Intervenção. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou o sigilo de mais de 2 mil documentos relacionados à investigação do assassinato de John F. Kennedy.
Entre os arquivos revelados nesta terça-feira (18), surgiram novas informações sobre o envolvimento do governo americano na política brasileira nos meses que antecederam o golpe militar de 1964.
Um dos documentos, datado de novembro de 1963 e classificado como ultrassecreto, mostra que o então presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Ranieri Mazzilli, expressou ao embaixador dos EUA, Lincoln Gordon, sua profunda desconfiança em relação ao presidente João Goulart.
O documento integra um boletim ultrassecreto enviado ao então presidente norte-americano Lyndon Johnson, alertando sobre a instabilidade política no Brasil e a possibilidade de um golpe de Estado.
A CIA monitorava de perto o cenário político brasileiro e temia que Goulart implementasse uma ditadura comunista, estreitando laços com Cuba e a União Soviética. Os registros indicam que conselheiros americanos viam a tomada do poder pelos militares como uma alternativa viável, já que Goulart se recusava a eliminar supostas influências comunistas de seu governo.
O documento já havia sido parcialmente divulgado em 2018, mas com trechos censurados.
