Com um discurso de independência em relação ao casal Garotinho, o candidato do PMDB ao Governo do Rio, Sérgio Cabral, criticou áreas prioritárias do estado como saúde, educação e segurança pública, durante entrevista a Sidney Rezende no programa CBN Rio. Enquanto falava da importância das delegacias legais, projeto implementado pelo ex-governador Anthony Garotinho, Cabral admitiu que a segurança pública é um desastre.

– O senhor concorda que esse setor do Rio é um desastre?, perguntou Sidney Rezende. A resposta veio logo:

– Concordo, corcordo Sidney, disse Sérgio Cabral.

Para baixar os índices de violência no estado, Sérgio Cabral disse que é preciso investir em logística, inteligência e garantir a presença da polícia nas ruas. Em outro trecho da entrevista, o candidato do PMDB disse que “a saúde não vai bem e a educação também não vai bem”.

– Essas áreas precisam de modificação de administração de logística, de gestão, explicou Sérgio Cabral.

A todo tempo da entrevista, o candidato do PMDB ao Governo do Rio tentou se afastar do casal Garotinho. Quando disse que manterá programas assistencialistas do atual governo, como o Cheque Cidadão que, segundo ele, atende a 100 mil pessoas em todo o estado, Cabral negou que sofra influência do ex-governador. E quanto o tema foi cheque cidadão, Rezende provocou:

– O senhor está mais Garotinho do que nunca!!
O candidato do PMDB respondeu que não.

– Não é verdade, não é verdade Sidney. Então o Alckmin (Geraldo Alckimin, candidato do PSDB à Presidência da República) é Garotinho porque ele tem o programa Bom Prato, rebateu Sérgio Cabral.

O candidato disse ainda que pretende pôr em prática um programa de “acessibilidade nas favelas”, com a abertura de ruas e a urbanização do espaço. No final da entrevista, indagado pelo entrevistador, Sérgio Cabral negou que seja dono de uma mansão em Angra dos Reis.

– Primeiro, isso já foi objeto de acusações em campanhas anteriores, de denúncias ao Ministério Público. Tudo arquivado. A casa é em Mangaratiba, pré-fabricada. Peço aos meus adversários que tentem ganhar a eleição com propostas. Não admito que minha honra seja afetada, concluiu.