Prioridade é alertar a população sobre bombas não detonadas e aproveitar o cessar-fogo para vacinar as crianças, principalmente as que estão em abrigos ou fugiram para a Síria.
POR Redação SRzd18/08/2006|4 min de leitura
Prioridade é alertar a população sobre bombas não detonadas e aproveitar o cessar-fogo para vacinar as crianças, principalmente as que estão em abrigos ou fugiram para a Síria.
POR Redação SRzd18/08/2006|4 min de leitura
Enquanto as famílias retornam para suas casas no Líbano depois do cessar-fogo entre Israel e o Hizbollah, o Fundo nas Nações Unidas para a Infância (Unocef) está distribuindo entre a população alertas sobre o risco que milhares de crianças sofrem por causa de bombas não-detonadas.
Estima-se que um décimo das munições disparadas no Líbano durante os 34 dias de conflito não tenha sido detonado. As bombas podem ser encontradas em escolas, hospitais e residências.
“As crianças estão mais vulneráveis ao perigo porque são atraídas por objetos diferentes, gostam de pegá-los. Elas tomam menos cuidado, estão mais próximas do chão e são menores. Por isso, qualquer explosão provoca um impacto muito maior do que em um adulto”, disse o diretor de programas de emergência do Unicef, Dan Toole.
O Unicef lançou uma grande campanha de conscientização na Síria e no Líbano. Dezenas de milhares de panfletos estão sendo distribuídos e as emissoras de rádio e televisão estão transmitindo mensagens sobre o perigo de explosões de bombas não-detonadas.
“Um décimo é a estimativa comum das munições que não explodem quando atingem o chão. O problema é que no Líbano não sabemos o número absoluto de bombas, para calcular a proporção de explosivos não-detonados, embora o número seja enorme”, explicou Dan Toole.
Uma das áreas mais atingidas é a cidade portuária ao sul do Líbano, Tiro, onde uma estação humanitária foi instalada para distribuir socorro para as regiões vizinhas atingidas pelos bombardeios.
O Unicef está à frente do fornecimento de água e saneamento, além de garantir a volta de crianças para as escolas nos próximos dias.
Através do fundo da ONU já chegaram ao país 18 tanques de água, 16 caminhões-pipa, suprimentos de higiene, seis mil litros de querosene para abastecer geradores de hospitais, principalmente para as cidades de Tiro, Rmeish e Hasbaya. O transporte está sendo feito também com uso de barcos.
A medida mais imediata, porém, é o plano de vacinação de emergência para ser iniciado o quanto antes, aproveitando-se do cessar-fogo, distribuindo-se 200 mil doses de vacina contra sarampo e 200 mil doses de anti-poliomielite.
Muitas pessoas ficaram isoladas em suas casas quando o conflito começou e agora necessitam urgentemente de comida, água e medicamentos. O Unicef está fornecendo dezenas de milhares de litros d’água para os bairros mais atingidos em Tiro, Sidon e Rmeish.
Milhares de refugiados também precisam de ajuda. Cerca de dez mil pessoas já deixaram os abrigos na Síria e cerca de 200 mil se dirigem ao sul do Líbano. O tráfico pesado bloqueou as estradas que já estavam danificadas. Quase metade dos 800 mil libaneses deslocados por causa da guerra são crianças. Para elas, a entidade distribuiu kits de brincadeiras, com bolas e jogos para mais de 16 mil crianças.
Reconstruir um país
Desde o início da crise humanitária há mais de um mês, o Unicef atendeu a mais de 100 mil crianças em todo o país. Centenas de milhares de pessoas agora estão voltando ao sul do Líbano para uma situação que ainda não se conhece, mas há milhares de casas destruídas. As más condições das estradas, danificadas pelos bombardeios, dificultam o acesso das equipes de ajuda.
Desde o início dos conflitos, o governo do Líbano estima que 1.152 pessoas foram mortas e mais de 3,7 mil, feridas. Em Israel, foram 97 mortos e mais de 200 feridos.
Mais de 700 mil pessoas deixaram suas cidades durante os bombardeios, sendo 45% (315 mil) crianças; 879 escolas estão desativadas porque servem de abrigo para mais de 33 mil refugiados. Mais de 60 mil libaneses começaram a voltar da Síria para o Líbano desde segunda-feira, com o início do cessar-fogo.
Antes dos conflitos entre Israel e o Hizbollah, o Líbano era um país com indicadores médios no que diz respeito à infância, com índices sociais parecidos com os do Brasil. A taxa de mortalidade infantil, de 27 por mil, é bem próxima à do Brasil, por exemplo (26,6 por mil, em 2004) . E 97% das crianças em idade escolar freqüentavam a escola, um índice também igual ao do Brasil.
O Líbano tem 3,5 milhões de habitantes, sendo que 1,2 milhão são crianças e adolescentes.
O Unicef recebeu apenas 42% dos recursos que havia pedido a governos e doadores, o que significam US$10,7 milhões, quando a estimativa da necessidade de fundos é de U$25,2 milhões.
Fonte: Unicef
Enquanto as famílias retornam para suas casas no Líbano depois do cessar-fogo entre Israel e o Hizbollah, o Fundo nas Nações Unidas para a Infância (Unocef) está distribuindo entre a população alertas sobre o risco que milhares de crianças sofrem por causa de bombas não-detonadas.
Estima-se que um décimo das munições disparadas no Líbano durante os 34 dias de conflito não tenha sido detonado. As bombas podem ser encontradas em escolas, hospitais e residências.
“As crianças estão mais vulneráveis ao perigo porque são atraídas por objetos diferentes, gostam de pegá-los. Elas tomam menos cuidado, estão mais próximas do chão e são menores. Por isso, qualquer explosão provoca um impacto muito maior do que em um adulto”, disse o diretor de programas de emergência do Unicef, Dan Toole.
O Unicef lançou uma grande campanha de conscientização na Síria e no Líbano. Dezenas de milhares de panfletos estão sendo distribuídos e as emissoras de rádio e televisão estão transmitindo mensagens sobre o perigo de explosões de bombas não-detonadas.
“Um décimo é a estimativa comum das munições que não explodem quando atingem o chão. O problema é que no Líbano não sabemos o número absoluto de bombas, para calcular a proporção de explosivos não-detonados, embora o número seja enorme”, explicou Dan Toole.
Uma das áreas mais atingidas é a cidade portuária ao sul do Líbano, Tiro, onde uma estação humanitária foi instalada para distribuir socorro para as regiões vizinhas atingidas pelos bombardeios.
O Unicef está à frente do fornecimento de água e saneamento, além de garantir a volta de crianças para as escolas nos próximos dias.
Através do fundo da ONU já chegaram ao país 18 tanques de água, 16 caminhões-pipa, suprimentos de higiene, seis mil litros de querosene para abastecer geradores de hospitais, principalmente para as cidades de Tiro, Rmeish e Hasbaya. O transporte está sendo feito também com uso de barcos.
A medida mais imediata, porém, é o plano de vacinação de emergência para ser iniciado o quanto antes, aproveitando-se do cessar-fogo, distribuindo-se 200 mil doses de vacina contra sarampo e 200 mil doses de anti-poliomielite.
Muitas pessoas ficaram isoladas em suas casas quando o conflito começou e agora necessitam urgentemente de comida, água e medicamentos. O Unicef está fornecendo dezenas de milhares de litros d’água para os bairros mais atingidos em Tiro, Sidon e Rmeish.
Milhares de refugiados também precisam de ajuda. Cerca de dez mil pessoas já deixaram os abrigos na Síria e cerca de 200 mil se dirigem ao sul do Líbano. O tráfico pesado bloqueou as estradas que já estavam danificadas. Quase metade dos 800 mil libaneses deslocados por causa da guerra são crianças. Para elas, a entidade distribuiu kits de brincadeiras, com bolas e jogos para mais de 16 mil crianças.
Reconstruir um país
Desde o início da crise humanitária há mais de um mês, o Unicef atendeu a mais de 100 mil crianças em todo o país. Centenas de milhares de pessoas agora estão voltando ao sul do Líbano para uma situação que ainda não se conhece, mas há milhares de casas destruídas. As más condições das estradas, danificadas pelos bombardeios, dificultam o acesso das equipes de ajuda.
Desde o início dos conflitos, o governo do Líbano estima que 1.152 pessoas foram mortas e mais de 3,7 mil, feridas. Em Israel, foram 97 mortos e mais de 200 feridos.
Mais de 700 mil pessoas deixaram suas cidades durante os bombardeios, sendo 45% (315 mil) crianças; 879 escolas estão desativadas porque servem de abrigo para mais de 33 mil refugiados. Mais de 60 mil libaneses começaram a voltar da Síria para o Líbano desde segunda-feira, com o início do cessar-fogo.
Antes dos conflitos entre Israel e o Hizbollah, o Líbano era um país com indicadores médios no que diz respeito à infância, com índices sociais parecidos com os do Brasil. A taxa de mortalidade infantil, de 27 por mil, é bem próxima à do Brasil, por exemplo (26,6 por mil, em 2004) . E 97% das crianças em idade escolar freqüentavam a escola, um índice também igual ao do Brasil.
O Líbano tem 3,5 milhões de habitantes, sendo que 1,2 milhão são crianças e adolescentes.
O Unicef recebeu apenas 42% dos recursos que havia pedido a governos e doadores, o que significam US$10,7 milhões, quando a estimativa da necessidade de fundos é de U$25,2 milhões.
Fonte: Unicef
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