O Estácio está em silêncio.
Calou-se a voz rouca e inconfundível de um de seus maiores expoentes.
Não falo apenas do G.R.E.S. Estácio de Sá, que homenageia o cantor e compositor no próximo mês. É todo um bairro que chora a falta de sua Pérola Negra.
Quando surgiu, na década de 1970, não foi de imediato identificado como sambista. Não se vestia com a indumentária tradicional, era irreverente na roupa e na postura.
E suas composições, com a forte marca da negritude, também se afastaram dos cânones aceitos pelo samba de raiz. Pouco importam esses detalhes.
O tempo revelou o sambista que ali morava e que dava alma ao grande artista que foi.
Axé, Luiz Melodia, bem no compasso do passista da escola de samba do Largo do Estácio.