COMPORTAMENTO: De tanto ingerir açúcar e gordura, 38 milhões de brasileiros estão acima do peso

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Número de homens obesos triplicou nas últimas três décadas.

POR Redação SRzd26/08/2006|3 min de leitura

COMPORTAMENTO: De tanto ingerir açúcar e gordura, 38 milhões de brasileiros estão acima do peso
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O alto consumo de refrigerantes, biscoitos, embutidos, margarinas e tantos outros alimentos calóricos está deixando os brasileiros mais gordos com o passar dos anos. O culto ao corpo malhado aumentou, mas os maus hábitos alimentares também. O IBGE estima que existam pelo menos 38,5 milhões de brasileiros com excesso de peso, ou 40% da população. A maior parte tem entre 35 e 44 anos.

Nos últimos 30 anos, a quantidade de homens com excesso de peso mais que dobrou. E o número de obesos triplicou. Há três décadas, de cada 100 homens, 18 tinham quilos a mais. Hoje, são 41! Destes, 9% são considerados obesos, de acordo com os padrões da Organização Mundial de Saúde, que mede o Índice de Massa Corporal ideal para os indivíduos de cada país.

Já a taxa de mulheres acima do peso não oscilou tanto com o passar dos anos, apesar de permanecer alta. Atualmente, o índice está bem próximo ao dos homens – 39 em cada 100 brasileiras brigam com a balança.

“Não gosto nem de pensar em ir ao médico porque sei que ele vai me mandar parar de comer um monte de coisas, vai me proibir do que eu mais gosto. Mas sei que um dia vou ter que fazer o tal do exame de colesterol. Não vou negar que adoro um sanduíche de pernil no botequim ou uma linguicinha frita, torresmo e macarronada”, revela o taxista José Aribaldo do Nascimento de Souza, com 110 kg, 1,78m de altura e 44 anos.

Na mesa do brasileiro, poucas frutas e hortaliças

Ao observar os hábitos alimentares das famílias brasileiras, os pesquisadores constataram que o consumo de proteínas é adequado mas o de frutas e hortaliças está muito abaixo do que recomenda a Organização Mundial de Saúde. Além disso, nas grandes cidades, existe um consumo excessivo de açúcar, principalmente na forma de refrigerantes; e de gorduras, como as saturadas, que causam doenças cardiovasculares. Por dia, 13% do total de calorias ingeridas por uma pessoa vêm do açúcar. Isso ultrapassa o limite de 10% recomendado pela OMS.

Nas áreas urbanas, o arroz e o feijão estão sendo substituídos gradativamente por produtos industrializados como refeições prontas, embutidos e biscoitos.

“Meu sonho é perder oito quilos mas a vida corrida dificulta isso. Vivo comendo sanduíche ou um salgado entre um cliente e outro, nunca dá tempo de almoçar direito. Aí, acabo engordando mesmo, lamenta a cabeleireira Verônica Rabelo, que trabalha em média 11 horas por dia num salão da zona sul do Rio de Janeiro.

Brasileiro só quer saber de refrigerante

Para se ter uma idéia dos maus hábitos alimentares, basta olhar para o passado: em 30 anos, o consumo de refrigerantes e biscoitos no Brasil cresceu 400% no Brasil. O de embutidos, como presunto e salsicha, aumentou 300%.

“São muitos os apelos da mídia para se consumir gorduras e açucares. A toda hora, vemos atraentes propagandas de alimentos que não são saudáveis”, afirma a presidente do Conselho Regional de Nutrição que abrange o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, Vilma Sarciá.

O alto consumo de refrigerantes, biscoitos, embutidos, margarinas e tantos outros alimentos calóricos está deixando os brasileiros mais gordos com o passar dos anos. O culto ao corpo malhado aumentou, mas os maus hábitos alimentares também. O IBGE estima que existam pelo menos 38,5 milhões de brasileiros com excesso de peso, ou 40% da população. A maior parte tem entre 35 e 44 anos.

Nos últimos 30 anos, a quantidade de homens com excesso de peso mais que dobrou. E o número de obesos triplicou. Há três décadas, de cada 100 homens, 18 tinham quilos a mais. Hoje, são 41! Destes, 9% são considerados obesos, de acordo com os padrões da Organização Mundial de Saúde, que mede o Índice de Massa Corporal ideal para os indivíduos de cada país.

Já a taxa de mulheres acima do peso não oscilou tanto com o passar dos anos, apesar de permanecer alta. Atualmente, o índice está bem próximo ao dos homens – 39 em cada 100 brasileiras brigam com a balança.

“Não gosto nem de pensar em ir ao médico porque sei que ele vai me mandar parar de comer um monte de coisas, vai me proibir do que eu mais gosto. Mas sei que um dia vou ter que fazer o tal do exame de colesterol. Não vou negar que adoro um sanduíche de pernil no botequim ou uma linguicinha frita, torresmo e macarronada”, revela o taxista José Aribaldo do Nascimento de Souza, com 110 kg, 1,78m de altura e 44 anos.

Na mesa do brasileiro, poucas frutas e hortaliças

Ao observar os hábitos alimentares das famílias brasileiras, os pesquisadores constataram que o consumo de proteínas é adequado mas o de frutas e hortaliças está muito abaixo do que recomenda a Organização Mundial de Saúde. Além disso, nas grandes cidades, existe um consumo excessivo de açúcar, principalmente na forma de refrigerantes; e de gorduras, como as saturadas, que causam doenças cardiovasculares. Por dia, 13% do total de calorias ingeridas por uma pessoa vêm do açúcar. Isso ultrapassa o limite de 10% recomendado pela OMS.

Nas áreas urbanas, o arroz e o feijão estão sendo substituídos gradativamente por produtos industrializados como refeições prontas, embutidos e biscoitos.

“Meu sonho é perder oito quilos mas a vida corrida dificulta isso. Vivo comendo sanduíche ou um salgado entre um cliente e outro, nunca dá tempo de almoçar direito. Aí, acabo engordando mesmo, lamenta a cabeleireira Verônica Rabelo, que trabalha em média 11 horas por dia num salão da zona sul do Rio de Janeiro.

Brasileiro só quer saber de refrigerante

Para se ter uma idéia dos maus hábitos alimentares, basta olhar para o passado: em 30 anos, o consumo de refrigerantes e biscoitos no Brasil cresceu 400% no Brasil. O de embutidos, como presunto e salsicha, aumentou 300%.

“São muitos os apelos da mídia para se consumir gorduras e açucares. A toda hora, vemos atraentes propagandas de alimentos que não são saudáveis”, afirma a presidente do Conselho Regional de Nutrição que abrange o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, Vilma Sarciá.

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