Com condição, Bolsonaro convoca jornalistas para participar de live que promete provar fraude em eleições

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Jair Bolsonaro convocou jornalistas para acompanhar uma transmissão ao vivo que irá realizar na noite desta quinta-feira (29) em que diz que vai comprovar fraude nas eleições de 2014. O ato inédito do governo tem uma ressalva: só participará quem for transmitir ao vivo e não fizer perguntas. A informação foi divulgada pelo jornalista Renato Souza, do […]

POR Redação SRzd29/07/2021|3 min de leitura

Com condição, Bolsonaro convoca jornalistas para participar de live que promete provar fraude em eleições

Jair Bolsonaro. Foto: Alan Santos/PR

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Jair Bolsonaro convocou jornalistas para acompanhar uma transmissão ao vivo que irá realizar na noite desta quinta-feira (29) em que diz que vai comprovar fraude nas eleições de 2014.

O ato inédito do governo tem uma ressalva: só participará quem for transmitir ao vivo e não fizer perguntas. A informação foi divulgada pelo jornalista Renato Souza, do “Correio Braziliense”, pelo Twitter.

“Jair Bolsonaro convoca a imprensa para acompanhar a live de hoje a noite. No entanto, em um ato inédito no governo, só autoriza entrada de veículos que forem transmitir ao vivo e veta qualquer pergunta. Ele alega que vai apresentar provas de fraudes nas eleições”, escreveu o repórter.

O presidente promete uma “apresentação bombástica” para demonstrar “inconsistências” e as “vulnerabilidades” das urnas eletrônicas, utilizadas nas eleições brasileiras desde 1996.

Durante os 25 anos de uso das urnas eletrônicas no Brasil, nenhuma inconsistência nos equipamentos foi comprovada. Apesar disso, o presidente Jair Bolsonaro alega que aprovar o modelo de voto impresso é a única alternativa para impedir que as eleições de 2022 sejam fraudadas.

A Câmara discute a implementação desse modelo por meio de Proposta de Emenda à Constituição (PEC), mas o texto encontra dificuldades para avançar . Para ser aplicado já nas eleições de 2022, o voto impresso precisaria ser aprovado pelos parlamentares até outubro de 2021 – um ano antes do próximo pleito.

A primeira vez em que Jair Bolsonaro prometeu que iria apresentar provas de fraudes nas eleições, contudo, foi em 9 de março de 2020 – há mais de 500 dias. Na ocasião, ele afirmou que, na verdade, deveria ter sido eleito no primeiro turno de 2018, não no segundo, mas não deu qualquer embasamento para justificar a informação, repetida constantemente desde então.

No início deste mês, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o chefe do Executivo federal aponte provas e indícios de irregularidades no sistema eleitoral; até o momento, porém, o presidente não o fez.

Há duas semanas, Bolsonaro voltou a dizer que vai indicar as evidências que embasam sua denúncia. Em conversa com apoiadores, ele afirmou que deve, enfim, trazer as supostas irregularidades à tona na próxima semana. Segundo o presidente, um “hacker do bem” demonstrará a fragilidade das urnas eletrônicas.

“Vocês vão gostar da próxima [live]. Eu vou juntar com a apresentação das inconsistências de 2014 e de 2018, por ocasião das eleições. Vai ser às 19h de quinta-feira”, disse Bolsonaro.

PF não consegue encontrar dados de fraude nas urnas eletrônicas

Em meados de junho, o comando da Polícia Federal (PF) determinou às suas superintendências nos Estados que encaminhassem todas as denúncias de fraudes recebidas ou apuradas desde 1996. Passado um mês, no entanto, a PF se recusa a dizer se recebeu ou não alguma apuração sobre possíveis fraudes nas urnas.

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O ato inédito do governo tem uma ressalva: só participará quem for transmitir ao vivo e não fizer perguntas. A informação foi divulgada pelo jornalista Renato Souza, do “Correio Braziliense”, pelo Twitter.

“Jair Bolsonaro convoca a imprensa para acompanhar a live de hoje a noite. No entanto, em um ato inédito no governo, só autoriza entrada de veículos que forem transmitir ao vivo e veta qualquer pergunta. Ele alega que vai apresentar provas de fraudes nas eleições”, escreveu o repórter.

O presidente promete uma “apresentação bombástica” para demonstrar “inconsistências” e as “vulnerabilidades” das urnas eletrônicas, utilizadas nas eleições brasileiras desde 1996.

Durante os 25 anos de uso das urnas eletrônicas no Brasil, nenhuma inconsistência nos equipamentos foi comprovada. Apesar disso, o presidente Jair Bolsonaro alega que aprovar o modelo de voto impresso é a única alternativa para impedir que as eleições de 2022 sejam fraudadas.

A Câmara discute a implementação desse modelo por meio de Proposta de Emenda à Constituição (PEC), mas o texto encontra dificuldades para avançar . Para ser aplicado já nas eleições de 2022, o voto impresso precisaria ser aprovado pelos parlamentares até outubro de 2021 – um ano antes do próximo pleito.

A primeira vez em que Jair Bolsonaro prometeu que iria apresentar provas de fraudes nas eleições, contudo, foi em 9 de março de 2020 – há mais de 500 dias. Na ocasião, ele afirmou que, na verdade, deveria ter sido eleito no primeiro turno de 2018, não no segundo, mas não deu qualquer embasamento para justificar a informação, repetida constantemente desde então.

No início deste mês, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o chefe do Executivo federal aponte provas e indícios de irregularidades no sistema eleitoral; até o momento, porém, o presidente não o fez.

Há duas semanas, Bolsonaro voltou a dizer que vai indicar as evidências que embasam sua denúncia. Em conversa com apoiadores, ele afirmou que deve, enfim, trazer as supostas irregularidades à tona na próxima semana. Segundo o presidente, um “hacker do bem” demonstrará a fragilidade das urnas eletrônicas.

“Vocês vão gostar da próxima [live]. Eu vou juntar com a apresentação das inconsistências de 2014 e de 2018, por ocasião das eleições. Vai ser às 19h de quinta-feira”, disse Bolsonaro.

PF não consegue encontrar dados de fraude nas urnas eletrônicas

Em meados de junho, o comando da Polícia Federal (PF) determinou às suas superintendências nos Estados que encaminhassem todas as denúncias de fraudes recebidas ou apuradas desde 1996. Passado um mês, no entanto, a PF se recusa a dizer se recebeu ou não alguma apuração sobre possíveis fraudes nas urnas.

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