INTERNACIONAL: Pesquisa aponta os Estados Unidos como maior ameaça

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Pesquisa do jornal Inglês The Guardian aponta os Estados Unidos como uma ameaça maior a paz do que o Irã.

POR Redação SRzd20/06/2006|4 min de leitura

INTERNACIONAL: Pesquisa aponta os Estados Unidos como maior ameaça
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Os seis anos de governo Bush prejudicaram tanto a imagem dos Estados Unidos que pessoas do mundo inteiro acreditam que Washington, e não Teerã, é a maior ameaça à paz mundial.

O Centro de Pesquisa Pew, com base em Washington, entrevistou 17.000 pessoas em 15 países entre os meses de março e maio deste ano. A pesquisa revelou que a maioria das pessoas está mais preocupada com o fato de as tropas americanas ainda estarem no Iraque e que a minoria delas apresenta apreensão quanto às alegações de que o Irã teria armas nucleares.

Até mesmo no Reino Unido, que é um dos principais aliados do Estados Unidos, a população tem demonstrado insatisfação com os americanos. O número de pessoas que apóiam o governo Bush caiu de 83%, em 1999, para 56% em 2006. A França apresenta um padrão parecido: caiu de 62% para 39%; a Alemanha despencou de 78% para 37%; e a Espanha, de 50% para 23%.

Os números são parecidos em países de origem muçulmana, que tradicionalmente apresentavam uma boa relação com os EUA. É o caso da Turquia e da Indonésia: Na Turquia, o número de pessoas que são favoráveis ao governo americano caiu de 52% para 12% e na Indonésia baixou de 75% para 30%.

De acordo com Carroll Doherty, diretor do Centro de Pesquisa Pew, “É tudo por causa do Iraque”. Ele acrescentou que mesmo depois de os EUA terem ajudado a Indonésia e a Índia depois da tragédia com a tsunami, os números indicam que a maioria das pessoas ainda é contra a política de guerra dos EUA. O mesmo acontece no Paquistão: ainda que os EUA tenham auxiliado as vítimas do recente terremoto, o descontentamento quanto ao governo ainda é grande. O número de pessoas que estão satisfeitas com os EUA na Índia caiu ao longo deste último ano de 71% para 56%.

A pesquisa demonstra que apesar dos incontáveis esforços da Secretária de Estado, Condoleezza Rice, de melhorar as relações com a Europa, ainda há muito a ser feito. Até mesmo a Espanha, que sofreu um atentado a bomba que deixou 192 mortos em Madri há dois anos, não apóia a guerra contra o “terrorismo” – os números caíram de 26% no ano passado para 19% em 2006.

Durante o período em que as 17,000 pessoas em 15 países diferentes foram entrevistadas, a crise sobre o programa nuclear no Irã estava nas manchetes dos maiores jornais. O Iraque também provocou grandes notícias diárias, especialmente com a formação do novo governo e os atentados diários naquele país. Apesar disso, somente nos EUA e na Alemanha o Iran é visto como ameaça a paz mundial.

Em todos os outros países que participaram da pesquisa (Inglaterra, França, Espanha, Rússia, Indonésia, Egito, Jordânia, Turquia, Paquistão, Nigéria, Índia e China) os números apontam que os EUA são vistos como uma maior ameaça à paz mundial do que o Iran. No Japão houve um empate. Outra fonte de apreensão foi o conflito entre israelenses e palestinos, com um terço dos entrevistados colocando este como o fator de preocupação número um.

Como não poderia deixar de ser, a pesquisa apontou que nos EUA a preocupação com o Iran quase dobrou desde 2003: Cresceu de 26% para 46% dos americanos entrevistados acreditando que o governo de Ahmadinejad representa “um grande perigo” para a estabilidade no Oriente Médio e para a paz mundial. Interessante…

Os seis anos de governo Bush prejudicaram tanto a imagem dos Estados Unidos que pessoas do mundo inteiro acreditam que Washington, e não Teerã, é a maior ameaça à paz mundial.

O Centro de Pesquisa Pew, com base em Washington, entrevistou 17.000 pessoas em 15 países entre os meses de março e maio deste ano. A pesquisa revelou que a maioria das pessoas está mais preocupada com o fato de as tropas americanas ainda estarem no Iraque e que a minoria delas apresenta apreensão quanto às alegações de que o Irã teria armas nucleares.

Até mesmo no Reino Unido, que é um dos principais aliados do Estados Unidos, a população tem demonstrado insatisfação com os americanos. O número de pessoas que apóiam o governo Bush caiu de 83%, em 1999, para 56% em 2006. A França apresenta um padrão parecido: caiu de 62% para 39%; a Alemanha despencou de 78% para 37%; e a Espanha, de 50% para 23%.

Os números são parecidos em países de origem muçulmana, que tradicionalmente apresentavam uma boa relação com os EUA. É o caso da Turquia e da Indonésia: Na Turquia, o número de pessoas que são favoráveis ao governo americano caiu de 52% para 12% e na Indonésia baixou de 75% para 30%.

De acordo com Carroll Doherty, diretor do Centro de Pesquisa Pew, “É tudo por causa do Iraque”. Ele acrescentou que mesmo depois de os EUA terem ajudado a Indonésia e a Índia depois da tragédia com a tsunami, os números indicam que a maioria das pessoas ainda é contra a política de guerra dos EUA. O mesmo acontece no Paquistão: ainda que os EUA tenham auxiliado as vítimas do recente terremoto, o descontentamento quanto ao governo ainda é grande. O número de pessoas que estão satisfeitas com os EUA na Índia caiu ao longo deste último ano de 71% para 56%.

A pesquisa demonstra que apesar dos incontáveis esforços da Secretária de Estado, Condoleezza Rice, de melhorar as relações com a Europa, ainda há muito a ser feito. Até mesmo a Espanha, que sofreu um atentado a bomba que deixou 192 mortos em Madri há dois anos, não apóia a guerra contra o “terrorismo” – os números caíram de 26% no ano passado para 19% em 2006.

Durante o período em que as 17,000 pessoas em 15 países diferentes foram entrevistadas, a crise sobre o programa nuclear no Irã estava nas manchetes dos maiores jornais. O Iraque também provocou grandes notícias diárias, especialmente com a formação do novo governo e os atentados diários naquele país. Apesar disso, somente nos EUA e na Alemanha o Iran é visto como ameaça a paz mundial.

Em todos os outros países que participaram da pesquisa (Inglaterra, França, Espanha, Rússia, Indonésia, Egito, Jordânia, Turquia, Paquistão, Nigéria, Índia e China) os números apontam que os EUA são vistos como uma maior ameaça à paz mundial do que o Iran. No Japão houve um empate. Outra fonte de apreensão foi o conflito entre israelenses e palestinos, com um terço dos entrevistados colocando este como o fator de preocupação número um.

Como não poderia deixar de ser, a pesquisa apontou que nos EUA a preocupação com o Iran quase dobrou desde 2003: Cresceu de 26% para 46% dos americanos entrevistados acreditando que o governo de Ahmadinejad representa “um grande perigo” para a estabilidade no Oriente Médio e para a paz mundial. Interessante…

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