POLÍTICA: Empresário afirma que há empresas de outros Estados envolvidas na Máfia das Ambulâncias

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Luiz Antônio Trevisan Vedoin diz que companhias doo Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais também participaram do esquema.

POR Redação SRzd03/08/2006|4 min de leitura

POLÍTICA: Empresário afirma que há empresas de outros Estados envolvidas na Máfia das Ambulâncias
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No depoimento reservado que prestou nessa quinta-feira a integrantes da CPMI dos Sanguessugas em Brasília, o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin disse que outras empresas além das suas tem esquemas semelhantes para fraudar licitações nas mesmas áreas investigadas pela comissão. Vedoin citou a Lealmaq, de Belo Horizonte, suspeita de ser firma de fachada pela Polícia Federal para legitimar concorrências dirigidas.

Há ainda empresas do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná. No caso da Lealmaq, os deputados Fernando Gabeira (PV-RJ) e Paulo Rubem Santiago (PT-PE) afirmaram que vão apresentar requerimento para ouvir representantes da firma. Santiago e Gabeira são sub-relatores da CPMI.

Santiago comentou que ‘as empresas entraram em acordo mútuo no mercado. Podem ter atuado com emendas, mas até agora não foram investigadasâ?.

Até agora, somente a Planam, de Mato Grosso, e outras firmas de fachada do mesmo grupo, eram consideradas as operadoras da fraude. O deputado Paulo Rubem Santiago disse que estranhou a satisfação de Vedoin ao falar sobre a vinculação de 30% das emendas dos parlamentares à área da saúde. Isso aconteceu a partir da lei orçamentária de 2004. Santiago suspeita que a mudança foi feita para beneficiar a Planam.

‘Estratégia de mercadoâ?

O presidente da CPMI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), informou que Vedoin considerou como ‘estratégia de mercadoâ? as negociatas, ao fazer referência a empresas de outros setores para garantirem contratos com órgãos governamentais. Segundo Biscaia, o depoimento de Vedoin trouxe ‘provas suficientes para responsabilizar um elevado número de parlamentaresâ?.

A CPMI já investiga 92 congressistas. Durante o depoimento, surgiu a informação de que Vedoin apresentou os nomes de mais dois deputados e mais um senador. Mas o vice-presidente da CPMI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse que Vedoin não confirmou a participação de mais três congressistas na máfia.

Vedoin confirmou depoimento de nove dias à Justiça de Mato Grosso. Segundo Biscaia, o empresário detalhou nessa quinta-feira como funcionava o esquema das fraudes na compra de ambulâncias com recursos do Orçamento Geral da União. Vedoin, inclusive, narrou reuniões com parlamentares onde eram discutidos valores e as emendas que deveriam ser apresentadas.

Sem defesa

O deputado Antônio Carlos Biscaia classificou o depoimento do empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin como fundamental para novas investigações. Ele disse que pelo menos 25 parlamentares tiveram suas defesas prejudicadas. São casos em que o empresário deixou claro que os congressistas sabiam que assessores receberam depósitos da máfia em suas contas.

Biscaia afirmou que esses 25 parlamentares alegaram que desconheciam acordo feitos entre a quadrilha e seus assessores. ‘Vedoin dá razões pelas quais o parlamentar tinha conhecimento de sua participação. Cita como exemplo o ofício tal que ele mandou no dia tal pelo motivo talâ?, comentou Biscaia. Ele repetiu que isso reforça as provas contra os acusados.


Petista pede processo contra colega de partido

O deputado Paulo Rubem Santiago (PT-PE) pediu abertura de processo contra o colega de partido José Airton Cirilo, integrante do Diretório Nacional do PT. Cirilo foi candidato ao governo do Ceará em 2002. O pedido de Santiago foi feito ao presidente do PT, Ricardo Berzoini, para que abra um processo na Comissão de Ética do partido.

Santiago justificou seu pedido informando que existem provas cabais contra Cirilo. O empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin contou que fez depósitos nas contas de dois assessores de Cirilo, José Caubi Diniz e Raimundo Lacerda Filho.

Paulo Rubem Santiago disse que ‘se há indícios e provas já reunidas pela CPMI, não vejo motivo para que as pessoas tomem distância e achem que isso é uma manobra da oposição ou eleitoral. As provas são claras e a melhor forma é abrir o processo, ouvir a defesa e se for necessário expulsa-los, punindo peremptoriamenteâ?. Santiago considera as provas incontestáveis.

No depoimento reservado que prestou nessa quinta-feira a integrantes da CPMI dos Sanguessugas em Brasília, o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin disse que outras empresas além das suas tem esquemas semelhantes para fraudar licitações nas mesmas áreas investigadas pela comissão. Vedoin citou a Lealmaq, de Belo Horizonte, suspeita de ser firma de fachada pela Polícia Federal para legitimar concorrências dirigidas.

Há ainda empresas do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná. No caso da Lealmaq, os deputados Fernando Gabeira (PV-RJ) e Paulo Rubem Santiago (PT-PE) afirmaram que vão apresentar requerimento para ouvir representantes da firma. Santiago e Gabeira são sub-relatores da CPMI.

Santiago comentou que ‘as empresas entraram em acordo mútuo no mercado. Podem ter atuado com emendas, mas até agora não foram investigadasâ?.

Até agora, somente a Planam, de Mato Grosso, e outras firmas de fachada do mesmo grupo, eram consideradas as operadoras da fraude. O deputado Paulo Rubem Santiago disse que estranhou a satisfação de Vedoin ao falar sobre a vinculação de 30% das emendas dos parlamentares à área da saúde. Isso aconteceu a partir da lei orçamentária de 2004. Santiago suspeita que a mudança foi feita para beneficiar a Planam.

‘Estratégia de mercadoâ?

O presidente da CPMI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), informou que Vedoin considerou como ‘estratégia de mercadoâ? as negociatas, ao fazer referência a empresas de outros setores para garantirem contratos com órgãos governamentais. Segundo Biscaia, o depoimento de Vedoin trouxe ‘provas suficientes para responsabilizar um elevado número de parlamentaresâ?.

A CPMI já investiga 92 congressistas. Durante o depoimento, surgiu a informação de que Vedoin apresentou os nomes de mais dois deputados e mais um senador. Mas o vice-presidente da CPMI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse que Vedoin não confirmou a participação de mais três congressistas na máfia.

Vedoin confirmou depoimento de nove dias à Justiça de Mato Grosso. Segundo Biscaia, o empresário detalhou nessa quinta-feira como funcionava o esquema das fraudes na compra de ambulâncias com recursos do Orçamento Geral da União. Vedoin, inclusive, narrou reuniões com parlamentares onde eram discutidos valores e as emendas que deveriam ser apresentadas.

Sem defesa

O deputado Antônio Carlos Biscaia classificou o depoimento do empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin como fundamental para novas investigações. Ele disse que pelo menos 25 parlamentares tiveram suas defesas prejudicadas. São casos em que o empresário deixou claro que os congressistas sabiam que assessores receberam depósitos da máfia em suas contas.

Biscaia afirmou que esses 25 parlamentares alegaram que desconheciam acordo feitos entre a quadrilha e seus assessores. ‘Vedoin dá razões pelas quais o parlamentar tinha conhecimento de sua participação. Cita como exemplo o ofício tal que ele mandou no dia tal pelo motivo talâ?, comentou Biscaia. Ele repetiu que isso reforça as provas contra os acusados.


Petista pede processo contra colega de partido

O deputado Paulo Rubem Santiago (PT-PE) pediu abertura de processo contra o colega de partido José Airton Cirilo, integrante do Diretório Nacional do PT. Cirilo foi candidato ao governo do Ceará em 2002. O pedido de Santiago foi feito ao presidente do PT, Ricardo Berzoini, para que abra um processo na Comissão de Ética do partido.

Santiago justificou seu pedido informando que existem provas cabais contra Cirilo. O empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin contou que fez depósitos nas contas de dois assessores de Cirilo, José Caubi Diniz e Raimundo Lacerda Filho.

Paulo Rubem Santiago disse que ‘se há indícios e provas já reunidas pela CPMI, não vejo motivo para que as pessoas tomem distância e achem que isso é uma manobra da oposição ou eleitoral. As provas são claras e a melhor forma é abrir o processo, ouvir a defesa e se for necessário expulsa-los, punindo peremptoriamenteâ?. Santiago considera as provas incontestáveis.

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