O movimento altista na correção dos preços dos combustíveis que foi responsável e desencadeou, neste ano, o maior e mais eficiente movimento grevista na categoria dos caminhoneiros responsável pela demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente e pelo desaquecimento da economia foi fruto da valorização nas cotações no mercado internacional que recuperaram suas cotações rapidamente mas a custa do desarranjo dos custos da economia que ameaçavam a normalidade no custo de vida no planeta.
A exceção de poucos países a média da inflação no planeta nunca foi tão civilizada e tão bem recebida pelos agentes econômicos e certamente era a responsável pela formação de um.novo ciclo expansionista planetário. As exceções a regra decorreram de problemas única e exclusivamente locais afetados por condicionantes conjunturais e estruturais de seus respectivos países.
Os fatores que estão determinando este movimento saudável de queda nos preços carregam variáveis de ordem diversa: sejam pela maior oferta do combustível.
Por outro lado a maior economia do planeta, a americana, sente-se ameaçada, se nada fosse feito para conter e reverter como de fato está acontecendo o movimento altista no mercado internacional, se por um lado lhe beneficiaria alavancando o faturamento nas exportações do combustível, por outro lado, lhe gerará ônus sobre a política estratégia de soberania econômica por força da aceleração nos índices inflacionários ameaçando a estratégia de manter e acelerar o crescimento econômico americano afim de conter a irremediável ameaça chinesa de alcançar a condição em não mais do que 20 anos de maior potência econômica planetária.
A inflação obrigaria o FED, o Banco Central americano a fortalecer o patamar dos juros referenciais que influenciariam a dinâmica da economia comprometendo mortalmente o objetivo da soberania econômica.
As consequências certamente seriam em escala global se refletindo fortemente com consequências imprevisíveis no curto para o médio prazo.
A troca de cadeiras no ranking da maior economia mundial imporia pesadas perdas econômicas ameaçando a hegemonia americana impondo um novo ciclo para a economia global.
Perder este status implicaria numa inversão nos parâmetros comerciais, financeiros e econômicos profundos no planeta, seria dado um passo gigantesco no sentido das relações econômicas terem os chineses como protagonista e referência mundial, uma inversão dos valores até então em vigência.
Certamente a mão do governo americano está por trás deste movimento nas cotações do petróleo e com bastante segurança conta com a importante colaboração do seu maior parceiro em assuntos energéticos e também o maior produtor do planeta, a Arábia Saudita.
Coincidência ou não, até mesmo a mortes jornalista naturalizado americano perdeu sua força investigativa e a visibilidade na mídia internacional, certamente entrou no pacote que está regendo esta nova movimentação que afasta não só o risco inflacionário decorrente da elevação dos custos globais bem como protege o líder Saudita e seu governo de um possível afastamento do poder para responder pela mortes jornalista.
Para o nosso país não poderia ter acontecido melhor notícia uma inflação de custos tornaria a vida do futuro governo influenciada pelos repasses dos aumentos na gasolina a um profundo desgaste junto a opinião pública que certamente representaria um balde de água fria nas pretensões liberais que fazem parte do programa do governo Bolsonaro. O azedamento nas relações internas tornaria ainda mais distante, por exemplo a aprovação da reforma previdenciária impondo um brutal risco para reduzir a exposição ao déficit fiscal a tal ponto comprometendo o futuro do país sob o risco da insolvência financeira o que seria o pior dos mundos.
No curto prazo novos cortes nos preços dos combustíveis ocorrerão uma boa notícia para os combalidos bolsos dos consumidores brasileiros.
O enfraquecimento nas cotações da gasolina até o dia de hoje, impactaram numa queda de 26% desde setembro no preços comercializado pela Petrobras para o mercado, mas na bomba este repasse não foi plenamente sentido.
Só em novembro, o tombo nos valores da gasolina nas refinarias da Petrobras é de 16,5%.
Desde julho do ano passado, quando as alterações diárias tiveram início, a cotação ainda tem alta acumulada 12,4% de gordura para ser repassada para os consumidores.
O repasse ou não desses reajustes nas refinarias até os consumidores depende dos outros elos da cadeia, o que inclui distribuidores e revendedores, além da incidência de impostos.
Um bom teste para demover mais rapidamente a cadeia dos formadores dos preços da gasolina, já que o mercado aponta para uma cada vez maior aceleração na queda dos preços do mercado internacional certamente será influenciado pela pauta de ficar estocado com o combustível com custo elevado face a regularidade com que serão corrigidos os preços num mercado instável com viés pra baixo, uma boa notícia para o consumidor e para a cadeia produtiva, o mercado agradece.