Confusão. O clima esquentou após o jogo em que o Boca Juniors eliminou o Palmeiras e avançou para a final da Libertadores, na noite dessa quinta-feira (5), no Allianz Parque.
Torcedores acusaram jornalistas argentinos de arremessarem uma banana contra palmeirenses, que, revoltados, invadiram a área de imprensa do estádio. O caso teria sido motivado pela comemoração dos profissionais. Socos foram distribuídos e copos foram arremessados, como mostram vídeos que circulam nas redes sociais.
Segundo relatos de pessoas que estavam no local, os estrangeiros fizeram provocações com gestos racistas em direção aos brasileiros, imitando macaco e mostrando a banana, fato negado por mais de um presente.
Um dirigente do Boca Juniors, que acompanhava os jogadores de volta ao túnel de acesso ao gramado, também foi acusado de ter feito as provocações preconceituosas.
Um dos jornalistas acusados, acompanhado de um representante do Consulado Argentino no Brasil, prestou depoimento. Nenhuma imagem foi encontrada com o registro do suposto ato de racismo.
O delegado Cesar Saad afirmou que instaurou inquérito policial para investigar o caso. Christian Infanzón, o rapaz acusado, foi levado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e liberado em sequência.
“Até o momento, nós estamos registrando os Boletins de Ocorrência para investigação. Estive agora na sala de controle operacional aqui no Allianz, temos as imagens gravadas. Imagens inconclusivas. Impossível atribuir a autoria dos dois fatos, tanto do possível dirigente, tanto do jornalista. Nada impede da gente ter imagens amanhã ou de torcedores que filmaram, até porque gerou um certo tumulto até a Polícia Militar chegar”, disse Saad.
Até a publicação desta nota, a Polícia Militar continuava em busca de provas que esclarecessem os eventos ocorridos na tribuna de imprensa e confirmassem ou refutassem as alegações de racismo.