Polêmica. A relação entre Elon Musk e Donald Trump chegou a um ponto de ruptura nesta quinta-feira (5), com acusações graves envolvendo um dos maiores escândalos de exploração sexual do século. Em publicações nas redes sociais, o bilionário afirmou que o ex-presidente dos Estados Unidos estaria ligado ao caso Jeffrey Epstein e criticou o suposto encobrimento dos chamados “Arquivos de Epstein”.

A tensão entre os dois já vinha crescendo nos bastidores, mas se intensificou após Trump ironizar a saída de Musk de um cargo consultivo do governo. O republicano disse que o empresário “ficou louco” e ameaçou cortar contratos governamentais com empresas de Musk, como a SpaceX. Em resposta, o CEO da Tesla alegou que Trump foi presença frequente nas festas promovidas por Epstein, locais associados a crimes de tráfico sexual de menores.

Segundo Musk, Trump também não cumpriu a promessa de divulgar todos os documentos federais relacionados ao caso, mantendo sob sigilo centenas de páginas que compõem os chamados “Arquivos de Epstein”. “Se não tem nada a esconder, por que esconder?”, questionou o empresário.

Entenda o caso Epstein

Jeffrey Epstein, morto em 2019, foi acusado de comandar uma rede internacional de exploração sexual de meninas e adolescentes. Mesmo condenado por abuso em 2008, conseguiu um acordo judicial polêmico que lhe permitiu sair da prisão para trabalhar. Preso novamente em 2019 por tráfico sexual, foi encontrado morto em sua cela menos de um mês depois. A versão oficial aponta suicídio, mas o caso alimenta teorias de conspiração devido às ligações de Epstein com elites políticas e empresariais.

Figuras como Leonardo DiCaprio, Cate Blanchett, Kevin Spacey e Naomi Campbell foram citadas em documentos do caso, assim como os ex-presidentes Bill Clinton e Donald Trump — embora nenhum deles tenha sido formalmente acusado.

Até o momento, Trump não comentou diretamente as acusações do bilionário.