Emoção, euforia e tristeza: Desfile da Portela testa corações na Sapucaí

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Dona da maior galeria de títulos do Carnaval carioca e prestes a completar 100 ano de fundação, a tradicional Portela foi a segunda a pisar na Avenida na segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro 2023 na Marquês de Sapucaí. E não faltou emoção. Logo na abertura, o povão enlouqueceu com […]

POR Redação SRzd21/02/2023|9 min de leitura

Emoção, euforia e tristeza: Desfile da Portela testa corações na Sapucaí

Portela. Foto: Reprodução

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Dona da maior galeria de títulos do Carnaval carioca e prestes a completar 100 ano de fundação, a tradicional Portela foi a segunda a pisar na Avenida na segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro 2023 na Marquês de Sapucaí.

E não faltou emoção. Logo na abertura, o povão enlouqueceu com o show de drones no céu, exaltando o centenário e baluartes da agremiação. A presença de ex-Rainhas de Bateria, também mereceu a ovação do público.

O lindo visual, superlativou a euforia portelense, mas um problema na segunda alegoria causou imensos clarões ao longo da passagem pela Avenida e comprometeu o sonho de mais uma estrela.

O choro de emoção predominante desde o início, deu lugar ao de apreensão e tristeza ao ver comprometido um Carnaval do nível que esta gigante da cultura popular merece, principalmente, na data mais especial de toda a sua história.

Na reta final do desfile, a última alegoria voltou a causar o mesmo problema, abrindo novo grande buraco para as alas que estavam na sua frente. A partir deste momento, um outra variação importante da evolução do conjunto aconteceu, com a aceleração do passo. Outro deslize que deve custar ponto importantes, foi a queda da peruca da porta-bandeira Lucinha Nobre.

+ quesito, enredo:

A Portela comemorou na Avenida seu centenário e para a ocasião contou no seu comando artístico com o casal Renato e Márcia Lage. Renato trás na bagagem o cinquentenário no Salgueiro e agora os 100 anos da azul e branco de Oswaldo Cruz e Madureira.

Este é um enredo muito especial. A história da Portela tem assunto para muitos enredos. A montagem da história apresentada soube tocar no coração do portelense e de todo o povo do samba, ao eleger um grande baluarte da escola para apresentar cada um dos cinco setores.

Tudo começou com Paulo da Portela, um dos fundadores da agremiação. O azul que vem do infinito, título poético do projeto portelense e que proporcionaram um momento de emoção e muita celebração. A Portela merecia!

+ comentaristas do SRzd avaliam desfile:

Célia Souto: “A aniversariante entra na Avenida dando o tom, harmonia muito bem elaborada musicalmente, forte, empolgada e vibrante, dominando o canto com entrosamento entre ritmo e melodia. Devido a um problema técnico em um carro, a escola não conseguiu manter a regularidade e o ritmo, prejudicando a evolução. Apesar disso a escola manteve a garra na sequência da apresentação”.

Wallace Safra: “A comissão que celebra o centenário da Portela, apresentou na Avenida a história de como tudo começou, através da ótica poética dos momentos vividos por Paulo, Caetano e Rufino. Com uma apresentação sensível, leve e delicada, os bailarinos desenvolveram uma coreografia com movimentos sincronizados e direcionados ao comportamento social da época retratada. Os coreógrafos Léo Senna e Kelly Siqueira conseguiram externar a visão da agremiação sobre sua história e comemoração ao centenário. O elemento coreográfico foi palco de toda a história contada na avenida e foi fundamental para a apresentação executada. Destaque para a riqueza e precisão nos movimentos dia bailarinos e da plástica muito bem realizada. Belíssimo trabalho! Fazendo um tributo a história da ala de passistas da agremiação, a ala passou grandiosa. Com movimentos característicos do samba no pé e com muita energia, os passistas tiveram um excelente desempenho. Com uma fantasia leve, conseguiram desenvolver muito bem, com uma boa evolução e uma boa comunicação com o público. Destaque para a evolução da ala na avenida. Belo trabalho”.

Eliane Souza: “O mestre-sala Marlon Lamar e a porta-bandeira Lucinha Nobre, louvando o pavilhão, dançaram trazendo para a Avenida passos, gestos e movimentos obrigatórios do bailado, realizando-os de maneira atualizada, com as marcas do estilo do casal, que em sua forma de dançar acrescentam detalhes, como as nuances do personagem paulistano e formato ousado de desfraldar a bandeira que, enriquecem a dança sem descaracterizá-la. Traços que modernizam a performance do par. Destaque para a liberdade do segundo casal da escola, Emanuel Lima e Camyllinha Nascimento, que brincando, bailaram no desfile. Para rememorar o desfile de 1964, Vilma Nascimento ‘perfumou’ a Avenida, conduzida por Jerônimo Patrocínio. E bailando com muito vigor e alegria, pude apreciar a potente performance de Vinícius Jesus e Rosilaine Queiroz, o terceiro casal da escola”.

Jaime Cezário: “Um dos momentos para quem tem coração forte; foi o que a Portela causou aqui na Sapucaí com a comemoração do seu centenário! Digo que muitas vezes tive que segurar a emoção! Afinal, se nós amamos desfile de escola de samba, não podemos ficar insensíveis ao que foi visto e mostrado nessa noite. Carnaval é emoção! É a emoção que nos faz amar e é o amor que nos faz viver essas quatro noites ininterruptas de desfiles. Se olhar com o tecnicamente perfeito, vou ter que confessar chorando, não foi! A terceira alegoria tirou o sonho de ver uma escola fazendo o Carnaval que amamos, sem os famosos temas lacradores, que agora viraram moda. Campeã! A Portela foi a mais pura emoção do Carnaval. A história foi perfeita, enredo lindo, muito bem contado e mostrado pelos seus carnavalescos. Fantasias muito bem no ato de contar a história. As alegorias também seguiram esse padrão. Era notório que alguns problemas de acabamentos foram vistos e notados e, também por isso, não veremos ela Campeã. Independente da colocação, afirmo, sem medo de errar, ela foi a campeã da emoção! Foi lindo Portela”.

Rachel Valença: “Uma sucessão de infortúnios e erros marcou esse desfile destinado a ser histórico. Para quem ama o samba, uma pena. Mas a emoção não se perdeu e houve lindos momentos. Recuperar por um momento ‘a emoção de ver Vilma dançar’, não tem preço.

Junior Schall: “100 anos de Portela, um momento histórico aconteceu na Sapucaí. Escrito por tintas ‘espaciais’ azuis e brancas da tradição, das raízes poderosas da sua origem e da tecnologia. O espetáculo do Carnaval aconteceu também fora do chão sagrado da passarela, no céu acima da Marquês, pelo bailado orquestrado de vários drones. Imponente, suntuosa e com extremo bom gosto na composição da narrativa visual, a Portela nos ofertou um desfile pautado em um alto grau de emoção e uma estética apuradíssima assinada pelo casal Lage. Vaidosa, a Águia altaneira, se vestiu, como manda a data, de forma primorosa. No desenvolvimento da sua apresentação percalços de ordem técnica, em duas alegorias, fizeram com que as equipes de apoio da Portela agissem de modo ordenado para reverter os problemas, solucionados pelo trabalho coletivo”.

Cláudio Francioni: “A bateria da Portela fez um bom desfile na segunda noite de desfiles. Com sua sonoridade mais aguda do que o padrão normal, Mestre Nilo trouxe um andamento pra frente e bossas longas que foram bem executadas nas cabines de julgamento. Entre a primeira e segunda cabine, longe dos julgadores, houve uma breve escorregada na levada rítmica que logo foi resolvida pelos diretores”.

+ veja a galeria de fotos do desfile

Uma das mais antigas e tradicionais escolas de samba do Rio, a Portela tem 22 campeonatos no Grupo Especial, conquistados nos anos de 1935, 1939, 1941, 1942, 1943, 1944, 1945, 1946, 1947, 1951, 1953, 1957, 1958, 1959, 1960, 1962, 1964, 1966, 1970, 1980, 1984 e 2017.

+ o desempenho da Portela nos últimos seis Carnavais:

Fundação: 11/04/1923
Cores: azul e branco
Presidentes de Honra: Tia Surica
Presidente: Fábio Pavão
Carnavalescos: Renato Lage e Márcia Lage
Diretores de Carnaval: Claudinho Portela, Júnior Escafura e Higor Machado
Mestres de Bateria: Nilo Sérgio
Rainha de Bateria: Bianca Monteiro
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Marlon Lamar e Lucinha Nobre
Comissão de Frente: Leo Senna e Kelly Siqueira

(ordem de desfiles – Grupo Especial 2023)

+ domingo, 19 de fevereiro:

1º – Império Serrano (Campeão do Acesso 2022)
2º – Acadêmicos do Grande Rio
3º – Mocidade Independente de Padre Miguel
4º – Unidos da Tijuca
5º – Acadêmicos do Salgueiro
6º – Estação Primeira de Mangueira

+ segunda-feira, 20 de fevereiro:

1º – Paraíso do Tuiuti (11ª colocada do Grupo Especial 2022)
2º- Portela
3º – Unidos de Vila Isabel
4º – Imperatriz Leopoldinense
5º – Beija-Flor de Nilópolis
6º – Unidos do Viradouro

Dona da maior galeria de títulos do Carnaval carioca e prestes a completar 100 ano de fundação, a tradicional Portela foi a segunda a pisar na Avenida na segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro 2023 na Marquês de Sapucaí.

E não faltou emoção. Logo na abertura, o povão enlouqueceu com o show de drones no céu, exaltando o centenário e baluartes da agremiação. A presença de ex-Rainhas de Bateria, também mereceu a ovação do público.

O lindo visual, superlativou a euforia portelense, mas um problema na segunda alegoria causou imensos clarões ao longo da passagem pela Avenida e comprometeu o sonho de mais uma estrela.

O choro de emoção predominante desde o início, deu lugar ao de apreensão e tristeza ao ver comprometido um Carnaval do nível que esta gigante da cultura popular merece, principalmente, na data mais especial de toda a sua história.

Na reta final do desfile, a última alegoria voltou a causar o mesmo problema, abrindo novo grande buraco para as alas que estavam na sua frente. A partir deste momento, um outra variação importante da evolução do conjunto aconteceu, com a aceleração do passo. Outro deslize que deve custar ponto importantes, foi a queda da peruca da porta-bandeira Lucinha Nobre.

+ quesito, enredo:

A Portela comemorou na Avenida seu centenário e para a ocasião contou no seu comando artístico com o casal Renato e Márcia Lage. Renato trás na bagagem o cinquentenário no Salgueiro e agora os 100 anos da azul e branco de Oswaldo Cruz e Madureira.

Este é um enredo muito especial. A história da Portela tem assunto para muitos enredos. A montagem da história apresentada soube tocar no coração do portelense e de todo o povo do samba, ao eleger um grande baluarte da escola para apresentar cada um dos cinco setores.

Tudo começou com Paulo da Portela, um dos fundadores da agremiação. O azul que vem do infinito, título poético do projeto portelense e que proporcionaram um momento de emoção e muita celebração. A Portela merecia!

+ comentaristas do SRzd avaliam desfile:

Célia Souto: “A aniversariante entra na Avenida dando o tom, harmonia muito bem elaborada musicalmente, forte, empolgada e vibrante, dominando o canto com entrosamento entre ritmo e melodia. Devido a um problema técnico em um carro, a escola não conseguiu manter a regularidade e o ritmo, prejudicando a evolução. Apesar disso a escola manteve a garra na sequência da apresentação”.

Wallace Safra: “A comissão que celebra o centenário da Portela, apresentou na Avenida a história de como tudo começou, através da ótica poética dos momentos vividos por Paulo, Caetano e Rufino. Com uma apresentação sensível, leve e delicada, os bailarinos desenvolveram uma coreografia com movimentos sincronizados e direcionados ao comportamento social da época retratada. Os coreógrafos Léo Senna e Kelly Siqueira conseguiram externar a visão da agremiação sobre sua história e comemoração ao centenário. O elemento coreográfico foi palco de toda a história contada na avenida e foi fundamental para a apresentação executada. Destaque para a riqueza e precisão nos movimentos dia bailarinos e da plástica muito bem realizada. Belíssimo trabalho! Fazendo um tributo a história da ala de passistas da agremiação, a ala passou grandiosa. Com movimentos característicos do samba no pé e com muita energia, os passistas tiveram um excelente desempenho. Com uma fantasia leve, conseguiram desenvolver muito bem, com uma boa evolução e uma boa comunicação com o público. Destaque para a evolução da ala na avenida. Belo trabalho”.

Eliane Souza: “O mestre-sala Marlon Lamar e a porta-bandeira Lucinha Nobre, louvando o pavilhão, dançaram trazendo para a Avenida passos, gestos e movimentos obrigatórios do bailado, realizando-os de maneira atualizada, com as marcas do estilo do casal, que em sua forma de dançar acrescentam detalhes, como as nuances do personagem paulistano e formato ousado de desfraldar a bandeira que, enriquecem a dança sem descaracterizá-la. Traços que modernizam a performance do par. Destaque para a liberdade do segundo casal da escola, Emanuel Lima e Camyllinha Nascimento, que brincando, bailaram no desfile. Para rememorar o desfile de 1964, Vilma Nascimento ‘perfumou’ a Avenida, conduzida por Jerônimo Patrocínio. E bailando com muito vigor e alegria, pude apreciar a potente performance de Vinícius Jesus e Rosilaine Queiroz, o terceiro casal da escola”.

Jaime Cezário: “Um dos momentos para quem tem coração forte; foi o que a Portela causou aqui na Sapucaí com a comemoração do seu centenário! Digo que muitas vezes tive que segurar a emoção! Afinal, se nós amamos desfile de escola de samba, não podemos ficar insensíveis ao que foi visto e mostrado nessa noite. Carnaval é emoção! É a emoção que nos faz amar e é o amor que nos faz viver essas quatro noites ininterruptas de desfiles. Se olhar com o tecnicamente perfeito, vou ter que confessar chorando, não foi! A terceira alegoria tirou o sonho de ver uma escola fazendo o Carnaval que amamos, sem os famosos temas lacradores, que agora viraram moda. Campeã! A Portela foi a mais pura emoção do Carnaval. A história foi perfeita, enredo lindo, muito bem contado e mostrado pelos seus carnavalescos. Fantasias muito bem no ato de contar a história. As alegorias também seguiram esse padrão. Era notório que alguns problemas de acabamentos foram vistos e notados e, também por isso, não veremos ela Campeã. Independente da colocação, afirmo, sem medo de errar, ela foi a campeã da emoção! Foi lindo Portela”.

Rachel Valença: “Uma sucessão de infortúnios e erros marcou esse desfile destinado a ser histórico. Para quem ama o samba, uma pena. Mas a emoção não se perdeu e houve lindos momentos. Recuperar por um momento ‘a emoção de ver Vilma dançar’, não tem preço.

Junior Schall: “100 anos de Portela, um momento histórico aconteceu na Sapucaí. Escrito por tintas ‘espaciais’ azuis e brancas da tradição, das raízes poderosas da sua origem e da tecnologia. O espetáculo do Carnaval aconteceu também fora do chão sagrado da passarela, no céu acima da Marquês, pelo bailado orquestrado de vários drones. Imponente, suntuosa e com extremo bom gosto na composição da narrativa visual, a Portela nos ofertou um desfile pautado em um alto grau de emoção e uma estética apuradíssima assinada pelo casal Lage. Vaidosa, a Águia altaneira, se vestiu, como manda a data, de forma primorosa. No desenvolvimento da sua apresentação percalços de ordem técnica, em duas alegorias, fizeram com que as equipes de apoio da Portela agissem de modo ordenado para reverter os problemas, solucionados pelo trabalho coletivo”.

Cláudio Francioni: “A bateria da Portela fez um bom desfile na segunda noite de desfiles. Com sua sonoridade mais aguda do que o padrão normal, Mestre Nilo trouxe um andamento pra frente e bossas longas que foram bem executadas nas cabines de julgamento. Entre a primeira e segunda cabine, longe dos julgadores, houve uma breve escorregada na levada rítmica que logo foi resolvida pelos diretores”.

+ veja a galeria de fotos do desfile

Uma das mais antigas e tradicionais escolas de samba do Rio, a Portela tem 22 campeonatos no Grupo Especial, conquistados nos anos de 1935, 1939, 1941, 1942, 1943, 1944, 1945, 1946, 1947, 1951, 1953, 1957, 1958, 1959, 1960, 1962, 1964, 1966, 1970, 1980, 1984 e 2017.

+ o desempenho da Portela nos últimos seis Carnavais:

Fundação: 11/04/1923
Cores: azul e branco
Presidentes de Honra: Tia Surica
Presidente: Fábio Pavão
Carnavalescos: Renato Lage e Márcia Lage
Diretores de Carnaval: Claudinho Portela, Júnior Escafura e Higor Machado
Mestres de Bateria: Nilo Sérgio
Rainha de Bateria: Bianca Monteiro
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Marlon Lamar e Lucinha Nobre
Comissão de Frente: Leo Senna e Kelly Siqueira

(ordem de desfiles – Grupo Especial 2023)

+ domingo, 19 de fevereiro:

1º – Império Serrano (Campeão do Acesso 2022)
2º – Acadêmicos do Grande Rio
3º – Mocidade Independente de Padre Miguel
4º – Unidos da Tijuca
5º – Acadêmicos do Salgueiro
6º – Estação Primeira de Mangueira

+ segunda-feira, 20 de fevereiro:

1º – Paraíso do Tuiuti (11ª colocada do Grupo Especial 2022)
2º- Portela
3º – Unidos de Vila Isabel
4º – Imperatriz Leopoldinense
5º – Beija-Flor de Nilópolis
6º – Unidos do Viradouro

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