EMPREGO: Em 12 anos, exército de desempregados aumentou 78,4%

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Apenas a Região Sul registrou aumento de vagas no mercado de trabalho – cerca de 50% no mesmo período.

POR Redação SRzd10/08/2006|3 min de leitura

EMPREGO: Em 12 anos, exército de desempregados aumentou 78,4%
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Na publicação “Brasil: o estado de uma nação – Mercado de trabalho, emprego e informalidade”, lançada ontem em Brasília, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) avalia que houve avanços significativos, entre 2004 e 2005, no que se refere à expansão de emprego e controle de inflação. De acordo com o livro, que abrange os anos de 1992 a 2004, foram gerados 17,5 milhões de postos de trabalho. De todo modo, o desemprego ainda é um problema sério para o desempenho do mercado de trabalho. No mesmo período, o contingente de desempregados cresceu 78,4%.

Conforme o trabalho, nas regiões Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-oeste, o total de desempregados cresceu aproximadamente 80%. A única exceção foi a região sul, onde foi registrado um crescimento de 50%. Entre as mulheres, o índice de desemprego foi maior: 107,7%. Só no ano de 2004, a taxa de desemprego feminino chegou a 13,5%, representando o dobro do masculino, que foi de 7,9%. Já entre os chefes de família, o desemprego cresceu 77,3%.

A informalidade também continua sendo marcante dentro do mercado. Mais da metade da força de trabalho está inserida no setor informal, registrando um crescimento de 38,3% para 44,1% (1992 a 2004), nas áreas metropolitanas, e uma redução de 58,5% para 54,6% nas áreas não-metropolitanas.

O setor de serviços continua absorvendo a maioria da mão-de-obra da população ocupada. Das 84,6 milhões de pessoas que estavam trabalhando em 2004, 47% estavam neste setor. O da agricultura vem logo em seguida, absorvendo 21% da população (17,7 milhões de pessoas). Na seqüência, vem a indústria, que abrange cerca de 19% do total de trabalhadores com carteira assinada; e o comércio, com 16%.

A análise do Ipea registra a continuidade da entrada “precoce” dos brasileiros no mercado de trabalho, quando comparada aos países mais desenvolvidos. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2003, aproximadamente 70% dos brasileiros que tinham 35 anos em 2003 – e que estavam trabalhando – entraram no mercado de trabalho ainda na infância, e cerca de 30% na juventude.

Quando o assunto é salário, a publicação afirma que os maiores salários estão na região Centro-oeste e na Sudeste, seguidas das regiões Sul e Norte. Os salários mais baixos estão na região Nordeste. As diferenças se explicam por conta dos perfis profissionais de cada região. O estudo aponta, como exemplo, a região Centro-oeste, que concentra parte dos serviços que tratam da administração pública federal.

O salário médio dos trabalhadores industriais é de aproximadamente mil reais, segundo dados de 2004. O setor público paga, em média, R$ 1.200; o comércio, R$ 650 e a agricultura, R$ 520.

Outro ponto abordado na pesquisa é que uma década depois de implantados, os programas de geração de emprego e renda, de acordo com o Instituto, ainda não representam o ideal, pois não cobrem, efetivamente, o universo dos pequenos empreendimentos, o que deixa essa parcela sempre suscetível às oscilações do mercado de trabalho.

“Brasil: o estado de uma nação” é dividido entre os tópicos: “O esforço monetário e a estabilidade”; “A oferta de força de trabalho: tendências e perspectivas”; “Educação no Brasil: atrasos, conquistas e desafios para o futuro”; “Instituições trabalhistas e desempenho do mercado de trabalho”; “O desempenho recente do mercado de trabalho”; “Tecnologia, comércio exterior e emprego”; “Políticas públicas de emprego, trabalho e renda no Brasil”; e “Pós-laboral – Previdência e assistência social no Brasil”.

Na publicação “Brasil: o estado de uma nação – Mercado de trabalho, emprego e informalidade”, lançada ontem em Brasília, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) avalia que houve avanços significativos, entre 2004 e 2005, no que se refere à expansão de emprego e controle de inflação. De acordo com o livro, que abrange os anos de 1992 a 2004, foram gerados 17,5 milhões de postos de trabalho. De todo modo, o desemprego ainda é um problema sério para o desempenho do mercado de trabalho. No mesmo período, o contingente de desempregados cresceu 78,4%.

Conforme o trabalho, nas regiões Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-oeste, o total de desempregados cresceu aproximadamente 80%. A única exceção foi a região sul, onde foi registrado um crescimento de 50%. Entre as mulheres, o índice de desemprego foi maior: 107,7%. Só no ano de 2004, a taxa de desemprego feminino chegou a 13,5%, representando o dobro do masculino, que foi de 7,9%. Já entre os chefes de família, o desemprego cresceu 77,3%.

A informalidade também continua sendo marcante dentro do mercado. Mais da metade da força de trabalho está inserida no setor informal, registrando um crescimento de 38,3% para 44,1% (1992 a 2004), nas áreas metropolitanas, e uma redução de 58,5% para 54,6% nas áreas não-metropolitanas.

O setor de serviços continua absorvendo a maioria da mão-de-obra da população ocupada. Das 84,6 milhões de pessoas que estavam trabalhando em 2004, 47% estavam neste setor. O da agricultura vem logo em seguida, absorvendo 21% da população (17,7 milhões de pessoas). Na seqüência, vem a indústria, que abrange cerca de 19% do total de trabalhadores com carteira assinada; e o comércio, com 16%.

A análise do Ipea registra a continuidade da entrada “precoce” dos brasileiros no mercado de trabalho, quando comparada aos países mais desenvolvidos. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2003, aproximadamente 70% dos brasileiros que tinham 35 anos em 2003 – e que estavam trabalhando – entraram no mercado de trabalho ainda na infância, e cerca de 30% na juventude.

Quando o assunto é salário, a publicação afirma que os maiores salários estão na região Centro-oeste e na Sudeste, seguidas das regiões Sul e Norte. Os salários mais baixos estão na região Nordeste. As diferenças se explicam por conta dos perfis profissionais de cada região. O estudo aponta, como exemplo, a região Centro-oeste, que concentra parte dos serviços que tratam da administração pública federal.

O salário médio dos trabalhadores industriais é de aproximadamente mil reais, segundo dados de 2004. O setor público paga, em média, R$ 1.200; o comércio, R$ 650 e a agricultura, R$ 520.

Outro ponto abordado na pesquisa é que uma década depois de implantados, os programas de geração de emprego e renda, de acordo com o Instituto, ainda não representam o ideal, pois não cobrem, efetivamente, o universo dos pequenos empreendimentos, o que deixa essa parcela sempre suscetível às oscilações do mercado de trabalho.

“Brasil: o estado de uma nação” é dividido entre os tópicos: “O esforço monetário e a estabilidade”; “A oferta de força de trabalho: tendências e perspectivas”; “Educação no Brasil: atrasos, conquistas e desafios para o futuro”; “Instituições trabalhistas e desempenho do mercado de trabalho”; “O desempenho recente do mercado de trabalho”; “Tecnologia, comércio exterior e emprego”; “Políticas públicas de emprego, trabalho e renda no Brasil”; e “Pós-laboral – Previdência e assistência social no Brasil”.

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