Uma paciente, menor de 17 anos, que apresentou febre, icterícia, mal-estar e náuseas é o primeiro caso provável de hepatite aguda grave de etiologia desconhecida, a hepatite “misteriosa”, no Brasil. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde.
O caso foi registrado em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. É classificado como provável porque se trata de um registro suspeito com resultado laboratorial negativo para hepatite E.
Caso suspeito da doença é todo aquele no qual um menor de 17 anos apresenta hepatite aguda com aumento de enzima(s) e resultados laboratoriais negativos para hepatites virais A, B e C e arboviroses (como dengue), sem causa de origem não infecciosa que justifique o estado de saúde, a partir do dia 20 de abril de 2022; ou no qual um menor de 17 que teve hepatite aguda e, na sequência, hepatite fulminante sem etiologia conhecida precisou de transplante de fígado e apresentou resultado laboratorial negativo tanto para hepatites virais A, B e C E como para arboviroses de 1º de outubro de 2021 a 20 de abril deste ano.
A paciente de Ponta Porã está em recuperação e vem sendo monitorada pelas equipes de vigilância em saúde, de acordo com o Governo Federal. Até segunda-feira (30), foram notificados 94 casos de hepatite misteriosa, espalhados por 17 unidades federativas do país, ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) Nacional. Entre o total, além do provável, há 72 classificados como suspeitos; 21 foram descartados. Uma Sala de Situação instalada pelo Ministério da Saúde monitora e acompanha os registros.
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