SEGURANÇA: Brasil pede rigidez no comércio de armas de fogo

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Organizações vão pressionar países a aprovar tratado internacional para o controle do mercado de armas durante a Conferência das Nações Unidas sobre Armas Leves.

POR Redação SRzd22/06/2006|4 min de leitura

SEGURANÇA: Brasil pede rigidez no comércio de armas de fogo
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A maioria dos brasileiros quer maior vigilância sobre a importação e a exportação de armas de fogo pelo país; 93% desejam medidas mais rígidas para acompanhar o destino das armas exportadas. É o que revela uma pesquisa realizada em maio último, segundo a qual 96% dos entrevistados quer mais controle sobre a importação de armas para o Brasil.

A pesquisa foi feita no Brasil, na Guatemala, no Canadá, na África do Sul, na Grã-Bretanha e na Índia e, segundo o Instituto Sou da Paz, em todos esses países a maioria dos entrevistados afirmou que deseja mais controle internacional sobre o comércio de armas de fogo. A maioria dos entrevistados afirmou também ter medo de ser vítima da violência armada em seus países.

Com relação ao destino das armas exportadas, em média, 87% dos entrevistados desejam controles internacionais mais rígidos.

Proporcionalmente, o Brasil foi o país onde mais entrevistados se declararam a favor de mais rigor na exportação e importação de armas: 93% e 96%, respectivamente. No país, 94% disseram ainda ter medo de ser vítima da violência armada.

Estes resultados estão sendo divulgados pela Campanha Control Arms, uma iniciativa internacional que visa o controle do mercado mundial de armas de fogo, regulamentando o comércio entre fronteiras e cerceando a entrega de armas a países com histórico de violação dos direitos humanos. A campanha Control Arms é coordenada pelas ONGs Oxfam, Anistia Internacional e IANSA (rede de ONGs pró-controle de armas); no Brasil, ficou a cargo do Instituto Sou da Paz.

Todas essas organizações, além de representantes de governos de todos os países, estarão reunidos em Nova York, a partir de 26 de junho, para a Conferência da Nações Unidas sobre Armas Leves, onde se pretende destacar a urgência de se implementar um tratado internacional que regulamente o comércio de armas de fogo em todo o mundo.

O diretor-executivo do Instituto Sou da Paz, Denis Mizne, acredita que os resultados dessa pesquisa têm impacto tanto no âmbito internacional quanto no nacional. Para ele, no plano internacional, “confirma-se a necessidade de que os países reconheçam a importância de trabalhar em conjunto para ampliar a fiscalização sobre o comércio de armas de fogo”. Já no Brasil, esse resultado tem impacto na recente discussão sobre eliminar ou não a taxa de exportação de armas e munições brasileiras para países da América Latina e Central: “A proposta de eliminar a alíquota, defendida pelo Ministério da Defesa, além de facilitar o contrabando de armas opõe-se claramente aos anseios da população”, afirma.

Na Guatemala (país com histórico de violência pricipalmente contra as populações indígenas), 91% dos entrevistados concordam que deve haver controles internacionais rígidos sobre o destino das armas exportadas; 94% gostariam de mais controle sobre as armas que entram em seu país e 88% afirmam ter medo de ser vítima da violência armada.

Em todo o mundo, mais de 500 mil pessoas são mortas com armas de fogo todos os anos: é uma vítima a cada minuto. A cada ano, são produzidos oito milhões de armas de pequeno porte e, a cada ano, 16 bilhões de unidades de munição são produzidos: são mais de duas balas para cada homem, mulher e criança do planeta. Há 640 milhões de armas de pequeno porte no mundo – uma para cada dez pessoas. Estas armas são produzidas por mais de mil empresas, em pelo menos 98 países. Cerca de 60% das armas de pequeno porte estão nas mãos de civis. Um terço dos países gasta mais em armamentos do que em serviços de saúde. Em média, os países da África, Ásia, América Latina e do Oriente Médio gastam US$ 22 bilhões por ano em armamentos.

Para saber mais, acesse Agência Adital.

A maioria dos brasileiros quer maior vigilância sobre a importação e a exportação de armas de fogo pelo país; 93% desejam medidas mais rígidas para acompanhar o destino das armas exportadas. É o que revela uma pesquisa realizada em maio último, segundo a qual 96% dos entrevistados quer mais controle sobre a importação de armas para o Brasil.

A pesquisa foi feita no Brasil, na Guatemala, no Canadá, na África do Sul, na Grã-Bretanha e na Índia e, segundo o Instituto Sou da Paz, em todos esses países a maioria dos entrevistados afirmou que deseja mais controle internacional sobre o comércio de armas de fogo. A maioria dos entrevistados afirmou também ter medo de ser vítima da violência armada em seus países.

Com relação ao destino das armas exportadas, em média, 87% dos entrevistados desejam controles internacionais mais rígidos.

Proporcionalmente, o Brasil foi o país onde mais entrevistados se declararam a favor de mais rigor na exportação e importação de armas: 93% e 96%, respectivamente. No país, 94% disseram ainda ter medo de ser vítima da violência armada.

Estes resultados estão sendo divulgados pela Campanha Control Arms, uma iniciativa internacional que visa o controle do mercado mundial de armas de fogo, regulamentando o comércio entre fronteiras e cerceando a entrega de armas a países com histórico de violação dos direitos humanos. A campanha Control Arms é coordenada pelas ONGs Oxfam, Anistia Internacional e IANSA (rede de ONGs pró-controle de armas); no Brasil, ficou a cargo do Instituto Sou da Paz.

Todas essas organizações, além de representantes de governos de todos os países, estarão reunidos em Nova York, a partir de 26 de junho, para a Conferência da Nações Unidas sobre Armas Leves, onde se pretende destacar a urgência de se implementar um tratado internacional que regulamente o comércio de armas de fogo em todo o mundo.

O diretor-executivo do Instituto Sou da Paz, Denis Mizne, acredita que os resultados dessa pesquisa têm impacto tanto no âmbito internacional quanto no nacional. Para ele, no plano internacional, “confirma-se a necessidade de que os países reconheçam a importância de trabalhar em conjunto para ampliar a fiscalização sobre o comércio de armas de fogo”. Já no Brasil, esse resultado tem impacto na recente discussão sobre eliminar ou não a taxa de exportação de armas e munições brasileiras para países da América Latina e Central: “A proposta de eliminar a alíquota, defendida pelo Ministério da Defesa, além de facilitar o contrabando de armas opõe-se claramente aos anseios da população”, afirma.

Na Guatemala (país com histórico de violência pricipalmente contra as populações indígenas), 91% dos entrevistados concordam que deve haver controles internacionais rígidos sobre o destino das armas exportadas; 94% gostariam de mais controle sobre as armas que entram em seu país e 88% afirmam ter medo de ser vítima da violência armada.

Em todo o mundo, mais de 500 mil pessoas são mortas com armas de fogo todos os anos: é uma vítima a cada minuto. A cada ano, são produzidos oito milhões de armas de pequeno porte e, a cada ano, 16 bilhões de unidades de munição são produzidos: são mais de duas balas para cada homem, mulher e criança do planeta. Há 640 milhões de armas de pequeno porte no mundo – uma para cada dez pessoas. Estas armas são produzidas por mais de mil empresas, em pelo menos 98 países. Cerca de 60% das armas de pequeno porte estão nas mãos de civis. Um terço dos países gasta mais em armamentos do que em serviços de saúde. Em média, os países da África, Ásia, América Latina e do Oriente Médio gastam US$ 22 bilhões por ano em armamentos.

Para saber mais, acesse Agência Adital.

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