Rio. Após a divulgação de mensagens de texto de Silvana Taques, mãe da atriz Larissa Manoela, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) abriu inquérito para investigar denúncia de discriminação e preconceito religioso.
A notícia-crime foi encomendada pela Comissão de Combate a Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro. Em uma conversa com a filha pelo WhatsApp, ano passado, Silvana ironizou a religião dos familiares de seu genro, André Luiz Frambach:
“Esqueci de te desejar… que você tenha um ótimo natal aí com todos os guias dessa família macumbeira. kkkkkk”. O namorado de Larissa é espírita kardecista.
Em nota, a Comissão de Combate a Intolerância Religiosa do Rio rechaçou o discurso; “A configuração desse ato discriminatório apresenta-se como formas contemporâneas do racismo, que objetiva preservar a incolumidade dos direitos da personalidade, como a essencial dignidade da pessoa humana. Deve-se inibir, desse modo, comportamentos abusivos que possam, impulsionados por motivações subalternas, disseminar criminosamente o ódio público contra outras pessoas em razão de sua religião. Dessa forma, mostra-se que a manifestação de Silvana extravasa os limites da livre manifestação de ideias, constituindo-se em insultos, ofensas e estímulo à intolerância e ao ódio contra as religiões de matriz africana, não merecendo proteção constitucional e não podendo ser considerados liberdade de expressão, enquadrando-se no crime de racismo”, diz o texto.