Vacinação em adolescentes interrompida: Queiroga tenta explicar novo recuo do governo Federal e culpa estados

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O ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (16) após suspender a vacinação de adolescentes sem comorbidades contra a Covid-19, que os jovens sem doenças crônicas que receberam a primeira dose não devem completar a imunização com a segunda aplicação. Na sede da pasta, em Brasília, Queiroga alegou que há registro […]

POR Redação SRzd16/09/2021|4 min de leitura

Vacinação em adolescentes interrompida: Queiroga tenta explicar novo recuo do governo Federal e culpa estados

Marcelo Queiroga. Foto: Reprodução da TV

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O ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (16) após suspender a vacinação de adolescentes sem comorbidades contra a Covid-19, que os jovens sem doenças crônicas que receberam a primeira dose não devem completar a imunização com a segunda aplicação.

Na sede da pasta, em Brasília, Queiroga alegou que há registro de cerca de 1,5 mil eventos adversos à vacina e atribui a suspensão da campanha ao que chamou de desorganização de estados e municípios. O ministro afirmou que há casos em que vacinas como AstraZeneca, CoronaVac e Janssen foram aplicadas nesse público.

O imunizante da Pfizer é o único aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, para a faixa etária de 12 a 17 anos no Brasil. O laboratório Janssen recebeu autorização para condução de estudos com menores de 18 anos no Brasil e está realizando a pesquisa.

“O Ministério da Saúde pode rever a posição desde que haja evidência científica sólida. Por enquanto, por questão de cautela, temos eventos adversos a serem investigados, temos adolescentes que tomaram vacinas que não estavam recomendadas, temos que acompanhar”, disse o ministro.

Como parte dos argumentos para o recuo na previsão de vacinar todos os adolescentes, Queiroga citou a decisão do Reino Unido de não vacinar todos os jovens da faixa etária entre 12 e 15 anos. A recomendação britânica foi tomada com base em um efeito colateral raro provocado pela vacina da Pfizer: uma inflamação no coração chamada de miocardite. O governo britânico aguarda mais estudos.

A Anvisa disse em julho que acompanhava os relatos de miocardite, sobretudo nos mais jovens após a segunda dose, mas esclareceu que mantinha a recomendação da imunização com a vacina da Pfizer. Na mesma época, a Organização Mundial da Saúde afirmou que os casos eram raros e que os benefícios superavam os riscos.

Na última quarta-feira o ministério da Saúde publicou nota informativa para avisar que tirou os adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades da lista de vacinação. Agora, a vacinação fica restrita a três faixas:

+ adolescentes com deficiência permanente;
+ adolescentes com comorbidades;
+ adolescentes que estejam privados de liberdade.

A nota informativa desta quarta contraria uma outra publicada pela pasta em 2 de setembro, que recomendava a vacinação para esses adolescentes a partir do dia 15.

Na terça-feira o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Conass, que participa das decisões sobre os rumos do Plano Nacional de Imunizações, afirmou que a “vacinação de todos os adolescentes é segura e será necessária”.

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O ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (16) após suspender a vacinação de adolescentes sem comorbidades contra a Covid-19, que os jovens sem doenças crônicas que receberam a primeira dose não devem completar a imunização com a segunda aplicação.

Na sede da pasta, em Brasília, Queiroga alegou que há registro de cerca de 1,5 mil eventos adversos à vacina e atribui a suspensão da campanha ao que chamou de desorganização de estados e municípios. O ministro afirmou que há casos em que vacinas como AstraZeneca, CoronaVac e Janssen foram aplicadas nesse público.

O imunizante da Pfizer é o único aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, para a faixa etária de 12 a 17 anos no Brasil. O laboratório Janssen recebeu autorização para condução de estudos com menores de 18 anos no Brasil e está realizando a pesquisa.

“O Ministério da Saúde pode rever a posição desde que haja evidência científica sólida. Por enquanto, por questão de cautela, temos eventos adversos a serem investigados, temos adolescentes que tomaram vacinas que não estavam recomendadas, temos que acompanhar”, disse o ministro.

Como parte dos argumentos para o recuo na previsão de vacinar todos os adolescentes, Queiroga citou a decisão do Reino Unido de não vacinar todos os jovens da faixa etária entre 12 e 15 anos. A recomendação britânica foi tomada com base em um efeito colateral raro provocado pela vacina da Pfizer: uma inflamação no coração chamada de miocardite. O governo britânico aguarda mais estudos.

A Anvisa disse em julho que acompanhava os relatos de miocardite, sobretudo nos mais jovens após a segunda dose, mas esclareceu que mantinha a recomendação da imunização com a vacina da Pfizer. Na mesma época, a Organização Mundial da Saúde afirmou que os casos eram raros e que os benefícios superavam os riscos.

Na última quarta-feira o ministério da Saúde publicou nota informativa para avisar que tirou os adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades da lista de vacinação. Agora, a vacinação fica restrita a três faixas:

+ adolescentes com deficiência permanente;
+ adolescentes com comorbidades;
+ adolescentes que estejam privados de liberdade.

A nota informativa desta quarta contraria uma outra publicada pela pasta em 2 de setembro, que recomendava a vacinação para esses adolescentes a partir do dia 15.

Na terça-feira o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Conass, que participa das decisões sobre os rumos do Plano Nacional de Imunizações, afirmou que a “vacinação de todos os adolescentes é segura e será necessária”.

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