Extra! Extra! Paris Hilton faz greve de sexo!

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Só mesmo nos Estados Unidos isso é manchete de jornal!

POR Redação SRzd13/07/2006|4 min de leitura

Extra! Extra! Paris Hilton faz greve de sexo!
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Tá bom, tá bom, isso não deveria ser manchete de jornal nem no Brasil, nem na China. Mas como to-dos os jornais americanos, sites de notícias e programas de entretenimento estão esbravejando para todos ouvirem, tive que escrever uma notinha. Só mesmo nos Estados Unidos isso é manchete de jornal! A milionária Paris Hilton, herdeira da rede de hotéis Hilton, famosa por ser, well, “famosa”, disse à imprensa americana que vai se abster de sexo por um ano. De acordo com Paris, ela vai banir qualquer “atividade carnal” de sua vida, para que possa “redescorbrir-se”. E eu me pergunto: e dai?

Essa é o tipo de notícia que incomoda, pois reflete o estado da atual imprensa americana, e ainda, da sociedade estadonidense de um modo geral, que tem valores um tanto quanto “esquisitos”, banais e deturpados. Paris Hilton disse, em coletiva, que não vai mais transar! Mas, você viu que lindo o batom que ela estava usando? E a gente entra num site de notícias e ainda tem que engolir mais essa…

A cobertura de eventos jornalísticos aqui nos EUA, desde o 11 de Setembro, vai de mal a pior. Ou será que desde as eleições entre Al Gore e Bush? Humm, fica difícil de saber. Por exemplo, durante o início da “guerra contra o terror” – sim, porque aqui, segundo a imprensa americana, não existe mais uma guerra, propriamente dita. Os EUA estão simplesmente fazendo uma faxininha no Iraque. Afinal, quem não viu George Bush fazendo discursinho com a placa “mission accomplished” (missão comprida) pendurada acima de sua cabeça?

Sem contar que desde antes da guerra, a mídia americana, que é supostamente imparcial e um exemplo a ser seguido, fez um (excelente) trabalho de convencimento ao povo de que Sadam era o melhor amigo de Osama e tinha sido o responsável pelos atentados de 11/9. Sadam, Osama, Afeganistão, Iraque, não importa. Para os americanos em geral é tudo a mesma coisa, pois eles não sabem de nada o que acontece fora de seu país. Não têm interesse. E os que se interessam em ler um jornal, encontram isso: “Paris faz greve de sexo!” Me poupe!

Críticas à parte, essa promessa vai ser interessante de se acompanhar. Afinal, Paris vive da imagem “sexy” quer queira, quer não. E os americanos adoram sexo, pois vende-se tudo através dele, e dinheiro é o que importa, como todos sabemos. Ano passado, Paris causou alvoroço quando participou de uma campanha de televisão, para uma rede de fast-food, onde aparecia comendo um hambúrguer enquanto lavava um carro, só de biquini. Uma verdadeira lambança, considerada pelos conservadores americanos um “soft-porn” (pornozinho light!). A campanha foi retirada do ar, mas o hambúrger vendeu muito!

E quem não se lembra do home video de sexo, que foi supostamente roubado de sua casa, vendido pela internet e em bancas de jornais? Sem contar que ela troca de noivos e namorados, como quem troca de sapatos. E dizem que ela tem muitos pares! A “celebridade” disse que não está sendo pressionada por ninguém, e que desistiu do sexo simplesmente porque quer. “E isso está fazendo de mim uma pessoa mais forte.”

As declarações sem pé nem cabeca de Paris, tomaram conta dos meios de comunicação e vieram à tona em um momento diríamos… “interessante.” Ela está prestes a lançar um single: “Stars Are Blind”. Alguém tem dúvida de que será um sucesso?

Samantha Nogueira é jornalista e correspondente do SRZD nos Estados Unidos.

Tá bom, tá bom, isso não deveria ser manchete de jornal nem no Brasil, nem na China. Mas como to-dos os jornais americanos, sites de notícias e programas de entretenimento estão esbravejando para todos ouvirem, tive que escrever uma notinha. Só mesmo nos Estados Unidos isso é manchete de jornal! A milionária Paris Hilton, herdeira da rede de hotéis Hilton, famosa por ser, well, “famosa”, disse à imprensa americana que vai se abster de sexo por um ano. De acordo com Paris, ela vai banir qualquer “atividade carnal” de sua vida, para que possa “redescorbrir-se”. E eu me pergunto: e dai?

Essa é o tipo de notícia que incomoda, pois reflete o estado da atual imprensa americana, e ainda, da sociedade estadonidense de um modo geral, que tem valores um tanto quanto “esquisitos”, banais e deturpados. Paris Hilton disse, em coletiva, que não vai mais transar! Mas, você viu que lindo o batom que ela estava usando? E a gente entra num site de notícias e ainda tem que engolir mais essa…

A cobertura de eventos jornalísticos aqui nos EUA, desde o 11 de Setembro, vai de mal a pior. Ou será que desde as eleições entre Al Gore e Bush? Humm, fica difícil de saber. Por exemplo, durante o início da “guerra contra o terror” – sim, porque aqui, segundo a imprensa americana, não existe mais uma guerra, propriamente dita. Os EUA estão simplesmente fazendo uma faxininha no Iraque. Afinal, quem não viu George Bush fazendo discursinho com a placa “mission accomplished” (missão comprida) pendurada acima de sua cabeça?

Sem contar que desde antes da guerra, a mídia americana, que é supostamente imparcial e um exemplo a ser seguido, fez um (excelente) trabalho de convencimento ao povo de que Sadam era o melhor amigo de Osama e tinha sido o responsável pelos atentados de 11/9. Sadam, Osama, Afeganistão, Iraque, não importa. Para os americanos em geral é tudo a mesma coisa, pois eles não sabem de nada o que acontece fora de seu país. Não têm interesse. E os que se interessam em ler um jornal, encontram isso: “Paris faz greve de sexo!” Me poupe!

Críticas à parte, essa promessa vai ser interessante de se acompanhar. Afinal, Paris vive da imagem “sexy” quer queira, quer não. E os americanos adoram sexo, pois vende-se tudo através dele, e dinheiro é o que importa, como todos sabemos. Ano passado, Paris causou alvoroço quando participou de uma campanha de televisão, para uma rede de fast-food, onde aparecia comendo um hambúrguer enquanto lavava um carro, só de biquini. Uma verdadeira lambança, considerada pelos conservadores americanos um “soft-porn” (pornozinho light!). A campanha foi retirada do ar, mas o hambúrger vendeu muito!

E quem não se lembra do home video de sexo, que foi supostamente roubado de sua casa, vendido pela internet e em bancas de jornais? Sem contar que ela troca de noivos e namorados, como quem troca de sapatos. E dizem que ela tem muitos pares! A “celebridade” disse que não está sendo pressionada por ninguém, e que desistiu do sexo simplesmente porque quer. “E isso está fazendo de mim uma pessoa mais forte.”

As declarações sem pé nem cabeca de Paris, tomaram conta dos meios de comunicação e vieram à tona em um momento diríamos… “interessante.” Ela está prestes a lançar um single: “Stars Are Blind”. Alguém tem dúvida de que será um sucesso?

Samantha Nogueira é jornalista e correspondente do SRZD nos Estados Unidos.

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