Campanha Presidenhcial. Acompanhe aqui a evolução das intenções de voto. A análise do cientista político Aldo Fornazieri é exclusiva para os leitores do site SRZD.
POR Redação SRzd23/08/2006|3 min de leitura
Campanha Presidenhcial. Acompanhe aqui a evolução das intenções de voto. A análise do cientista político Aldo Fornazieri é exclusiva para os leitores do site SRZD.
POR Redação SRzd23/08/2006|3 min de leitura
A pesquisa do Datafolha, divulgada ontem, no fundamental, indica um quadro de estabilidade, mas com um viés de alta de Lula. Ao alcançar 49%, Lula atinge o teto das oscilações positivas que as pesquisas vêm lhe dando desde abril.
Desde aquele mês, os vários institutos mostram um espectro de variação de 42% a 49% nas intenções de voto do presidente. Os analistas julgam que se Lula se mantiver dentro deste espectro, as eleições serão liquidadas no primeiro turno. Como o viés é de alta, reforça-se a hipótese de que não haverá segundo turno.
Divulgada uma semana após o início da propaganda gratuita de rádio e TV, a pesquisa do Datafolha é mais demonstrativa dos efeitos desta nova fase da campanha sobre o eleitorado. Mas ainda não é uma demonstração definitiva. O que se pode dizer é que somente um significativo acidente de percurso, um evento desconhecido, poderá mudar as tendências da atual disputa.
Uma visualização das quatro últimas pesquisas do Datafolha deixa mais nítidas as tendências de evolução das intenções de voto:
Candidatos
Junho
Julho
Agosto (8)
Agosto (22)
Lula
46%
44%
47%
49%
Alckmin
29%
28%
24%
25%
H. Helena
6%
10%
12%
11%
Na última pesquisa, o Datafolha apontava para uma diferença de 10 pontos pró-Lula em relação à soma de todos os outros candidatos. Agora a diferença sobe para cerca de 12 pontos.
As notícias positivas para Lula não param por aí: o governo atinge um recorde de aprovação de 52%. Além disto, a rejeição de Lula vem caindo e a de Alckmin sobe.
Em junho, Lula tinha 31% de rejeição. Agora tem 26%. Alckmin faz um percurso inverso: tinha 19% e agora tem 24%.
A oscilação positiva de Alckmin de um ponto e a negativa de Heloísa Helena, também de um ponto, pode estar indicando a hipótese de crescimento de Alckmin e de queda de Heloísa Helena com o início da propaganda de TV. Isto torna inverossímil a tese de alguns analistas de que a candidata do PSol poderia ultrapassar o candidato tucano.
Esta leve gangorra entre Alckmin e Heloísa Helena se anula pelo fato de que Lula sobe ou permanece estável. Assim, mesmo que Alckmin suba mais um pouco, a tendência de vitória de Lula no primeiro turno deverá se manter. Alguns analistas prevêem que, a partir dos dados do Datafolha, a tendência de abandono de Alckmin por setores do PSDB e do PFL deverá aumentar.
Aldo Fornazieri é cientista político e diretor Acadêmico da Fundação Escola de Sociologia Política de São Paulo.
A pesquisa do Datafolha, divulgada ontem, no fundamental, indica um quadro de estabilidade, mas com um viés de alta de Lula. Ao alcançar 49%, Lula atinge o teto das oscilações positivas que as pesquisas vêm lhe dando desde abril.
Desde aquele mês, os vários institutos mostram um espectro de variação de 42% a 49% nas intenções de voto do presidente. Os analistas julgam que se Lula se mantiver dentro deste espectro, as eleições serão liquidadas no primeiro turno. Como o viés é de alta, reforça-se a hipótese de que não haverá segundo turno.
Divulgada uma semana após o início da propaganda gratuita de rádio e TV, a pesquisa do Datafolha é mais demonstrativa dos efeitos desta nova fase da campanha sobre o eleitorado. Mas ainda não é uma demonstração definitiva. O que se pode dizer é que somente um significativo acidente de percurso, um evento desconhecido, poderá mudar as tendências da atual disputa.
Uma visualização das quatro últimas pesquisas do Datafolha deixa mais nítidas as tendências de evolução das intenções de voto:
Candidatos
Junho
Julho
Agosto (8)
Agosto (22)
Lula
46%
44%
47%
49%
Alckmin
29%
28%
24%
25%
H. Helena
6%
10%
12%
11%
Na última pesquisa, o Datafolha apontava para uma diferença de 10 pontos pró-Lula em relação à soma de todos os outros candidatos. Agora a diferença sobe para cerca de 12 pontos.
As notícias positivas para Lula não param por aí: o governo atinge um recorde de aprovação de 52%. Além disto, a rejeição de Lula vem caindo e a de Alckmin sobe.
Em junho, Lula tinha 31% de rejeição. Agora tem 26%. Alckmin faz um percurso inverso: tinha 19% e agora tem 24%.
A oscilação positiva de Alckmin de um ponto e a negativa de Heloísa Helena, também de um ponto, pode estar indicando a hipótese de crescimento de Alckmin e de queda de Heloísa Helena com o início da propaganda de TV. Isto torna inverossímil a tese de alguns analistas de que a candidata do PSol poderia ultrapassar o candidato tucano.
Esta leve gangorra entre Alckmin e Heloísa Helena se anula pelo fato de que Lula sobe ou permanece estável. Assim, mesmo que Alckmin suba mais um pouco, a tendência de vitória de Lula no primeiro turno deverá se manter. Alguns analistas prevêem que, a partir dos dados do Datafolha, a tendência de abandono de Alckmin por setores do PSDB e do PFL deverá aumentar.
Aldo Fornazieri é cientista político e diretor Acadêmico da Fundação Escola de Sociologia Política de São Paulo.
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