Doação de órgãos: queda no número de transplantes impacta na vida de mais de 45 mil pessoas

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Com a pandemia, a realização de cirurgias teve uma queda histórica no Brasil e no mundo. Enquanto isso, pacientes com doenças crônicas aguardam em lista a doação de um órgão para melhorar sua saúde. Apesar de ser o país com o maior sistema público de transplantes do mundo, o número de efetivas ainda é baixo […]

POR Redação SRzd24/09/2021|3 min de leitura

Doação de órgãos: queda no número de transplantes impacta na vida de mais de 45 mil pessoas

Campanha de doação de órgãos. Foto: Ilustração/Pikist

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Com a pandemia, a realização de cirurgias teve uma queda histórica no Brasil e no mundo. Enquanto isso, pacientes com doenças crônicas aguardam em lista a doação de um órgão para melhorar sua saúde.

Apesar de ser o país com o maior sistema público de transplantes do mundo, o número de efetivas ainda é baixo ao número de pessoas que aguardam em lista.

Na próxima segunda-feira (27) é comemorado o Dia Nacional da Doação de Órgãos, uma oportunidade para conscientizar a população sobre a importância deste ato que pode salvar vidas.

O ano de 2020, que marcou o início da pandemia, não foi nada favorável aos pacientes em lista de espera para o transplante de órgãos no Brasil. As cirurgias de transplante, que vinham aumentando ano a ano, sofreram uma queda histórica em comparação aos últimos dez anos.

Algumas foram mais afetadas como é o caso do transplante de rins de doador vivo, que teve redução de 64%. No caso dos transplantes de rins em vida, foram realizadas apenas 411 cirurgias do tipo em 2020, ante 1.076 em 2019, segundo o relatório da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). O cenário da Covid-19 impacta diretamente na realização dos transplantes, a qual deve sofrer altos e baixos até o controle dos casos de infecção e a imunização completa da população.

A Coordenadora dos Transplantes da Fundação Pró-Rim, a médica nefrologista doutora Luciane Mônica Deboni, faz uma avaliação do quadro de transplantes no país, diante da pandemia.

“Até 2019, o Brasil vinha numa curva ascendente, porém, a partir de 2020, esses números obviamente caíram abruptamente não só no Brasil, mas no mundo. Como o país têm suas diferenças, com variados cenários, em algumas regiões os transplantes foram mantidos por algum tempo, mas cedo ou tarde também tiveram que suspender as cirurgias temporariamente”, explica a médica.

Como ser um doador de órgãos?

O Brasil é o país com o maior sistema público de transplantes do mundo, no qual realiza cerca de 90% dos transplantes via Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso, o número de doações efetivas ainda é baixo em relação ao número de pessoas que aguardam em lista.

Principalmente, porque a família não fica sabendo do desejo do parente em doar os órgãos e salvar vidas. “Por isso é de extrema importância avisar a família ainda em vida o desejo de ser doador de órgãos”, declara Luciane, que completa: “Hoje, milhares de vidas dependem da consciência de familiares que perderam entes queridos. É importante ressaltar que para ser doador não precisa deixar nenhum documento expresso. Basta conversar com os familiares, manifestando esse desejo”.

Webinar vai abordar os temas doação de órgãos e transplante renais

Com o slogan “A vida pode continuar. Doe órgãos. Doe Vida”, a Fundação Pró-Rim realiza a segunda edição do Webinar que aborda as temáticas da doação de órgãos e transplante renal. O encontro virtual ocorre no próximo dia 27 – Dia Nacional da Doação de Órgãos, a partir das 19h às 22 horas com a participação dos profissionais da Pró-Rim e convidados. A ação é gratuita e com vagas limitadas. Inscrições e informações no site prorim.org.br/webinar.

Com a pandemia, a realização de cirurgias teve uma queda histórica no Brasil e no mundo. Enquanto isso, pacientes com doenças crônicas aguardam em lista a doação de um órgão para melhorar sua saúde.

Apesar de ser o país com o maior sistema público de transplantes do mundo, o número de efetivas ainda é baixo ao número de pessoas que aguardam em lista.

Na próxima segunda-feira (27) é comemorado o Dia Nacional da Doação de Órgãos, uma oportunidade para conscientizar a população sobre a importância deste ato que pode salvar vidas.

O ano de 2020, que marcou o início da pandemia, não foi nada favorável aos pacientes em lista de espera para o transplante de órgãos no Brasil. As cirurgias de transplante, que vinham aumentando ano a ano, sofreram uma queda histórica em comparação aos últimos dez anos.

Algumas foram mais afetadas como é o caso do transplante de rins de doador vivo, que teve redução de 64%. No caso dos transplantes de rins em vida, foram realizadas apenas 411 cirurgias do tipo em 2020, ante 1.076 em 2019, segundo o relatório da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). O cenário da Covid-19 impacta diretamente na realização dos transplantes, a qual deve sofrer altos e baixos até o controle dos casos de infecção e a imunização completa da população.

A Coordenadora dos Transplantes da Fundação Pró-Rim, a médica nefrologista doutora Luciane Mônica Deboni, faz uma avaliação do quadro de transplantes no país, diante da pandemia.

“Até 2019, o Brasil vinha numa curva ascendente, porém, a partir de 2020, esses números obviamente caíram abruptamente não só no Brasil, mas no mundo. Como o país têm suas diferenças, com variados cenários, em algumas regiões os transplantes foram mantidos por algum tempo, mas cedo ou tarde também tiveram que suspender as cirurgias temporariamente”, explica a médica.

Como ser um doador de órgãos?

O Brasil é o país com o maior sistema público de transplantes do mundo, no qual realiza cerca de 90% dos transplantes via Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso, o número de doações efetivas ainda é baixo em relação ao número de pessoas que aguardam em lista.

Principalmente, porque a família não fica sabendo do desejo do parente em doar os órgãos e salvar vidas. “Por isso é de extrema importância avisar a família ainda em vida o desejo de ser doador de órgãos”, declara Luciane, que completa: “Hoje, milhares de vidas dependem da consciência de familiares que perderam entes queridos. É importante ressaltar que para ser doador não precisa deixar nenhum documento expresso. Basta conversar com os familiares, manifestando esse desejo”.

Webinar vai abordar os temas doação de órgãos e transplante renais

Com o slogan “A vida pode continuar. Doe órgãos. Doe Vida”, a Fundação Pró-Rim realiza a segunda edição do Webinar que aborda as temáticas da doação de órgãos e transplante renal. O encontro virtual ocorre no próximo dia 27 – Dia Nacional da Doação de Órgãos, a partir das 19h às 22 horas com a participação dos profissionais da Pró-Rim e convidados. A ação é gratuita e com vagas limitadas. Inscrições e informações no site prorim.org.br/webinar.

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