Secreções de animais, urina, insetos prensados ou cozidos vivos são alguns dos ingredientes usados na indústria de cosméticos, higiene e produtos de beleza.
POR Redação SRzd 6/6/2006| 3 min de leitura
Secreções de animais, urina, insetos prensados ou cozidos vivos são alguns dos ingredientes usados na indústria de cosméticos, higiene e produtos de beleza.
POR Redação SRzd 6/6/2006| 3 min de leitura
A química Maria de Lourdes Feitosa cheira carro por carro que sai da montadora da Volkswagem em São Bernardo do Campo (SP): seu nariz analisa se o aroma de cola de assoalho, borracha, solventes e plásticos se combinam harmoniosamente para formar o famoso ‘cheiro de carro novoâ?. O francês Yves de Chiris comanda equipes que pesquisam, maceram, cheiram, combinam e criam para famosas grifes seus perfumes mais caros. Combinar ingredientes e tirar da mistura perfumes não é um trabalho fácil. Algumas fragrâncias chegam a ter mais de 300 matérias-primas em sua composição. A questão é: quais são elas?
Aquele inocente vidro de perfume pode conter coisas que nem a mais insana das mentes imaginaria. Por exemplo: um dos mais conhecidos fixadores de aromas é o almíscar, que não é uma planta exótica das estepes russas, mas a secreção seca obtida dolorosamente dos órgãos genitais de animais como cervo almiscareiro, castor, rato silvestre e outros. A substância também é conhecida pelo nome fashion de musk oil. Hoje, por causa dos inúmeros protestos e boicotes contra produtos que usam esse ingrediente de origem animal, ele vem sendo substituído por similar sintético.
Outro fixador usado na perfumaria é o âmbar (outro nome exótico que nos remete a cenários como o misterioso Oriente), uma substância que o cachalote produz dentro do seu intestino para protegê-lo de espinhos de alguns animais que come. Depois que ele a expele, o âmbar tem que ficar um tempo ‘em repousoâ? para que adquira o odor característico ‘ terroso, como se diz. Fresco, ele tem cheiro de fezes. Como baleias em geral estão em extinção, o âmbar é raro e caro ‘ e usado apenas na chamada perfumaria de luxo.
Os ácidos que encontramos em cosméticos são um capítulo à parte. O ácido caprílico é retirado do leite de cabra; os genéricos ‘ácidos graxos naturaisâ? são, na verdade, sebo bovino; o ácido esteárico pode vir da gordura de vacas e ovelhas ‘ em alguns países, é extraído de cães e gatos sacrificados. Genericamente, porém, é obtido pela destilação de uma substância gordurosa encontrada no estômago dos porcos. Álcoois também têm procedências estranhas: o álcool cetílico natural, por exemplo, vem do esperma de baleia e golfinhos.
Se você acha crueldade cozinhar siris vivos, pode não saber o que se faz para conseguir o famoso aminoácido da seda do seu xampu preferido: o casulo é fervido com a larva dentro, e o bicho se contorce lá dentro até ser cozido. A cochonilha ou carmim, um pigmento vermelho que aparece em xampus e blushs, é obtido espremendo-se a fêmea do inseto cochonilha ‘ são precisos cerca de 70 mil animais para se conseguir meio quilo de corante.
Outros dois ingredientes comuns nos cosméticos e produtos de higiene são a lanolina, uma emulsão que nada mais é do que a gordura da lã de ovelhas, e que se consegue quase que ‘coandoâ? a água do banho do animal; e a uréia (cujo derivado é o ácido úrico) é obtida destilando-se… urina.
Muitos desses ingredientes hoje já foram substituídos por similares sintetizados. Mas não todos. Algumas empresas baniram o componente animal dos seus produtos, como Lush, Weleda e Phebo: fabricam hoje os chamados Produtos Vegan (seus ingredientes naturais são de origem vegetal). Se você não quer comprar nada cujo aroma permaneça no corpo à base de secreção de testículos, habitue-se a ler sempre o rótulo.
Para saber quais as empresas que fabricam produtos vegan, acesse Guia Vegano.
A química Maria de Lourdes Feitosa cheira carro por carro que sai da montadora da Volkswagem em São Bernardo do Campo (SP): seu nariz analisa se o aroma de cola de assoalho, borracha, solventes e plásticos se combinam harmoniosamente para formar o famoso ‘cheiro de carro novoâ?. O francês Yves de Chiris comanda equipes que pesquisam, maceram, cheiram, combinam e criam para famosas grifes seus perfumes mais caros. Combinar ingredientes e tirar da mistura perfumes não é um trabalho fácil. Algumas fragrâncias chegam a ter mais de 300 matérias-primas em sua composição. A questão é: quais são elas?
Aquele inocente vidro de perfume pode conter coisas que nem a mais insana das mentes imaginaria. Por exemplo: um dos mais conhecidos fixadores de aromas é o almíscar, que não é uma planta exótica das estepes russas, mas a secreção seca obtida dolorosamente dos órgãos genitais de animais como cervo almiscareiro, castor, rato silvestre e outros. A substância também é conhecida pelo nome fashion de musk oil. Hoje, por causa dos inúmeros protestos e boicotes contra produtos que usam esse ingrediente de origem animal, ele vem sendo substituído por similar sintético.
Outro fixador usado na perfumaria é o âmbar (outro nome exótico que nos remete a cenários como o misterioso Oriente), uma substância que o cachalote produz dentro do seu intestino para protegê-lo de espinhos de alguns animais que come. Depois que ele a expele, o âmbar tem que ficar um tempo ‘em repousoâ? para que adquira o odor característico ‘ terroso, como se diz. Fresco, ele tem cheiro de fezes. Como baleias em geral estão em extinção, o âmbar é raro e caro ‘ e usado apenas na chamada perfumaria de luxo.
Os ácidos que encontramos em cosméticos são um capítulo à parte. O ácido caprílico é retirado do leite de cabra; os genéricos ‘ácidos graxos naturaisâ? são, na verdade, sebo bovino; o ácido esteárico pode vir da gordura de vacas e ovelhas ‘ em alguns países, é extraído de cães e gatos sacrificados. Genericamente, porém, é obtido pela destilação de uma substância gordurosa encontrada no estômago dos porcos. Álcoois também têm procedências estranhas: o álcool cetílico natural, por exemplo, vem do esperma de baleia e golfinhos.
Se você acha crueldade cozinhar siris vivos, pode não saber o que se faz para conseguir o famoso aminoácido da seda do seu xampu preferido: o casulo é fervido com a larva dentro, e o bicho se contorce lá dentro até ser cozido. A cochonilha ou carmim, um pigmento vermelho que aparece em xampus e blushs, é obtido espremendo-se a fêmea do inseto cochonilha ‘ são precisos cerca de 70 mil animais para se conseguir meio quilo de corante.
Outros dois ingredientes comuns nos cosméticos e produtos de higiene são a lanolina, uma emulsão que nada mais é do que a gordura da lã de ovelhas, e que se consegue quase que ‘coandoâ? a água do banho do animal; e a uréia (cujo derivado é o ácido úrico) é obtida destilando-se… urina.
Muitos desses ingredientes hoje já foram substituídos por similares sintetizados. Mas não todos. Algumas empresas baniram o componente animal dos seus produtos, como Lush, Weleda e Phebo: fabricam hoje os chamados Produtos Vegan (seus ingredientes naturais são de origem vegetal). Se você não quer comprar nada cujo aroma permaneça no corpo à base de secreção de testículos, habitue-se a ler sempre o rótulo.
Para saber quais as empresas que fabricam produtos vegan, acesse Guia Vegano.
Receba conteúdos exclusivos direto na sua caixa de entrada.
Ao se cadastrar, você concorda com a Política de Privacidade e Dados do SRZd
Para se proteger do sol, o dermatologista Murilo Drummond, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica alguns cuidados que as pessoas devem ter, seja no sol quente do verão quanto em outras épocas. Como se proteger A forma correta de se proteger dos danos dos raios solares é a aplicação diária do filtro solar, faça chuva ou […]
Dermatologista alerta para cuidados com o sol2 min de leitura
Pesquisadores do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estudam a inativação do vírus da Zika como um possível caminho para o desenvolvimento de uma vacina contra a doença. Ainda em fase inicial, a pesquisa foi um dos estudos sobre arboviroses apresentados durante um seminário que reuniu […]
Cientistas estudam inativação do vírus da Zika3 min de leitura
A miopia, dificuldade de enxergar à distância, uma das alterações oculares que mais cresce no mundo, pode ser combatida entre adultos pela maior exposição à radiação UV (ultravioleta) emitida pelo sol durante a adolescência e juventude. Esta é a principal conclusão de uma pesquisa inédita que acaba de ser publicada no renomado periódico “Jama Ophthalmology”. […]
Médico questiona ligação entre miopia e falta de sol4 min de leitura
A busca por uma alimentação equilibrada geralmente traz dúvidas sobre quais alimentos devem ser consumidos com maior frequência ou não. Os óleos vegetais e seus derivados, como o creme vegetal, por exemplo, podem ser grandes aliados dentro de um estilo de vida saudável. Em sua composição são encontrados nutrientes essenciais de que o corpo necessita, […]
Mude seu cardápio para deixar o coração mais saudável3 min de leitura