Tradicionalmente o último trimestre é reconhecidamente por apresentar indicadores positivos na economia brasileira.
Para este exercício o sentimento apontava para um fechamento medíocre fruto da inércia que se abateu na economia nacional decorrente da falta de credibilidade e de confiança na administração Temer assolada por um tsunami de suspeições quanto a integridade e a moral pública dos seus homens de confiança a começar pelo presidente.
Os agentes econômicos em geral são motivados por incentivos e estímulos relativos a crença nos propósitos e nas diretrizes decorrentes de programas e de projetos de políticas públicas estruturantes, sistêmicas e consolidadas com os anseios desenvolvimentistas e de crescimento socioeconômico.
Contrariando a tendência os indicadores do quarto trimestre demonstram uma reversão positiva determinada essencialmente pela melhoria na confiança de que dias melhores estejam por vir a partir de 2019. Outro fator determinante refere-se ao aprisionamento das expectativas de consumo preservadas principalmente por força da instabilidade econômica que naturalmente freia o potencial do consumo com forma de se precaver em relação a impropérios que possam vir a se materializar decorrentes da crise econômica, que aliás foi a maior de todos os tempos. Está retração estimulará quando a confiança se restabelecer numa propositada mudança comportamental do consumidor em favor da reposição nas aquisições brutalmente freadas. Este ciclo exercerá fator indutor e sensível na formação positiva do PIB nacional e influenciará determinantemente a retomada dos investimentos privados.
Mesmo no contexto desastroso do desempenho econômico neste ano alguns resultados auspiciosos foram colhidos de forma estrutural que seguramente decorreram do reposicionamento frente a crise econômica, mas firam responsáveis pelo amortecimento do impacto produzido negativamente na economia nacional, a balança comercial projeta um superávit fantástico na casa dos $ 58 bilhões. Este resultado além de ter amortecido o desastre provocado pela crise será determinante para reforçar as reservas cambiais que se já eram um excelente colchão serão robustecidas ampliando ainda mais a segurança e a soberania financeira nacional.
A comercialização de veículos em outubro bateu recordes impensáveis até mesmo aos olhos dos analistas mais otimistas, 13% de variação. O consumo nos supermercados e nos restaurantes acelerou e atinge patamares que vem contribuindo para uma retomada nos investimentos em reformas e aquisições de novas instalações inexistentes a pelo menos 3 anos.
Os investimentos em maquinário, equipamentos e na capacidade instalada expandiu a taxas de economias asiáticas robustas 8% este indicador traduz perfeitamente a mudança nas expectativas para o médio e longo prazo na economia brasileira.
A captação de recursos externos acelerou e é constatada que os recursos estão sendo aplicados para investimentos produtivos a relação contra os recursos para aplicações financeiras que rondavam uma relação de 30% (para produção) versus 70% (aplicações financeiras) passaram para uma relação de 37 contra 63.
Novos ares decorrentes única e exclusivamente da mudança do humor junto aos agentes econômicos já foi o suficiente para dar ânimo novo para a reversão de um ciclo estrutural e conjuntural desastroso e que tem todas as condições necessárias para ser suplantado.