CINEMA: O ex-futuro presidente dos EUA

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Documentário inspirado em livro do democrata Al Gore levanta questões importantes sobre o meio ambiente.

POR Redação SRzd04/07/2006|4 min de leitura

CINEMA: O ex-futuro presidente dos EUA
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O filme An inconvenient truth, do diretor Davis Guggenheim, é baseado no livro homônimo e na palestra (do tipo slide-show) que o ex-vice-presidente americano Al Gore vem apresentando sobre os perigos do superaquecimento do planeta. Apesar de causar alarde, o filme é também espirituoso e mostra o lado carismático e brincalhão do político. A primeira fala dele é: ‘Meu nome é Al Gore. Eu costumava ser o próximo presidente dos Estados Unidosâ?.

Baseado nas palestras de Gore sobre a importância da preservação do meio ambiente e sobre os efeitos do superaquecimento global, An inconvenient truth é filmado de tal maneira que a platéia se sente como se estivesse realmente frente a frente com o ex-vice-presidente. Tem horas que dá vontade de levantar a mão e fazer uma pergunta diretamente a ele; e em outras, dá vontade de sair correndo do cinema!

O filme-palestra mostra geleiras derretendo, um urso polar morrendo afogado depois de procurar (em vão) um iceberg para descansar, recordes de temperaturas, furacões, secas e novos vírus mortais! Gore faz uma relação direta entre esses eventos e o descaso com o meio ambiente, principalmente nos Estados Unidos. As tragédias são tantas que dá a impressão que o ex-vice-presidente está lendo o “Apocalipse” direto da Bíblia!

A espinha dorsal do filme é a palestra de Gore, intercalada por depoimentos pessoais do “ex-futuro presidente” explicando sua paixão e preocupação com o meio ambiente. Ele acredita que, caso a humanidade não comece a agir rápido, não teremos mais do que dez anos para salvar o planeta da destruição total.

Um fato inusitado: desde que perdeu as eleições para George Bush, em 2000, Gore tem viajado e dado palestras sobre preservação ambiental, segundo ele, sua “paixão número um”. Já foram mais de mil palestras.

An inconvenient truth mostra pesquisas científicas que comprovam que o aquecimento global, o degelo e o conseqüente aumento do nível do mar podem levar à inundação de cidades no mundo inteiro, incluindo Nova York.

O filme também mostra um outro lado de Gore. Ele viaja de classe econômica e fica em hotéis baratinhos, economizando o máximo em despesas pessoais para que possa viajar a um número maior de cidades e assim, passar adiante tudo o que sabe, através de seu slide-show.

No filme, ele também explica para a platéia como surgiu essa paixão pelo meio ambiente; o acidente de carro que quase matou seu filho; a derrota na Flórida para Bush; e a morte da irmã, que era fumante e teve câncer no pulmão. “Esta não é uma das maneiras pela qual você quer morrer”, disse.

Engana-se quem pensa que o filme é uma estratégia eleitoral do ex-vice-presidente. Segundo o diretor Davis Guggenheim, ele teve a idéia de filmá-lo depois de assistir a palestra de Gore em Nova York, em 2004, quando estreou o filme de ficção sobre aquecimento global ‘O dia depois de amanhãâ?, com Dennis Quaid.

O diretor de An inconvenient truth se juntou a um time de feras – que incluiu Lawrence Bender (produtor de filmes de Quentin Tarantino, como “Pulp Fiction”) e Jeff Skoll, o bilionário que fundou o eBay e que também investe alto nas causas ambientais. Segundo Guggenheim, eles tiveram que implorar ao político para que as palestras fossem transformadas em filme. Ainda segundo o diretor, ninguém está pensando em lucrar, e sim em preservar o meio ambiente e o planeta.

Apesar do clima fúnebre do filme-documentário, Gore é otimista e apresenta soluções viáveis para salvar o planeta, desde mudar leis a, sempre que puder, andar de bicicleta. Ele diz ainda que a preservação ambiental não é mais uma questão política e sim, moral. Apesar de Gore falar a respeito das eleições presidenciais que perdeu e de se mostrar contra as guerras, ele afirma que não será candidato a presidência novamente.

É uma pena, pois com certeza, já teria o meu voto!

Veja aqui o trailer do filme.

Samantha Nogueira é jornalista e professora da Universidade Estadual de São Francisco. Ela mora nos Estados Unidos desde 2001.

O filme An inconvenient truth, do diretor Davis Guggenheim, é baseado no livro homônimo e na palestra (do tipo slide-show) que o ex-vice-presidente americano Al Gore vem apresentando sobre os perigos do superaquecimento do planeta. Apesar de causar alarde, o filme é também espirituoso e mostra o lado carismático e brincalhão do político. A primeira fala dele é: ‘Meu nome é Al Gore. Eu costumava ser o próximo presidente dos Estados Unidosâ?.

Baseado nas palestras de Gore sobre a importância da preservação do meio ambiente e sobre os efeitos do superaquecimento global, An inconvenient truth é filmado de tal maneira que a platéia se sente como se estivesse realmente frente a frente com o ex-vice-presidente. Tem horas que dá vontade de levantar a mão e fazer uma pergunta diretamente a ele; e em outras, dá vontade de sair correndo do cinema!

O filme-palestra mostra geleiras derretendo, um urso polar morrendo afogado depois de procurar (em vão) um iceberg para descansar, recordes de temperaturas, furacões, secas e novos vírus mortais! Gore faz uma relação direta entre esses eventos e o descaso com o meio ambiente, principalmente nos Estados Unidos. As tragédias são tantas que dá a impressão que o ex-vice-presidente está lendo o “Apocalipse” direto da Bíblia!

A espinha dorsal do filme é a palestra de Gore, intercalada por depoimentos pessoais do “ex-futuro presidente” explicando sua paixão e preocupação com o meio ambiente. Ele acredita que, caso a humanidade não comece a agir rápido, não teremos mais do que dez anos para salvar o planeta da destruição total.

Um fato inusitado: desde que perdeu as eleições para George Bush, em 2000, Gore tem viajado e dado palestras sobre preservação ambiental, segundo ele, sua “paixão número um”. Já foram mais de mil palestras.

An inconvenient truth mostra pesquisas científicas que comprovam que o aquecimento global, o degelo e o conseqüente aumento do nível do mar podem levar à inundação de cidades no mundo inteiro, incluindo Nova York.

O filme também mostra um outro lado de Gore. Ele viaja de classe econômica e fica em hotéis baratinhos, economizando o máximo em despesas pessoais para que possa viajar a um número maior de cidades e assim, passar adiante tudo o que sabe, através de seu slide-show.

No filme, ele também explica para a platéia como surgiu essa paixão pelo meio ambiente; o acidente de carro que quase matou seu filho; a derrota na Flórida para Bush; e a morte da irmã, que era fumante e teve câncer no pulmão. “Esta não é uma das maneiras pela qual você quer morrer”, disse.

Engana-se quem pensa que o filme é uma estratégia eleitoral do ex-vice-presidente. Segundo o diretor Davis Guggenheim, ele teve a idéia de filmá-lo depois de assistir a palestra de Gore em Nova York, em 2004, quando estreou o filme de ficção sobre aquecimento global ‘O dia depois de amanhãâ?, com Dennis Quaid.

O diretor de An inconvenient truth se juntou a um time de feras – que incluiu Lawrence Bender (produtor de filmes de Quentin Tarantino, como “Pulp Fiction”) e Jeff Skoll, o bilionário que fundou o eBay e que também investe alto nas causas ambientais. Segundo Guggenheim, eles tiveram que implorar ao político para que as palestras fossem transformadas em filme. Ainda segundo o diretor, ninguém está pensando em lucrar, e sim em preservar o meio ambiente e o planeta.

Apesar do clima fúnebre do filme-documentário, Gore é otimista e apresenta soluções viáveis para salvar o planeta, desde mudar leis a, sempre que puder, andar de bicicleta. Ele diz ainda que a preservação ambiental não é mais uma questão política e sim, moral. Apesar de Gore falar a respeito das eleições presidenciais que perdeu e de se mostrar contra as guerras, ele afirma que não será candidato a presidência novamente.

É uma pena, pois com certeza, já teria o meu voto!

Veja aqui o trailer do filme.

Samantha Nogueira é jornalista e professora da Universidade Estadual de São Francisco. Ela mora nos Estados Unidos desde 2001.

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