O futebol do Rio tem mostrado, dentro de campo, poder de superação nos últimos meses. Hoje, o Fluminense ocupa a liderança isolada do Campeonato Brasileiro e Flamengo e Vasco fazem a final da Copa do Brasil. Mas, isto não basta!
Berço de talento e magia no mercado da bola, os clubes do Rio deram um passo rumo ao sucesso com estas conquistas recentes, mas são passageiras. Os times cariocas ainda estão atrás de muitos no Brasil. A estrutura é um componente que passa longe dos grandes clubes da Cidade Maravilhosa, que não conta com centros de treinamento.
Exceção feita aos clubes de menor investimento, que dirigem suas receitas para a montagem de uma estrutura de grande porte. Nova Iguaçu e Cabofriense, por exemplo, têm Centro de Treinamento e vem alcançando resultados em campo.
O poder econômico tem aportado em outros cofres e, com isso, os clubes vivem de pires na mão. Alguns não acordaram para a nova realidade do futebol.
A tabela de classificação do Brasileirão é uma demonstração de que quem investe colhe resultados. Dos seis primeiros colocados, somente o Fluminense não dispõe de um CT para o futebol profissional. O que falta acontecer para os dirigentes do Rio acordarem? Até quando vão viver à margem do crescimento inevitável e sustentável do futebol brasileiro? Será que o sucesso efêmero é o que satisfaz? São perguntas que ficam sem resposta e o pobre torcedor, que sofre a cada rodada da competição, é o maior prejudicado.
Dinheiro não pode ser a única desculpa dos cartolas cariocas. Afinal de contas, há 8 anos Vasco e Flamengo tiveram em seus cofres mais de US$ 100 milhões cada. Onde foi parar este dinheiro? Em estrutura é que não foi.
Já passou da hora de uma mudança radical no futebol carioca. Por aqui craques como Zico, Roberto Dinamite, Romário, Bebeto, Gérson, Garrincha, Nilton Santos, entre outros já desfilaram um futebol de alto nível. O Rio já foi base da Seleção, mas, hoje, é apenas parte da história do futebol pentacampeão.
Na atual seleção brasileira, não há um jogador que atue na Cidade Maravilhosa. No máximo, há atletas que foram formados nos clubes cariocas, tais como Júlio César, Juan, e Adriano (todos no Flamengo). Reage, Rio!
Interferência
Após a expulsão do atacante Tuta, no Fla x Flu, o vice-presidente de futebol rubro-negro, Kléber Leite, se dirigiu a um integrante da comissão técnica e passou uma instrução para que ela fosse repassada ao técnico Nei Franco. Talvez isso explique o desabafo de Oswaldo de Oliveira no vestiário tricolor após a partida. ‘O Waldemar Lemos só foi demitido porque fez um trabalho honesto e com dignidade. Dedico esta vitória a eleâ?, disse Oswaldo.
Quase foi
O meia Petkovic por pouco não deixou o Fluminense. Ele teve reuniões com representantes da MSI, mas não chegou a um acordo. Hoje, o pensamento do sérvio está voltado para o tricolor. Só falta o futebol dele também estar na direção das Laranjeiras.
Seleção
O Brasil está em fase de preparação para a Copa do Mundo. A goleada sobre os juniores do Fluminense, em jogo-treino, serviu de aperitivo para a competição. Não que a Seleção vá golear impiedosamente todos os adversários, mas o toque de bola apresentado dá a esperança de um futebol envolvente e de jogadas geniais na Alemanha. Isso sem falar nas opções do técnico Carlos Alberto Parreira. Ter Robinho, Juninho Pernambucano, Cicinho, Rogério Ceni, Gilberto, Edmílson, Ricardinho e Fred, por exemplo, no banco não é para qualquer um. O time reserva do Brasil é melhor do que muitas seleções que vão estar na Copa.
Fabio Azevedo é jornalista
O futebol do Rio tem mostrado, dentro de campo, poder de superação nos últimos meses. Hoje, o Fluminense ocupa a liderança isolada do Campeonato Brasileiro e Flamengo e Vasco fazem a final da Copa do Brasil. Mas, isto não basta!
Berço de talento e magia no mercado da bola, os clubes do Rio deram um passo rumo ao sucesso com estas conquistas recentes, mas são passageiras. Os times cariocas ainda estão atrás de muitos no Brasil. A estrutura é um componente que passa longe dos grandes clubes da Cidade Maravilhosa, que não conta com centros de treinamento.
Exceção feita aos clubes de menor investimento, que dirigem suas receitas para a montagem de uma estrutura de grande porte. Nova Iguaçu e Cabofriense, por exemplo, têm Centro de Treinamento e vem alcançando resultados em campo.
O poder econômico tem aportado em outros cofres e, com isso, os clubes vivem de pires na mão. Alguns não acordaram para a nova realidade do futebol.
A tabela de classificação do Brasileirão é uma demonstração de que quem investe colhe resultados. Dos seis primeiros colocados, somente o Fluminense não dispõe de um CT para o futebol profissional. O que falta acontecer para os dirigentes do Rio acordarem? Até quando vão viver à margem do crescimento inevitável e sustentável do futebol brasileiro? Será que o sucesso efêmero é o que satisfaz? São perguntas que ficam sem resposta e o pobre torcedor, que sofre a cada rodada da competição, é o maior prejudicado.
Dinheiro não pode ser a única desculpa dos cartolas cariocas. Afinal de contas, há 8 anos Vasco e Flamengo tiveram em seus cofres mais de US$ 100 milhões cada. Onde foi parar este dinheiro? Em estrutura é que não foi.
Já passou da hora de uma mudança radical no futebol carioca. Por aqui craques como Zico, Roberto Dinamite, Romário, Bebeto, Gérson, Garrincha, Nilton Santos, entre outros já desfilaram um futebol de alto nível. O Rio já foi base da Seleção, mas, hoje, é apenas parte da história do futebol pentacampeão.
Na atual seleção brasileira, não há um jogador que atue na Cidade Maravilhosa. No máximo, há atletas que foram formados nos clubes cariocas, tais como Júlio César, Juan, e Adriano (todos no Flamengo). Reage, Rio!
Interferência
Após a expulsão do atacante Tuta, no Fla x Flu, o vice-presidente de futebol rubro-negro, Kléber Leite, se dirigiu a um integrante da comissão técnica e passou uma instrução para que ela fosse repassada ao técnico Nei Franco. Talvez isso explique o desabafo de Oswaldo de Oliveira no vestiário tricolor após a partida. ‘O Waldemar Lemos só foi demitido porque fez um trabalho honesto e com dignidade. Dedico esta vitória a eleâ?, disse Oswaldo.
Quase foi
O meia Petkovic por pouco não deixou o Fluminense. Ele teve reuniões com representantes da MSI, mas não chegou a um acordo. Hoje, o pensamento do sérvio está voltado para o tricolor. Só falta o futebol dele também estar na direção das Laranjeiras.
Seleção
O Brasil está em fase de preparação para a Copa do Mundo. A goleada sobre os juniores do Fluminense, em jogo-treino, serviu de aperitivo para a competição. Não que a Seleção vá golear impiedosamente todos os adversários, mas o toque de bola apresentado dá a esperança de um futebol envolvente e de jogadas geniais na Alemanha. Isso sem falar nas opções do técnico Carlos Alberto Parreira. Ter Robinho, Juninho Pernambucano, Cicinho, Rogério Ceni, Gilberto, Edmílson, Ricardinho e Fred, por exemplo, no banco não é para qualquer um. O time reserva do Brasil é melhor do que muitas seleções que vão estar na Copa.
Fabio Azevedo é jornalista