DEPUTADO QUER IMPEDIR REELEIÉÉO DE CORRUPTOS

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) pretende notificar hoje 42 parlamentares acusados de participarem da máfia das ambulâncias. Os nomes constam na segunda lista enviada pela Procuradoria Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF). Depois de notificados, os acusados terão cinco dias para apresentarem defesa por escrito.

Com estas novas notificações, passam para 57 o número de parlamentares investigados pela CPMI no esquema criminoso de compra de ambulância a preços acima dos praticados no mercado, o chamado superfaturamento. A compra era feita por prefeituras com dinheiro do Orçamento Geral da União, a partir de emendas apresentadas pelos parlamentares acusados.

CPMI PROMETE ACABAR COM SEGREDO DE JUSTIÉA

CPMI quer tornar público os nomes dos 57 parlamentares que estão sendo investigados também pelo STF. Amanhã, integrantes da comissão pretendem se reunir com o ministro Gilmar Mendes para pedir novamente o fim do segredo de Justiça. Se o ministro negar, a comissão pensa em dar divulgação às notificações para que a opinião pública saiba quem está sendo investigado. Mas a intenção é divulgar todos os dados em poder da CPMI.

ACPMI começa hoje a análise do material recebido da Justiça Federal de Mato Grosso, onde o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin prestou depoimento por sete dias consecutivos. Sócio com o pai, Darci Vedoin, na Planam, a principal empresa do esquema criminoso, ele deu informações sobre o funcionamento da quadrilha e apresentou comprovantes do pagamento de propina a congressistas

Aliás, a comissão só pretende listar para investigação aqueles parlamentares que aparecem em algum documento que possa comprovar participação na máfia das ambulâncias. Quem não tiver nome em recibo ou outros papéis que comprove o repasse de dinheiro ou mesmo de veículos pode escapar ileso. O técnicos da CPMI abrirão dossiês em nome de cada um dos congressistas envolvidos.

DEPUTADO QUER VETAR REELEIÉÉO DE CORRUPTOS

O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), está encaminhando hoje consultas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a possibilidade de impedir a diplomação de parlamentares envolvidos em corrupção que sejam reeleitos em outubro. Miro quer sejam atingidos os congressistas que estejam sendo processados ou investigados. Aí entrariam os envolvidos com o mensalão e com a máfia dos sanguessugas.

Miro Teixeira lembra que os casos de inelegibilidades estão previstos na legislação brasileira. Mas são ineficazes por exigirem o trânsito em julgado, ou seja, quando o réu não pode mais recorrer. E aí, quando isso acontece, o parlamentar já cumpriu o mandato ou já ganhou outro mandato. Tudo por conta da conhecida morosidade da Justiça. Um dos argumentos que Miro apresenta ao presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, é o de que a opinião pública ‘se vê refém dos artifícios legais que garantem a impunidadeâ?.