Não dá tempo…

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Estão roubando o nosso tempo. A jornalista e professora Patrícia Maurício alerta para esta supreendente constatação.

POR Redação SRzd 8/6/2006| 2 min de leitura

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Estão roubando o nosso tempo. A jornalista e professora Patrícia Maurício alerta para esta supreendente constatação.

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Sei que é esquisito botar um artigo desses no site do Sidney Rezende. Ele inventa tempo para tudo, faz mil coisas, vai ver até dorme, e está sempre com essa cara animada das polêmicas fotos do site. Mas vamos em frente, porque o que eu vou dizer É VERDADE para todo mundo, com exceção do Sidney, claro. Estão roubando o nosso tempo.

Inventaram que temos que trabalhar como loucos, que uma pessoa que não tem uma rotina de trabalho estafante, sem hora para sair, não é normal, não faz parte. Exigem de nós cada vez mais produtividade. Mas essa produtividade toda, pode acreditar, é anti-ecológica. Ela existe para atender a um consumo que cada vez é mais estimulado. E quanto mais produzimos para atender a necessidades inventadas, mais tiramos coisas da natureza que não precisariam estar sendo tiradas, mais devastamos, mais poluímos. E se diminuirmos o ritmo de produção? E se diminuirmos o ritmo de consumo? Mais desemprego? Não, se do outro lado diminuírem as horas trabalhadas. Problema sério é que vai diminuir o lucro de quem está na parte de cima da pirâmide. Paciência, nada é perfeito…

Aí vai sobrar tempo para olhar para o nada, para… pensar! O nosso corpo não foi feito para esse ritmo alucinante. Se isso continuar, pode até ser que em alguns milênios ele se adapte, mas será que vale a pena? A corda esticada gera estresse ( ele é tão nosso conhecido, mas não é NORMAL viver assim!), que estoura em colesterol alto e uma longa lista de etcs insalubres. Mas dá para fazer uma revolução de costumes, uma revolução silenciosa, uma decisão de cada um: parar de achar natural esse ritmo de trabalho e de vida. A partir daí, cada um acha a sua saída, porque caminhos se abrem. E se alguém implicar com seu novo jeito de viver, lembre-se, é pura inveja.

Patrícia Maurício é jornalista e professora do Departamento de Comunicação da PUC-RJ.

Sei que é esquisito botar um artigo desses no site do Sidney Rezende. Ele inventa tempo para tudo, faz mil coisas, vai ver até dorme, e está sempre com essa cara animada das polêmicas fotos do site. Mas vamos em frente, porque o que eu vou dizer É VERDADE para todo mundo, com exceção do Sidney, claro. Estão roubando o nosso tempo.

Inventaram que temos que trabalhar como loucos, que uma pessoa que não tem uma rotina de trabalho estafante, sem hora para sair, não é normal, não faz parte. Exigem de nós cada vez mais produtividade. Mas essa produtividade toda, pode acreditar, é anti-ecológica. Ela existe para atender a um consumo que cada vez é mais estimulado. E quanto mais produzimos para atender a necessidades inventadas, mais tiramos coisas da natureza que não precisariam estar sendo tiradas, mais devastamos, mais poluímos. E se diminuirmos o ritmo de produção? E se diminuirmos o ritmo de consumo? Mais desemprego? Não, se do outro lado diminuírem as horas trabalhadas. Problema sério é que vai diminuir o lucro de quem está na parte de cima da pirâmide. Paciência, nada é perfeito…

Aí vai sobrar tempo para olhar para o nada, para… pensar! O nosso corpo não foi feito para esse ritmo alucinante. Se isso continuar, pode até ser que em alguns milênios ele se adapte, mas será que vale a pena? A corda esticada gera estresse ( ele é tão nosso conhecido, mas não é NORMAL viver assim!), que estoura em colesterol alto e uma longa lista de etcs insalubres. Mas dá para fazer uma revolução de costumes, uma revolução silenciosa, uma decisão de cada um: parar de achar natural esse ritmo de trabalho e de vida. A partir daí, cada um acha a sua saída, porque caminhos se abrem. E se alguém implicar com seu novo jeito de viver, lembre-se, é pura inveja.

Patrícia Maurício é jornalista e professora do Departamento de Comunicação da PUC-RJ.

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