‘Cadê os Yanomami?’: Ataque a comunidade indígena gera mobilização na internet
No último dia 25 de abril, a Polícia Federal recebeu a denúncia de que uma menina, de 12 anos, foi estuprada e morta na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A queixa foi feita por Júnior Hekurari, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY). Os principais suspeitos do crime são garimpeiros que exploram […]
POR Redação SRzd06/05/2022|4 min de leitura
No último dia 25 de abril, a Polícia Federal recebeu a denúncia de que uma menina, de 12 anos, foi estuprada e morta na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A queixa foi feita por Júnior Hekurari, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY). Os principais suspeitos do crime são garimpeiros que exploram o território ilegalmente.
A menina vivia em Aracaçá, região de Waikás, que engloba outras três comunidades, totalizando 198 indígenas. No local onde ela morava, haviam cerca de 30 pessoas. A localidade é de difícil acesso. Saindo de Boa Vista, leva-se cerca de 1h15 de voo, além de mais 30 minutos de helicóptero ou cinco horas de barco para chegar a comunidade. De acordo com o relatório da Hutukara Associação Yanomami (HAY), esta área registrou o maior avanço de exploração ilegal de garimpo.
Dois dias após a notificação, a PF foi até Aracaçá acompanhada de representantes do Ministério Público Federal e da Fundação Nacional dos Índios (Funai). No dia 28 de abril, em nota conjunta, eles divulgaram que não haviam encontrado “nenhum vestígio de crime de homicídio e estupro”, mas informaram que continuarão investigando e apurando o caso.
Durante as investigações, eles encontraram uma comunidade queimada e não havia ninguém. No dia em que a comitiva chegou ao local, foi divulgado um áudio dos garimpeiros dizendo que a paciência havia acabado. Na última segunda-feira (2), Hakukari, presidente da Condisi-YY, disse que retornar a região é perigoso e teme novos ataques.
“Eles falam para as lideranças: ‘Se vocês denunciarem, a gente vai matar a comunidade inteira’. É muito assustador o que está acontecendo. Temos medo de que mais mortes aconteçam nas comunidades. Isso está fazendo com que nós desapareçamos“, contou ele em entrevista ao Site Brasil de Fato.
Ainda não se sabe se quem queimou a aldeia foram os garimpeiros ou os próprios indígenas. Hakukari informou que é um costume, “após a morte de um ente querido”, queimar a comunidade onde ele vivia.
Nas redes sociais, o caso ganhou repercussão e mobilizou muitos artistas que demonstraram apoio à causa. Nesta semana, a hashtag “CADÊ OS YANOMAMI” ganhou força e muitos famosos, como Anitta, Whindersson Nunes e Alok cobraram respostas.
No último dia 25 de abril, a Polícia Federal recebeu a denúncia de que uma menina, de 12 anos, foi estuprada e morta na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A queixa foi feita por Júnior Hekurari, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY). Os principais suspeitos do crime são garimpeiros que exploram o território ilegalmente.
A menina vivia em Aracaçá, região de Waikás, que engloba outras três comunidades, totalizando 198 indígenas. No local onde ela morava, haviam cerca de 30 pessoas. A localidade é de difícil acesso. Saindo de Boa Vista, leva-se cerca de 1h15 de voo, além de mais 30 minutos de helicóptero ou cinco horas de barco para chegar a comunidade. De acordo com o relatório da Hutukara Associação Yanomami (HAY), esta área registrou o maior avanço de exploração ilegal de garimpo.
Dois dias após a notificação, a PF foi até Aracaçá acompanhada de representantes do Ministério Público Federal e da Fundação Nacional dos Índios (Funai). No dia 28 de abril, em nota conjunta, eles divulgaram que não haviam encontrado “nenhum vestígio de crime de homicídio e estupro”, mas informaram que continuarão investigando e apurando o caso.
Durante as investigações, eles encontraram uma comunidade queimada e não havia ninguém. No dia em que a comitiva chegou ao local, foi divulgado um áudio dos garimpeiros dizendo que a paciência havia acabado. Na última segunda-feira (2), Hakukari, presidente da Condisi-YY, disse que retornar a região é perigoso e teme novos ataques.
“Eles falam para as lideranças: ‘Se vocês denunciarem, a gente vai matar a comunidade inteira’. É muito assustador o que está acontecendo. Temos medo de que mais mortes aconteçam nas comunidades. Isso está fazendo com que nós desapareçamos“, contou ele em entrevista ao Site Brasil de Fato.
Ainda não se sabe se quem queimou a aldeia foram os garimpeiros ou os próprios indígenas. Hakukari informou que é um costume, “após a morte de um ente querido”, queimar a comunidade onde ele vivia.
Nas redes sociais, o caso ganhou repercussão e mobilizou muitos artistas que demonstraram apoio à causa. Nesta semana, a hashtag “CADÊ OS YANOMAMI” ganhou força e muitos famosos, como Anitta, Whindersson Nunes e Alok cobraram respostas.