Conclave: saiba como funciona e quem pode suceder o Papa

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Mundo. Com a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, nesta segunda-feira (21), nos próximos dias, mundo irá acompanhar a eleição do novo líder da Igreja Católica Apostólica Romana. + Leia a última mensagem deixada por Papa Francisco Até que seja conhecido o nome do futuro papa, a direção da Santa Sé fica sob a […]

POR Redação SRzd 21/4/2025| 4 min de leitura

Papa Francisco. Foto: Reprodução/Youtube/Vatican News

Papa Francisco. Foto: Reprodução/Youtube/Vatican News

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Mundo. Com a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, nesta segunda-feira (21), nos próximos dias, mundo irá acompanhar a eleição do novo líder da Igreja Católica Apostólica Romana.

+ Leia a última mensagem deixada por Papa Francisco

Até que seja conhecido o nome do futuro papa, a direção da Santa Sé fica sob a responsabilidade do Colégio Cardinalício, composto atualmente por 226 cardeais.

Desses, 132 participarão do conclave que escolhe o novo líder da igreja. Os outros 94, todos com 80 anos ou mais, são considerados cardeais não eleitores e, portanto, não participam da reunião.

+ Passo a passo

O conclave para a eleição do novo papa deve acontecer de 15 a 20 dias, não mais que isso, após a vacância da Sé Apostólica.

No dia escolhido para o conclave, os cardeais eleitores celebram missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, e depois vão em procissão até a Capela Sistina, entoando a monofônica Ladainha dos Santos.

Sob a obra do Juízo Final de Michelangelo, eles fazem o juramento de segredo absoluto durante e depois do conclave.

Feito o juramento final, o mestre de cerimônias litúrgicas dá a ordem “Extra omnes” (todos fora), momento em que os cardeais não eleitores deixam a capela, com exceção de um, que permanece e lê uma meditação sobre as qualidades que um papa deve ter e os desafios que a Igreja enfrenta. Somente então ele e o mestre de cerimônias deixam os cardeais para começar a votar.

O único método atualmente válido é através do voto individual e secreto dos cardeais.

O papa só é eleito com uma maioria de dois terços dos votos. No Dia 1, apenas uma rodada de votação é realizada; depois disso, os cardeais votam duas vezes pela manhã e duas à tarde, até obterem um vencedor.

Se depois de 24 votações os cardeais não chegarem a um acordo, eles podem decidir por maioria absoluta como proceder. O papa pode, então, ser eleito por maioria simples.

Após cada eleição as cédulas são queimadas e sua fumaça enviada para fora da chaminé da Capela Sistina. Segundo a tradição, a fumaça preta indica que o papa não foi eleito, enquanto a fumaça branca simboliza que o novo chefe da igreja católica foi escolhido.

O rito costuma ser acompanhado por centenas de milhares de fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano, e outros milhões pela televisão.

+ Nomes cogitados

Pietro Parolin: Nascido em 1955 em Schiavon, Itália, é o atual secretário de Estado do Vaticano, ocupando o segundo posto mais importante na hierarquia da Santa Sé desde 2013. Foi o primeiro cardeal nomeado pelo Papa Francisco, em 2013

Pierbattista Pizzaballa: Nascido em 1965, em Cologno al Serio, Itália, Pizzaballa é o Patriarca Latino de Jerusalém e foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco em 2023. Como líder da Igreja Católica no Oriente Médio, o italiano é frequentemente elogiado pelo trabalho em prol do diálogo inter-religioso entre cristãos, judeus e muçulmanos.

Matteo Maria Zuppi: Nascido em 1955 em Roma, é arcebispo de Bolonha desde 2015 e também foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco em 2019. Conhecido por sua postura progressista e sua proximidade com o Pontífice, Zuppi é presidente da Conferência Episcopal Italiana e membro da Comunidade de Sant’Egidio, um movimento católico dedicado à paz e ao diálogo inter-religioso.

Jean-Marc Aveline: Nascido em 1958, em Sidi Bel Abbès, na Argélia, Aveline é o arcebispo de Marselha, França, e citado por alguns especialistas (sobretudo franceses) como o “favorito” de Francisco a sucedê-lo, sendo considerado o mais “bergogliano” dos bispos do país. Foi nomeado pelo Pontífice em 2022, e é conhecido por sua dedicação dedica a questões de imigração e diálogo inter-religioso.

Péter Erdo: Conhecido por sua postura conservadora e formação acadêmica sólida, o cardeal húngaro Peter Erdo, 72 anos, arcebispo de Esztergom-Budapeste, foi durante muito tempo o cardeal mais jovem da Europa. Recebeu o título de cardeal em 2003, pouco depois de completar 50 anos, e, desde 2006, preside a Conferência Episcopal Europeia.

José Tolentino de Mendonça: Nascido em 1965 na Ilha da Madeira, Portugal, é cardeal e atual prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, cargo que ocupa desde 2022.

Leonardo Ulrich Steiner: Anunciado pelo Papa como cardeal da Igreja Católica em maio de 2022, Steiner tornou-se o primeiro cardeal da Amazônia brasileira. Nascido em Forquilhinha (SC), ele fez sua profissão religiosa na Ordem dos Frades Menores em 1976, ainda aos 25 anos, e foi ordenado sacerdote dois anos depois.

Sérgio da Rocha: Nascido em Dobrada, no interior de São Paulo, o cardeal é mestre em Teologia Moral pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, também em São Paulo, e doutor pela Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma.

Rodapé - mundo

Mundo. Com a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, nesta segunda-feira (21), nos próximos dias, mundo irá acompanhar a eleição do novo líder da Igreja Católica Apostólica Romana.

+ Leia a última mensagem deixada por Papa Francisco

Até que seja conhecido o nome do futuro papa, a direção da Santa Sé fica sob a responsabilidade do Colégio Cardinalício, composto atualmente por 226 cardeais.

Desses, 132 participarão do conclave que escolhe o novo líder da igreja. Os outros 94, todos com 80 anos ou mais, são considerados cardeais não eleitores e, portanto, não participam da reunião.

+ Passo a passo

O conclave para a eleição do novo papa deve acontecer de 15 a 20 dias, não mais que isso, após a vacância da Sé Apostólica.

No dia escolhido para o conclave, os cardeais eleitores celebram missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, e depois vão em procissão até a Capela Sistina, entoando a monofônica Ladainha dos Santos.

Sob a obra do Juízo Final de Michelangelo, eles fazem o juramento de segredo absoluto durante e depois do conclave.

Feito o juramento final, o mestre de cerimônias litúrgicas dá a ordem “Extra omnes” (todos fora), momento em que os cardeais não eleitores deixam a capela, com exceção de um, que permanece e lê uma meditação sobre as qualidades que um papa deve ter e os desafios que a Igreja enfrenta. Somente então ele e o mestre de cerimônias deixam os cardeais para começar a votar.

O único método atualmente válido é através do voto individual e secreto dos cardeais.

O papa só é eleito com uma maioria de dois terços dos votos. No Dia 1, apenas uma rodada de votação é realizada; depois disso, os cardeais votam duas vezes pela manhã e duas à tarde, até obterem um vencedor.

Se depois de 24 votações os cardeais não chegarem a um acordo, eles podem decidir por maioria absoluta como proceder. O papa pode, então, ser eleito por maioria simples.

Após cada eleição as cédulas são queimadas e sua fumaça enviada para fora da chaminé da Capela Sistina. Segundo a tradição, a fumaça preta indica que o papa não foi eleito, enquanto a fumaça branca simboliza que o novo chefe da igreja católica foi escolhido.

O rito costuma ser acompanhado por centenas de milhares de fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano, e outros milhões pela televisão.

+ Nomes cogitados

Pietro Parolin: Nascido em 1955 em Schiavon, Itália, é o atual secretário de Estado do Vaticano, ocupando o segundo posto mais importante na hierarquia da Santa Sé desde 2013. Foi o primeiro cardeal nomeado pelo Papa Francisco, em 2013

Pierbattista Pizzaballa: Nascido em 1965, em Cologno al Serio, Itália, Pizzaballa é o Patriarca Latino de Jerusalém e foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco em 2023. Como líder da Igreja Católica no Oriente Médio, o italiano é frequentemente elogiado pelo trabalho em prol do diálogo inter-religioso entre cristãos, judeus e muçulmanos.

Matteo Maria Zuppi: Nascido em 1955 em Roma, é arcebispo de Bolonha desde 2015 e também foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco em 2019. Conhecido por sua postura progressista e sua proximidade com o Pontífice, Zuppi é presidente da Conferência Episcopal Italiana e membro da Comunidade de Sant’Egidio, um movimento católico dedicado à paz e ao diálogo inter-religioso.

Jean-Marc Aveline: Nascido em 1958, em Sidi Bel Abbès, na Argélia, Aveline é o arcebispo de Marselha, França, e citado por alguns especialistas (sobretudo franceses) como o “favorito” de Francisco a sucedê-lo, sendo considerado o mais “bergogliano” dos bispos do país. Foi nomeado pelo Pontífice em 2022, e é conhecido por sua dedicação dedica a questões de imigração e diálogo inter-religioso.

Péter Erdo: Conhecido por sua postura conservadora e formação acadêmica sólida, o cardeal húngaro Peter Erdo, 72 anos, arcebispo de Esztergom-Budapeste, foi durante muito tempo o cardeal mais jovem da Europa. Recebeu o título de cardeal em 2003, pouco depois de completar 50 anos, e, desde 2006, preside a Conferência Episcopal Europeia.

José Tolentino de Mendonça: Nascido em 1965 na Ilha da Madeira, Portugal, é cardeal e atual prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, cargo que ocupa desde 2022.

Leonardo Ulrich Steiner: Anunciado pelo Papa como cardeal da Igreja Católica em maio de 2022, Steiner tornou-se o primeiro cardeal da Amazônia brasileira. Nascido em Forquilhinha (SC), ele fez sua profissão religiosa na Ordem dos Frades Menores em 1976, ainda aos 25 anos, e foi ordenado sacerdote dois anos depois.

Sérgio da Rocha: Nascido em Dobrada, no interior de São Paulo, o cardeal é mestre em Teologia Moral pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, também em São Paulo, e doutor pela Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma.

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