SAÚDE: Nova droga reduz coquetel contra a Aids

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Remédio aprovado ontem nos Estados Unidos reúne em sua formulação três princípios ativos, a um custo menor para o paciente.

POR Redação SRzd13/07/2006|3 min de leitura

SAÚDE: Nova droga reduz coquetel contra a Aids
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Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA, a agência que regula o comércio de alimentos e medicamentos) aprovou ontem a comercialização do Atripla, uma droga que substituirá o coquetel de remédios que os portadores do vírus HIV (causados da Aids) têm que tomar. Uma dose diária de Atripla concentra os principais princípios ativos dos três medicamentos que hoje compõem o coquetel antiretroviral usado no tratamento e combate a Aids.

O novo remédio começará a ser vendido na semana que vem nos Estados Unidos, e custará (o necessário para um mês de tratamento) cerca de US$ 1200. “O novo medicamento é o resultado da aliança entre os laboratórios, uma união sem precedentes na luta contra a Aids”, disse em Washington um dos diretores da FDA, Andrew von Eschenbach. A empresa Gilead Sciences se encarregará de fabricar dois dos três princípios, tenofovir e emtricitabine. O laboratório Bristol-Mayers fabricará o terceiro componente, o efavirenz.

O Atripla é o resultado da união desses dois laboratórios, que contaram com a ajuda da Merck ‘ empresa que detém os direitos de venda em alguns locais fora dos Estados Unidos. A FDA agora trabalha para encontrar novos sócios dispostos a comercializar o produto em outros países.

Sem a nova versão

A boa notícia chega no momento em que a Abbott, indústria farmacêutica americana, se nega a fornecer a nova versão do anti-retroviral liponavir/ritonavir aos países em desenvolvimento. Segundo a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), a nova versão aprimorada do medicamento é crucial no tratamento de pacientes nos países em desenvolvimento.

Depois de negociações longas e desgastantes, a empresa enviou por navio a nova formulação do medicamento para um número limitado de projetos do MSF na África – pelo custo de US$ 500 por paciente, ao ano. No entanto, a Abbott recusa-se a vender o medicamento para uso nos projetos do MSF na Tailândia e na Guatemala e resiste em conceder o registro do medicamento a países em desenvolvimento. O resultado é que a nova formulação de lopinavir/ritonavir continua não disponível e cara demais para a maioria dos pacientes que necessitam.

A nova versão do lopinavir/ritonavir, um medicamento para Aids recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem vantagens importantes sobre a versão mais antiga, incluindo uma dosagem menor de comprimidos, o armazenamento sem necessidade de refrigeração e nenhuma restrição alimentícia. Mas, sem o registro, é virtualmente impossível conseguir o medicamento a qualquer preço. Na China, nem a versão mais antiga está disponível, porque, apesar de ter o registro, a Abbott optou por não comercializar o medicamento no país.

Segundo o MSF, a Abbott afirma que os países em desenvolvimento podem usar a versão mais antiga que nem está mais à venda no mercado americano. “Ao limitar o seu preço de US$ 500 apenas aos países em desenvolvimento mais pobres, a Abbott está adotando uma política que deliberadamente exclui as pessoas vivendo com HIV/Aids em outros países em desenvolvimento”, diz em comunicado oficial a organização.

Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA, a agência que regula o comércio de alimentos e medicamentos) aprovou ontem a comercialização do Atripla, uma droga que substituirá o coquetel de remédios que os portadores do vírus HIV (causados da Aids) têm que tomar. Uma dose diária de Atripla concentra os principais princípios ativos dos três medicamentos que hoje compõem o coquetel antiretroviral usado no tratamento e combate a Aids.

O novo remédio começará a ser vendido na semana que vem nos Estados Unidos, e custará (o necessário para um mês de tratamento) cerca de US$ 1200. “O novo medicamento é o resultado da aliança entre os laboratórios, uma união sem precedentes na luta contra a Aids”, disse em Washington um dos diretores da FDA, Andrew von Eschenbach. A empresa Gilead Sciences se encarregará de fabricar dois dos três princípios, tenofovir e emtricitabine. O laboratório Bristol-Mayers fabricará o terceiro componente, o efavirenz.

O Atripla é o resultado da união desses dois laboratórios, que contaram com a ajuda da Merck ‘ empresa que detém os direitos de venda em alguns locais fora dos Estados Unidos. A FDA agora trabalha para encontrar novos sócios dispostos a comercializar o produto em outros países.

Sem a nova versão

A boa notícia chega no momento em que a Abbott, indústria farmacêutica americana, se nega a fornecer a nova versão do anti-retroviral liponavir/ritonavir aos países em desenvolvimento. Segundo a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), a nova versão aprimorada do medicamento é crucial no tratamento de pacientes nos países em desenvolvimento.

Depois de negociações longas e desgastantes, a empresa enviou por navio a nova formulação do medicamento para um número limitado de projetos do MSF na África – pelo custo de US$ 500 por paciente, ao ano. No entanto, a Abbott recusa-se a vender o medicamento para uso nos projetos do MSF na Tailândia e na Guatemala e resiste em conceder o registro do medicamento a países em desenvolvimento. O resultado é que a nova formulação de lopinavir/ritonavir continua não disponível e cara demais para a maioria dos pacientes que necessitam.

A nova versão do lopinavir/ritonavir, um medicamento para Aids recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem vantagens importantes sobre a versão mais antiga, incluindo uma dosagem menor de comprimidos, o armazenamento sem necessidade de refrigeração e nenhuma restrição alimentícia. Mas, sem o registro, é virtualmente impossível conseguir o medicamento a qualquer preço. Na China, nem a versão mais antiga está disponível, porque, apesar de ter o registro, a Abbott optou por não comercializar o medicamento no país.

Segundo o MSF, a Abbott afirma que os países em desenvolvimento podem usar a versão mais antiga que nem está mais à venda no mercado americano. “Ao limitar o seu preço de US$ 500 apenas aos países em desenvolvimento mais pobres, a Abbott está adotando uma política que deliberadamente exclui as pessoas vivendo com HIV/Aids em outros países em desenvolvimento”, diz em comunicado oficial a organização.

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