INTERNACIONAL: Um destino para a dor de um povo

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Arquivo do Conflito reúne tudo o que os espanhóis deixaram nas estações de metrô em memória da vítimas dos atentados a bomba de 11 de março de 2004.

POR Redação SRzd22/06/2006|3 min de leitura

INTERNACIONAL: Um destino para a dor de um povo
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Bilhetes emocionados, cartas, flores, brinquedos, roupas, fitas de vídeo: a lista é infinita quando se chega ao local onde ocorreu uma tragédia e nos deparamos com o mar de objetos deixados por pessoas traumatizadas ou solidárias com o ocorrido. Na Espanha, tudo o que foi depositado em honra às vítimas do atentado de 11 de março de 2004 foi catalogado e integra o acervo do Arquivo do Conflito, criado, compilado e organizado por uma equipe de antropólogos do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC). O arquivo, digital, poderá ser consultado pela internet em 2007.

A iniciativa visa guardar e conservar todas as amostras massivas de dor que, depois dos atentados a bomba que mataram 192 pessoas e deixaram pelo menos 2050 feridos, se produziram espontaneamente em Madri, para que sirvam de material para investigações posteriores.

Os antropólogos do CSIC, especialistas em culturas populares da sociedade atual, empenharam-se em documentar e explicar a reação que se produziu entre os espanhóis depois dos atentados ‘ respostas estas que surgiram, sobretudo, nas estações do metrô onde, em altares espontâneos, pessoas depositavam sua dor e consternação pela matança provocada por atentados a bomba durante a hora de maior movimento, entre as 7h39m e as 7h42m.

As explosões aconteceram nas estações madrilenas de Atocha (três bombas), El Pozo Del Tío Raimundo (duas bombas), Santa Eugenia (uma bomba) e num comboio a caminho de Atocha (4 bombas).

Segundo a diretora do projeto, Cristina Sánchez,’o Arquivo do Conflito vai mostrar que as vozes da cidadania, efêmeras e anônimas, podem não só serem conservadas, mas tornarem-se permanentes e documentadas. Este não é só um projeto de investigação, mas também uma ferramenta útil para psicólogos ou pedagogosâ?.

O Arquivo do Conflito é um projeto de antropologia social inédito na Europa, como estudo da resposta de uma população a um ato de extrema violência. São quase 60 mil e-mails escritos em diferentes idiomas, gravações de áudio e vídeo, mais de seis mil manuscritos, 2.500 fotografias e cerca de 500 objetos. Similares a esse arquivo existem nos Estados Unidos, na Biblioteca do Congresso, em Washington, e em Folk Life Center onde, além de documentos sobre os atentados de 11 de Setembro, há acervos similares sobre perda e dor pessoal ligados à Guerra do Vietnã e à morte de Lady Diana.

Para saber mais sobre o Arquivo do Conflito, acesse aqui.

Bilhetes emocionados, cartas, flores, brinquedos, roupas, fitas de vídeo: a lista é infinita quando se chega ao local onde ocorreu uma tragédia e nos deparamos com o mar de objetos deixados por pessoas traumatizadas ou solidárias com o ocorrido. Na Espanha, tudo o que foi depositado em honra às vítimas do atentado de 11 de março de 2004 foi catalogado e integra o acervo do Arquivo do Conflito, criado, compilado e organizado por uma equipe de antropólogos do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC). O arquivo, digital, poderá ser consultado pela internet em 2007.

A iniciativa visa guardar e conservar todas as amostras massivas de dor que, depois dos atentados a bomba que mataram 192 pessoas e deixaram pelo menos 2050 feridos, se produziram espontaneamente em Madri, para que sirvam de material para investigações posteriores.

Os antropólogos do CSIC, especialistas em culturas populares da sociedade atual, empenharam-se em documentar e explicar a reação que se produziu entre os espanhóis depois dos atentados ‘ respostas estas que surgiram, sobretudo, nas estações do metrô onde, em altares espontâneos, pessoas depositavam sua dor e consternação pela matança provocada por atentados a bomba durante a hora de maior movimento, entre as 7h39m e as 7h42m.

As explosões aconteceram nas estações madrilenas de Atocha (três bombas), El Pozo Del Tío Raimundo (duas bombas), Santa Eugenia (uma bomba) e num comboio a caminho de Atocha (4 bombas).

Segundo a diretora do projeto, Cristina Sánchez,’o Arquivo do Conflito vai mostrar que as vozes da cidadania, efêmeras e anônimas, podem não só serem conservadas, mas tornarem-se permanentes e documentadas. Este não é só um projeto de investigação, mas também uma ferramenta útil para psicólogos ou pedagogosâ?.

O Arquivo do Conflito é um projeto de antropologia social inédito na Europa, como estudo da resposta de uma população a um ato de extrema violência. São quase 60 mil e-mails escritos em diferentes idiomas, gravações de áudio e vídeo, mais de seis mil manuscritos, 2.500 fotografias e cerca de 500 objetos. Similares a esse arquivo existem nos Estados Unidos, na Biblioteca do Congresso, em Washington, e em Folk Life Center onde, além de documentos sobre os atentados de 11 de Setembro, há acervos similares sobre perda e dor pessoal ligados à Guerra do Vietnã e à morte de Lady Diana.

Para saber mais sobre o Arquivo do Conflito, acesse aqui.

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