Mudança no regimento interno da Câmara pode acelerar a tramitação dos processos contra deputados acusados de pertencerem à Máfia das Ambulâncias. O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), diz que basta desvincular os prazos do conselho das sessões realizadas no plenário, vinculando-os às reuniões do próprio conselho.
Ricardo Izar lembra que se não houver essa alteração no regimento não será possível encerrar os processos neste ano. O que significa dizer nesta legislatura. Como exemplo, ele afirmou que o primeiro relatório da CPMI dos Sanguessugas deve chegar às mãos do presidente da Câmara em 10 de agosto. Em seguida vai para o Conselho de Ética.
De acordo com Ricardo Izar, no mesmo dia serão nomeados relatores para cada processo e notificado cada acusado. Aí, os parlamentares terão prazo de cinco sessões do plenário para apresentação de defesa. Em período eleitoral, dificilmente haverá sessões no plenário, frisa o presidente do Conselho de Ética.
Presidente da CPMI dos Sanguessugas acredita na culpa de 80 parlamentares
‘Minha convicção pessoal é de que há provas contra 80 dos 90 investigadosâ?. A frase é do presidente da CPMI dos Sanguessugas, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ). Essa possível quantidade de culpados foi citada na semana passada pelo vice-presidente da CPMI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE).
Senador Propõe Reconstrução da Imagem do Congresso Nacional
A proposta é do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Todos os candidatos a cargos eletivos — presidente, governador, senador, deputado federal — deveriam assumir o compromisso de construir uma nova imagem para as instituições públicas. Ele argumenta que isto é necessário por causa do desgaste sofrido pelo Congresso Nacional e outras instâncias políticas, naufragados nos escândalos de corrupção.
Corregedor do Senado Abre Investigação Contra Três Senadores Suspeitos de Pertencerem à Máfia das Ambulâncias
Os três senadores acusados como integrantes da Máfia das Ambulâncias serão investigados pela Corregedoria do Senado — Ney Suassuna (PMDB-PB), líder da bancada; Serys Slhessarenko (PT-MT), e Magno Malta (PL-ES). O corregedor Romeu Tuma (PFL-SP), membro da CPMI dos Sanguessugas, ressalvou que a abertura da investigação não significa que os três já tenham comprovada participação nas fraudes.