coisa aqui..outro ali..mas esse foi feito pelos cinco compositores que ali estavam assinando a obra da Vila Isabel.
Acho que o mais legal disso tudo, foi que juntamos a forma contemporânea de fazer samba que é Diniz, Cruz e Leonel com uma forma mais cadenciada que é a minha e a de meu pai. Consegui dar esse presente pra Vila que foi juntar os dois maiores vencedores de samba da Vila que é Martinho da Vila e André Diniz. O resultado foi esse samba que ganhou todos os prêmios e foi sim o grande responsável pelo campeonato da Vila Isabel de 2013.
Fui muito criticado por muita gente e me diziam para que eu não fizesse essa parceria. Falaram até que meu pai fez samba apenas para dar força ao filho ,que eu não fiz uma virgula desse samba.Fui muito bombardeado e sofri certas injustiças.Leonel também sofreu injustiças pois parte da imprensa dá os créditos do samba para pai, Diniz e Arlindo e sequer lembram dele e nem de mim .Chegaram a dizer que eu estava com uma carinha triste nas eliminatórias.Disseram que meu pai no desfile estava completamente constrangido.Ahh constrangido???? Meu pai estava era contemplativo comemorando o seus 75 anos na avenida, curtindo o seu samba do alto de seu carro alegórico.Teve gente até mesmo da família , antigos parceiros que fecharam a cara pra mim, mas continuei em frente.Eu sempre acreditei no que eu estava fazendo.Quem me apoiou desde o início foi minha mulher Ana Lucia e meus 3 filhos que são a Lara, o Leonardo e a Luah.
Qual o resultado disso?
VILA ISABEL A GRANDE CAMPEÉ DO CARNAVAL E O QUESITO SAMBA ENREDO GANHOU TODOS OS PRÉMIOS DADOS PELOS GRANDES SITES, JORNAIS E TVS.
Eu tive a honra de participar dessa parceria gloriosa que eu não sei se continuará, pois dependerá do enredo que a escola escolher. A Vila perdeu integrantes importantíssimos para a escola, ganhou outros,espero que não perca essa parceria de ouro , isso vai depender da direção da Vila Isabel com a escolha de um grande enredo, para o bem do carnaval da escola.
Aprendi que para se ter a vitória em uma guerra, é preciso saber guerrear e não me arrependo nadinha do que fiz. A Vila Isabel merecia ter uma parceria entre seus dois maiores campeões. A Vila Isabel está a cima de qualquer vaidade, aqui ninguém se vendeu, fizemos sim, um samba antológico para a nossa escola.Todos compraram a idéia de ver a Vila Isabel campeã junto com a sua comunidade !!!
A vocês que tanto me criticaram, digo apenas: “Viu como eu estava certo? Respeito apenas é o que peço.”
Nunca na história do carnaval pai e filho compuseram samba enredo para uma escola de samba.
É minha gente, graças a Deus, aconteceu esse ano Com Martinho da Vila e Tunico da Vila, também pela primeira vez, meu pai teve seu samba campeão na avenida. Ouvi dele: “É meu filho, se não fosse por você, isso não teria acontecido…”
Tenho muita honra de ser parceiro de meu pai que é o meu mestre e também grande companheiro,seja na derrota ou Vitória!!!!!
“Deus existe, é meu amigo e não me desampara”
A Vila Isabel fez um grande carnaval e teve um grande samba-enredo no ano de 2013, mas como surgiu essa parceria?
Há tempos eu vinha sendo convidado para fazer samba com o Evandro Bocão, Diniz e Leonel, mas nunca conseguíamos, de fato, fazer. Teve ano que eu não fui por causa do enredo, teve outro que eu ia concorrer só que meu pai colocou samba e por respeito à figura dele por não querer enfrentá-lo não concorri; outro ano fiz samba com o Jonas Rodrigues e o Jorge Secretário, que foi uma parceria que me ensinou muito e fiquei honrado demais fazer com eles.
No ano de 2012, para o carnaval de 2013, Bocão assumiu o departamento de carnaval da agremiação e por isso não concorreu (um dia farei samba com ele também). Então eu entrei para a parceria que seria André, Arlindo, Leonel e eu. A Vila Isabel anunciou então o enredo: “A Vila canta o Brasil celeiro do mundo, Água no feijão que chegou mais um.”
O primeiro encontro oficial foi no quadrilátero da Vila e o André falou: “Tunico, estou com uma ideia de começar. O galo cantou… Os primeiros raios riscam o céu da manhã…”
E eu falei: “É o despertar do nobre agricultor…”
E o Leonel: “O badalar do sino vem anunciar.. E abençoar..”
Aquilo não saiu mais da minha cabeça e pronto… Começamos enfim a fazer o samba de 2013.
André sempre disse que o sonho dele era ser parceiro de meu pai. E eu sabia que meu pai não queria mais concorrer. Pai andava sem paciência, pois o gasto é muito alto e tem que ter a obrigatoriedade de torcida, quadra e etc.. Ele já não tem mais idade para isso.
Talvez fosse melhor eu fazer samba sem a presença do meu pai, pois assim eu sairia da “sombra dele”, correto? Errado!!! Sou parceiro de meu pai com orgulho e honra e não estou nem aí pra quem um dia disse que eu vivo debaixo do guarda chuva dele.
A parceria queria então um quinto parceiro para assinar e eu disse… Calma… Vamos chamar meu pai.
Na minha primeira conversa ouvi um sonoro não, mas aos poucos o pai foi ficando mais calmo, consegui marcar uma reunião entre ele, eu, André e Leonel no Petisco da Vila na 28 de setembro.Pai disse que até daria um toque e umas dicas mas que não assinaria.Foi aí então que André Olhou pra ele e disse: “Martinho, me dê essa oportunidade, me dê a honra de ser seu parceiro”. “Ganhando ou perdendo temos que um dia fazer juntos”, completou Leonel.
“Pai, entre todos nós, é quem mais tem haver com o samba, você é um homem do campo. Nasceu no campo e hoje comprou a fazenda que você nasceu, sempre está por lá e isso faz parte do seu dia a dia. Para completar tudo, você irá desfilar no dia 12 de fevereiro que é seu aniversário, com um samba seu na avenida feito junto de seu filho”, eu disse.
Pensativo, o pai disse: “É então comecem com a ideia de vocês que eu vou mandar uma segunda.”
Então marcamos na casa do André Diniz, que já vinha conversando comigo e com Leonel e vinha mostrando a linha de pensamento do samba e fomos fazendo. A base do samba foi feita pelo André, por mim e pelo Leonel e vínhamos fazendo uma bela obra. Quando pai chegou à casa do Diniz mostramos a ele junto com parte da melodia que ele havia mandado para nós por e-mail, deu também a ideia da letra de ter, Com os passarinhos no esplendor da manhã… O sino da igrejinha vem anunciar…
Mas a parceria estava ameaçada por causa da palavra… REFORMAR.
Eu e pai fomos pra Natal fazer um show , ficamos por lá por dois dias. Fizemos algumas mudanças … Pai não assinaria o samba se não falássemos na reforma agrária , também não queria Vila Chão da Poesia Celeiro de Bamba..mas a coisa da reforma tinha mesmo que ter… Pelo o que conheço do meu pai ,não assinaria mesmo o samba , pelo celular eu disse pro André: “André, pai não gostou e não vai assinar.Temos dar um jeito nisso e rápido.”
Conversei com o André Diniz durante horas e fomos então à luta. Fomos ajeitando a letra e tira daqui, levanta daqui levanta dali, troca daqui troca de lá…desliga..André me liga…e desliga…eu ligo…e conversa daqui é melhor assim de cá e de lá e desliga o fone e Liga Leonel troca disso troca aqui…ficamos horas pelo telefone…e ainda tinha o refrão do meio para terminar.O tempo ia passando e tínhamos que entregar o samba prontinho . Nem falava com meu pai ,pois sentia que realmente o gênio não assinaria e estaria então perdendo a chance de ser parceiro dele em um samba enredo.Já tínhamos até mesmo um outro samba que sinceramente era horrível não chegaria aos pés desse samba , meu desespero foi aumentando.
Amanheceu e o André me ligou de novo: “É parceiro não vai ser dessa vez, né? Mas vamos fazer o seguinte, mostrar a ele partilhar ao invés de reformar. Tira isso daqui e coloca de lá, coloca ao som do fole daqui e de lá só não mexemos, no Vila Chão da Poesia Celeiro de bamba.”
“Boa André! Vamos que vamos. Quanto ao Celeiro de Bamba pode deixar que isso ele vai aceitar. Agora deixa eu fazer o trabalho de casa e conversar com ele.”
Mexi em pouca coisa da letra e fui lá acordar o gênio.Fui até o restaurante e pedi um bule de café pra ele com torrada que ele gosta e acordei a fera. Quando meu pai acordou, dei meu bom dia e saí, pois ele não gosta de falar quando acorda. Esperei o momento certo para atacar a fera. Pai disse que como socialista e militante, como ele sempre foi, não poderia fazer um samba que fala do interior, se não mencionasse a reforma agrária e o termo reformar não poderia entrar no samba por conta do patrocinador da Vila. Arlindo concordou com o pai, isso foi muito bom.
Voltamos então ao Rio de Janeiro, eu ainda sem mostrar nada para ele fui direto pro estúdio.
A poucas horas da entrega do samba fomos gravar e chegou o Arlindo Cruz, dizendo: “Tunico, eu espero que seu pai faça com a gente, mas estou feliz por fazer com você, então vamos fazer uma coisinha aqui.”
“Ah Arlindo, nem fale assim… ele vai assinar… Vamos fazer de tudo para ele assinar.”
Ele me pega o banjo e faz: “É muié o cupadi chegou puxa o banco e vem prosear”.
E mexeu na letra daqui e dali e fomos juntos os 4 preparando o samba para a aprovação do mestre.
Rapaz, a aceitação foi na hora desse refrão. E no estúdio mesmo começamos a mudar e gravamos.
Naquele dia as pessoas estavam mais calmas, eu era o nervosismo em pessoa.Eu queria muito ter um samba com meu pai e andava de um lado para o outro e quem não sabia o que estava acontecendo não entendia aquela minha reação.Gravamos então uma versão que eu fiz a voz guia para poder explicar pra ele a letra e a melodia.Gravei por horas pois o tom já era o do Wander Pires e consegui.Mandei pro meu pai por e-mail e no e-mail expliquei tudo o que tínhamos feito.No dia seguinte, ele me ligou: “De quem foi a ideia de partilhar, foi sua?”
“Não pai, a ideia foi do Diniz.”
“Ficou bom, mas quero dar uma ajeitada na parte de cima, pra dar uma ajustada. Eles querem mudar aqui na segunda, né?”
“Sim pai, é isso aí…”
“Mas vamos colocar isso, aquilo…e aquilo outro..”
“Ok Pai, ficou melhor assim, você então fala agora pra mim. Vai assinar? Posso ter a honra de ser seu parceiro?”
Pai deu uma risada e disse: “Vou assinar, vamos lá enfrentar essa disputa e tentar vencer meu filho parceiro.”
Ao desligar o telefone minha reação foi:
“ÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ CHUPA ANTIS.” rsrrsrsrsrs
Martinho da Vila fez em sua maioria seus sambas sozinhos e seus parceiros faziam uma coisa aqui..outro ali..mas esse foi feito pelos cinco compositores que ali estavam assinando a obra da Vila Isabel.
Acho que o mais legal disso tudo, foi que juntamos a forma contemporânea de fazer samba que é Diniz, Cruz e Leonel com uma forma mais cadenciada que é a minha e a de meu pai. Consegui dar esse presente pra Vila que foi juntar os dois maiores vencedores de samba da Vila que é Martinho da Vila e André Diniz. O resultado foi esse samba que ganhou todos os prêmios e foi sim o grande responsável pelo campeonato da Vila Isabel de 2013.
Fui muito criticado por muita gente e me diziam para que eu não fizesse essa parceria. Falaram até que meu pai fez samba apenas para dar força ao filho ,que eu não fiz uma virgula desse samba.Fui muito bombardeado e sofri certas injustiças.Leonel também sofreu injustiças pois parte da imprensa dá os créditos do samba para pai, Diniz e Arlindo e sequer lembram dele e nem de mim .Chegaram a dizer que eu estava com uma carinha triste nas eliminatórias.Disseram que meu pai no desfile estava completamente constrangido.Ahh constrangido???? Meu pai estava era contemplativo comemorando o seus 75 anos na avenida, curtindo o seu samba do alto de seu carro alegórico.Teve gente até mesmo da família , antigos parceiros que fecharam a cara pra mim, mas continuei em frente.Eu sempre acreditei no que eu estava fazendo.Quem me apoiou desde o início foi minha mulher Ana Lucia e meus 3 filhos que são a Lara, o Leonardo e a Luah.
Qual o resultado disso?
VILA ISABEL A GRANDE CAMPEÉ DO CARNAVAL E O QUESITO SAMBA ENREDO GANHOU TODOS OS PRÉMIOS DADOS PELOS GRANDES SITES, JORNAIS E TVS.
Eu tive a honra de participar dessa parceria gloriosa que eu não sei se continuará, pois dependerá do enredo que a escola escolher. A Vila perdeu integrantes importantíssimos para a escola, ganhou outros,espero que não perca essa parceria de ouro , isso vai depender da direção da Vila Isabel com a escolha de um grande enredo, para o bem do carnaval da escola.
Aprendi que para se ter a vitória em uma guerra, é preciso saber guerrear e não me arrependo nadinha do que fiz. A Vila Isabel merecia ter uma parceria entre seus dois maiores campeões. A Vila Isabel está a cima de qualquer vaidade, aqui ninguém se vendeu, fizemos sim, um samba antológico para a nossa escola.Todos compraram a idéia de ver a Vila Isabel campeã junto com a sua comunidade !!!
A vocês que tanto me criticaram, digo apenas: “Viu como eu estava certo? Respeito apenas é o que peço.”
Nunca na história do carnaval pai e filho compuseram samba enredo para uma escola de samba.
É minha gente, graças a Deus, aconteceu esse ano Com Martinho da Vila e Tunico da Vila, também pela primeira vez, meu pai teve seu samba campeão na avenida. Ouvi dele: “É meu filho, se não fosse por você, isso não teria acontecido…”
Tenho muita honra de ser parceiro de meu pai que é o meu mestre e também grande companheiro,seja na derrota ou Vitória!!!!!
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