ESPORTE: As Copas de 66 e 70 na visão Saldanha

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Jogador, técnico e dirigente de futebol, jornalista, militante do Partido Comunista Brasileiro, entre diversas outras atividades, João Saldanha foi o pivô de uma das mais famosas e controvertidas demissões de um treinador da seleção brasileira.

POR Redação SRzd27/05/2006|3 min de leitura

ESPORTE: As Copas de 66 e 70 na visão Saldanha
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Jogador, técnico e dirigente de futebol, jornalista, militante do Partido Comunista Brasileiro, entre diversas outras atividades, João Saldanha foi o pivô de uma das mais famosas e controvertidas demissões de um treinador da seleção brasileira. És vésperas da Copa de 1970, este gaúcho, que nasceu em Alegrete, e faleceu em Roma, em 1990, foi mandado embora de um dos cargos mais cobiçados do país, por motivos ainda hoje polêmicos.

Para reviver este personagem folclórico, o historiador Raul Milliet, sobrinho do jornalista, organizou “Vida que segue ‘ João Saldanha e as Copas de 66 e 70” (208 páginas mais caderno de fotos. Preço sugerido de R$ 29,90), pela editora Nova Fronteira.

Com prefácios de Oscar Niemeyer, Sérgio Cabral e Tostão, o livro apresenta as crônicas escritas por Saldanha durante os Mundiais de 66 e 70, traça seu perfil biográfico, conta casos famosos, como as brigas com o jornalista Armando Nogueira e o goleiro Manga, além de trazer depoimentos inéditos e as informações sobre todos os jogos do Brasil nas duas Copas do Mundo, incluindo amistosos e eliminatórias.

Pavio curto

Momentos pitorescos não faltam ao extenso currículo de Saldanha. O ator Ney Sant’Anna Pereira dos Santos, de 52 anos, quase foi vítima de sua famosa impaciência. Em uma conversa, há aproximadamente 20 anos, Saldanha criticava um político que viria a ser presidente da República, quando Ney resolveu o interpelar e por pouco não se machucou. “Ele começou a falar mal do Fernando Henrique e eu cometi a bobagem de dizer: ‘Saldanha não cometa essa falácia’. Ele partiu para cima de mim, furioso, com uma garrafa na mão e só não me acertou porque o seguraram”, relembra o ator.

Se ficava nervoso com facilidade, Saldanha não era de guardar mágoa. De acordo com Ney, o episódio foi contornado rapidamente e a conversa prosseguiu, assim como a amizade. “Continuamos amigos até a sua morte. E hoje acho que merecia a garrafada, não só pelo FHC, mas pelo Lula também”, diverte-se Ney.

A demissão e o lançamento

A obscura demissão de Saldanha da seleção brasileira é um dos momentos marcantes da obra. No depoimento “Por que saí”, pela primeira vez Saldanha fala claramente que foi afastado da seleção por razões políticas, já que não interessava ao Governo Médici ter um técnico campeão que também era comunista. Apesar de ter sido ele quem escalou o time, batizado como ‘as feras do Saldanha’, foi Zagallo quem comandou a equipe que conquistou, em definitivo, a taça Jules Rimet.

As Copas de 66 e 70 foram dois momentos antagônicos vividos pelo futebol brasileiro. Enquanto na primeira, disputada na Inglaterra, a seleção fracassou, na segunda, jogada no México, o Brasil exibiu um futebol inesquecível, levantando o tricampeonato.

Assuntos que devem esquentar o lançamento de livro, na próxima terça-feira 30, na Biblioteca Nacional (rua México, s/n, Centro), às 18h. Na ocasião, haverá um debate com a participação dos prefaciadores, do presidente do Botafogo (time por qual Saldanha era um torcedor apaixonado), Bebeto de Freitas, do ex-jogador Afonsinho e Carlos Vilarinho. Como o João, a contenda deve gerar muita controvérsia.

Jogador, técnico e dirigente de futebol, jornalista, militante do Partido Comunista Brasileiro, entre diversas outras atividades, João Saldanha foi o pivô de uma das mais famosas e controvertidas demissões de um treinador da seleção brasileira. És vésperas da Copa de 1970, este gaúcho, que nasceu em Alegrete, e faleceu em Roma, em 1990, foi mandado embora de um dos cargos mais cobiçados do país, por motivos ainda hoje polêmicos.

Para reviver este personagem folclórico, o historiador Raul Milliet, sobrinho do jornalista, organizou “Vida que segue ‘ João Saldanha e as Copas de 66 e 70” (208 páginas mais caderno de fotos. Preço sugerido de R$ 29,90), pela editora Nova Fronteira.

Com prefácios de Oscar Niemeyer, Sérgio Cabral e Tostão, o livro apresenta as crônicas escritas por Saldanha durante os Mundiais de 66 e 70, traça seu perfil biográfico, conta casos famosos, como as brigas com o jornalista Armando Nogueira e o goleiro Manga, além de trazer depoimentos inéditos e as informações sobre todos os jogos do Brasil nas duas Copas do Mundo, incluindo amistosos e eliminatórias.

Pavio curto

Momentos pitorescos não faltam ao extenso currículo de Saldanha. O ator Ney Sant’Anna Pereira dos Santos, de 52 anos, quase foi vítima de sua famosa impaciência. Em uma conversa, há aproximadamente 20 anos, Saldanha criticava um político que viria a ser presidente da República, quando Ney resolveu o interpelar e por pouco não se machucou. “Ele começou a falar mal do Fernando Henrique e eu cometi a bobagem de dizer: ‘Saldanha não cometa essa falácia’. Ele partiu para cima de mim, furioso, com uma garrafa na mão e só não me acertou porque o seguraram”, relembra o ator.

Se ficava nervoso com facilidade, Saldanha não era de guardar mágoa. De acordo com Ney, o episódio foi contornado rapidamente e a conversa prosseguiu, assim como a amizade. “Continuamos amigos até a sua morte. E hoje acho que merecia a garrafada, não só pelo FHC, mas pelo Lula também”, diverte-se Ney.

A demissão e o lançamento

A obscura demissão de Saldanha da seleção brasileira é um dos momentos marcantes da obra. No depoimento “Por que saí”, pela primeira vez Saldanha fala claramente que foi afastado da seleção por razões políticas, já que não interessava ao Governo Médici ter um técnico campeão que também era comunista. Apesar de ter sido ele quem escalou o time, batizado como ‘as feras do Saldanha’, foi Zagallo quem comandou a equipe que conquistou, em definitivo, a taça Jules Rimet.

As Copas de 66 e 70 foram dois momentos antagônicos vividos pelo futebol brasileiro. Enquanto na primeira, disputada na Inglaterra, a seleção fracassou, na segunda, jogada no México, o Brasil exibiu um futebol inesquecível, levantando o tricampeonato.

Assuntos que devem esquentar o lançamento de livro, na próxima terça-feira 30, na Biblioteca Nacional (rua México, s/n, Centro), às 18h. Na ocasião, haverá um debate com a participação dos prefaciadores, do presidente do Botafogo (time por qual Saldanha era um torcedor apaixonado), Bebeto de Freitas, do ex-jogador Afonsinho e Carlos Vilarinho. Como o João, a contenda deve gerar muita controvérsia.

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