Império Serrano e Arlindo Cruz: emoção e o luxo de uma escola renovada

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Atual campeão do Acesso carioca, o tradicional Império Serrano abriu a primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro 2023 na Marquês de Sapucaí. Imponente e grandioso como nunca, o público viu um Império revigorado moldado aos tempos modernos do Carnaval. Rico, luxuoso, mas sem perder a ternura, jamais. Emoção, uma das […]

POR Redação SRzd20/02/2023|8 min de leitura

Império Serrano e Arlindo Cruz: emoção e o luxo de uma escola renovada

Império Serrano. Reprodução

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Atual campeão do Acesso carioca, o tradicional Império Serrano abriu a primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro 2023 na Marquês de Sapucaí.

Imponente e grandioso como nunca, o público viu um Império revigorado moldado aos tempos modernos do Carnaval. Rico, luxuoso, mas sem perder a ternura, jamais. Emoção, uma das marcas da vida desta entidade da cultura popular brasileira, não faltou, pela sua própria essência e pelo apelo emotivo da homenagem para Arlindo Cruz, uma das joias de sua coroa.

+ quesito, enredo:

No Carnaval 2022, o Império Serrano conquistou o direito de regressar ao Grupo Especial, sendo o grande vencedor do desfile da Série Ouro. Hoje, novamente contamos com a força e o brilho imperial na elite.

A escola reformulou toda sua equipe e trouxe o carnavalesco Alex de Souza para assumir o comando artístico. A ideia da nova diretoria era de realizar um grande desfile, para mostrar a todos que os problemas internos ficaram para trás.

O enredo escolhido é dedicado à valorização de suas raízes e, nada melhor do que homenagear um grande imperiano, destaque no universo da música nacional e vitorioso na disputa de doze sambas-enredos na escola: Arlindo Cruz.

A inspiração nesse grande compositor fez surgir o enredo que tem como título Lugares de Arlindo. A proposta abordou tudo sobre a vida do homenageado de uma forma poética, inspirada nas letras das suas músicas.

+ comentaristas do SRzd avaliam desfile:

Célia Souto: “Primeira escola e abrindo o desfile do Grupo Especial, veio apresentando um canto forte, vibrante e cadenciado. Os componentes se empenham para cantar o samba com concentração e desenvoltura. A evolução se desenvolve com regularidade e leveza entre as alas A escola vai desfilando pela Avenida dominando o canto e a evolução com leveza e alegria dominando a sincronia entre ritmo e melodia”.

Jaime Cezário: “O primeiro a pisar na Sapucaí foi o glorioso Império Serrano, com o enredo ‘Lugares de Arlindo’. Um momento de pura emoção foi causado em poder ver a Serrinha entrando imponente com um Carnaval rico, bem resolvido e sinalizando a todos que deseja permanecer no Grupo Especial. Um enredo muito bem resolvido, mostrando de forma clara a trajetória do cantor e compositor Arlindo Cruz. Começa com a imponência do seu abre-alas, homenageando seu santo padroeiro: São Jorge, matando inúmeros dragões, quase uma mensagem aos componentes e sua torcida que os tempos difíceis ficaram para trás. Ela chegou lembrando a todos que estava ali uma Escola de Samba, nove vezes campeã do Grupo Especial. Suas alegorias estavam grandiosas e com aquele toque artístico do seu carnavalesco, que lembra o estilo art-deco. Acabamentos perfeitos, belos efeitos e iluminação. As suas fantasias estavam requintadas, ricas e informando exatamente aquilo que o seu roteiro informava. Colocou a expectativa do desfile desse domingo lá em cima. Parabéns Serrinha… é muito bom te ver de volta, dessa forma esplendorosa. O momento de maior emoção ficou para a última alegoria, onde veio o homenageado com sua família e amigos, arrepiou”.

Cadu Zugliani: “O samba do Império se apresentou muito melhor do que se esperava no pré-carnaval. Destaque especial para o refrão de baixo que ajudou a levantar a escola. Mas, com algumas notas muito altas, o samba deu uma cansada no decorrer do desfile, mesmo com todo o esforço de Ito Melodia, talvez, um dos três maiores intérpretes do nosso Carnaval. O andamento usado no desfile ajudou demais a recuperar a força deste samba. Apesar de não ter sido brilhante, ajudou o Império”.

Bruno Moraes: “A bateria do Império Serrano fez um desfile colocando o pé na porta em sua volta ao Especial. Mestre Vitinho é um talento e impressionou em sua primeira apresentação aos julgadores, muita segurança e tudo saiu perfeito, foi realmente emocionante e muito feliz na bossa que apresentou ao julgador. O tamborim e o agogô estavam super encaixados e tiveram performance de alto nível. As bossas eram complexas e muito bem executadas, com destaque para a bossa do hino nacional e o pagode. Incrível abertura do Carnaval do Grupo Especial. Serrinha tá feliz”.

Junior Schall: “O Império Serrano, como primeira escola a desfilar, fez muito bem o uso das dimensões da Avenida. Ocupando com um volume equilibrado os espaços, tanto para alegorias, quanto para os contingentes físicos na pista. Um Carnaval projetado e realizado, com olhar apurado para a estética e a técnica. O que é sempre muito útil para a Harmonia e a Evolução da Agremiação. A posição dos segmentos no desfile e, por exemplo, a largura acertada das alegorias são referências deste trabalho. Desfile com fluidez e tempo correto no relógio. A última alegoria passou na frente do segundo recuo de bateria aos 58 minutos de apresentação”.

Eliane Souza: “Foi possível observar a porta-bandeira Daniele Nascimento realizando o famoso patinete, movimento nomeado por Vilma Nascimento. E esse momento sempre é encantador, pois Daniele realiza com propriedade esse movimento obrigatório da coreografia da porta-bandeira! O mestre-sala, sempre atencioso e galante cumpriu sua função de louvar o pavilhão e conduzir a sua dama, ação que executa com galhardia. Ele dançou para seu pavilhão e sua dama. E isso é sempre lindo de apreciar! Destaque para o segundo casal Matheus Machado e Maura Luíza, pela alegria na execução do bailado e, realce para essa dama que desfilou grávida, trazendo Laurinha para a Avenida”.

Wallace Safra: “O coreógrafo Júnior Scapin trouxe para Avenida muito Axé e muita religiosidade. O cenário era um banjo onde aconteceu um grande ritual de cura. Com bailarinos bem atuantes e uma dança enérgica, a comissão apresentou movimentos oriundos do candomblé com a aparição de orixás que regiam e entrelaçavam com a coreografia proposta. A comissão atuou majoritariamente no elemento coreográfico, o que eu sempre acho que é uma perda visual para o público. Por fim e para coroar esse grande ritual o filho de Arlindo, Arlindinho, surge para comemorar e celebrar a vida. Comissão bem construída, com delicadeza e sensibilidade. A ala de passistas fez uma referência a ‘fezinha’ que quase todo mundo faz. Com muita energia a ala passou entregando simpatia e muito samba no pé. O figurino comprometeu um pouco dos movimentos de alguns passistas, mas eles conseguiram contornar e fizeram uma boa apresentação. Destaque para o trabalho do diretor na construção visual da ala”.

+ veja a galeria de fotos do desfile

O Império Serrano é o quarto maior vencedor da folia carioca, ao lado do Salgueiro, com nove títulos conquistados no Grupo Especial nos anos de 1948, 1949, 1950, 1951, 1955, 1956, 1960, 1972 e 1982. Também possui cinco primeiros lugares no Acesso, em 1998, 2000, 2008, 2017 e 2022.

+ o desempenho do Império nos últimos seis Carnavais:

(ordem de desfiles – Grupo Especial 2023)

+ domingo, 19 de fevereiro:

1º – Império Serrano (Campeão do Acesso 2022)
2º – Acadêmicos do Grande Rio
3º – Mocidade Independente de Padre Miguel
4º – Unidos da Tijuca
5º – Acadêmicos do Salgueiro
6º – Estação Primeira de Mangueira

+ segunda-feira, 20 de fevereiro:

1º – Paraíso do Tuiuti (11ª colocada do Grupo Especial 2022)
2º- Portela
3º – Unidos de Vila Isabel
4º – Imperatriz Leopoldinense
5º – Beija-Flor de Nilópolis
6º – Unidos do Viradouro

Atual campeão do Acesso carioca, o tradicional Império Serrano abriu a primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro 2023 na Marquês de Sapucaí.

Imponente e grandioso como nunca, o público viu um Império revigorado moldado aos tempos modernos do Carnaval. Rico, luxuoso, mas sem perder a ternura, jamais. Emoção, uma das marcas da vida desta entidade da cultura popular brasileira, não faltou, pela sua própria essência e pelo apelo emotivo da homenagem para Arlindo Cruz, uma das joias de sua coroa.

+ quesito, enredo:

No Carnaval 2022, o Império Serrano conquistou o direito de regressar ao Grupo Especial, sendo o grande vencedor do desfile da Série Ouro. Hoje, novamente contamos com a força e o brilho imperial na elite.

A escola reformulou toda sua equipe e trouxe o carnavalesco Alex de Souza para assumir o comando artístico. A ideia da nova diretoria era de realizar um grande desfile, para mostrar a todos que os problemas internos ficaram para trás.

O enredo escolhido é dedicado à valorização de suas raízes e, nada melhor do que homenagear um grande imperiano, destaque no universo da música nacional e vitorioso na disputa de doze sambas-enredos na escola: Arlindo Cruz.

A inspiração nesse grande compositor fez surgir o enredo que tem como título Lugares de Arlindo. A proposta abordou tudo sobre a vida do homenageado de uma forma poética, inspirada nas letras das suas músicas.

+ comentaristas do SRzd avaliam desfile:

Célia Souto: “Primeira escola e abrindo o desfile do Grupo Especial, veio apresentando um canto forte, vibrante e cadenciado. Os componentes se empenham para cantar o samba com concentração e desenvoltura. A evolução se desenvolve com regularidade e leveza entre as alas A escola vai desfilando pela Avenida dominando o canto e a evolução com leveza e alegria dominando a sincronia entre ritmo e melodia”.

Jaime Cezário: “O primeiro a pisar na Sapucaí foi o glorioso Império Serrano, com o enredo ‘Lugares de Arlindo’. Um momento de pura emoção foi causado em poder ver a Serrinha entrando imponente com um Carnaval rico, bem resolvido e sinalizando a todos que deseja permanecer no Grupo Especial. Um enredo muito bem resolvido, mostrando de forma clara a trajetória do cantor e compositor Arlindo Cruz. Começa com a imponência do seu abre-alas, homenageando seu santo padroeiro: São Jorge, matando inúmeros dragões, quase uma mensagem aos componentes e sua torcida que os tempos difíceis ficaram para trás. Ela chegou lembrando a todos que estava ali uma Escola de Samba, nove vezes campeã do Grupo Especial. Suas alegorias estavam grandiosas e com aquele toque artístico do seu carnavalesco, que lembra o estilo art-deco. Acabamentos perfeitos, belos efeitos e iluminação. As suas fantasias estavam requintadas, ricas e informando exatamente aquilo que o seu roteiro informava. Colocou a expectativa do desfile desse domingo lá em cima. Parabéns Serrinha… é muito bom te ver de volta, dessa forma esplendorosa. O momento de maior emoção ficou para a última alegoria, onde veio o homenageado com sua família e amigos, arrepiou”.

Cadu Zugliani: “O samba do Império se apresentou muito melhor do que se esperava no pré-carnaval. Destaque especial para o refrão de baixo que ajudou a levantar a escola. Mas, com algumas notas muito altas, o samba deu uma cansada no decorrer do desfile, mesmo com todo o esforço de Ito Melodia, talvez, um dos três maiores intérpretes do nosso Carnaval. O andamento usado no desfile ajudou demais a recuperar a força deste samba. Apesar de não ter sido brilhante, ajudou o Império”.

Bruno Moraes: “A bateria do Império Serrano fez um desfile colocando o pé na porta em sua volta ao Especial. Mestre Vitinho é um talento e impressionou em sua primeira apresentação aos julgadores, muita segurança e tudo saiu perfeito, foi realmente emocionante e muito feliz na bossa que apresentou ao julgador. O tamborim e o agogô estavam super encaixados e tiveram performance de alto nível. As bossas eram complexas e muito bem executadas, com destaque para a bossa do hino nacional e o pagode. Incrível abertura do Carnaval do Grupo Especial. Serrinha tá feliz”.

Junior Schall: “O Império Serrano, como primeira escola a desfilar, fez muito bem o uso das dimensões da Avenida. Ocupando com um volume equilibrado os espaços, tanto para alegorias, quanto para os contingentes físicos na pista. Um Carnaval projetado e realizado, com olhar apurado para a estética e a técnica. O que é sempre muito útil para a Harmonia e a Evolução da Agremiação. A posição dos segmentos no desfile e, por exemplo, a largura acertada das alegorias são referências deste trabalho. Desfile com fluidez e tempo correto no relógio. A última alegoria passou na frente do segundo recuo de bateria aos 58 minutos de apresentação”.

Eliane Souza: “Foi possível observar a porta-bandeira Daniele Nascimento realizando o famoso patinete, movimento nomeado por Vilma Nascimento. E esse momento sempre é encantador, pois Daniele realiza com propriedade esse movimento obrigatório da coreografia da porta-bandeira! O mestre-sala, sempre atencioso e galante cumpriu sua função de louvar o pavilhão e conduzir a sua dama, ação que executa com galhardia. Ele dançou para seu pavilhão e sua dama. E isso é sempre lindo de apreciar! Destaque para o segundo casal Matheus Machado e Maura Luíza, pela alegria na execução do bailado e, realce para essa dama que desfilou grávida, trazendo Laurinha para a Avenida”.

Wallace Safra: “O coreógrafo Júnior Scapin trouxe para Avenida muito Axé e muita religiosidade. O cenário era um banjo onde aconteceu um grande ritual de cura. Com bailarinos bem atuantes e uma dança enérgica, a comissão apresentou movimentos oriundos do candomblé com a aparição de orixás que regiam e entrelaçavam com a coreografia proposta. A comissão atuou majoritariamente no elemento coreográfico, o que eu sempre acho que é uma perda visual para o público. Por fim e para coroar esse grande ritual o filho de Arlindo, Arlindinho, surge para comemorar e celebrar a vida. Comissão bem construída, com delicadeza e sensibilidade. A ala de passistas fez uma referência a ‘fezinha’ que quase todo mundo faz. Com muita energia a ala passou entregando simpatia e muito samba no pé. O figurino comprometeu um pouco dos movimentos de alguns passistas, mas eles conseguiram contornar e fizeram uma boa apresentação. Destaque para o trabalho do diretor na construção visual da ala”.

+ veja a galeria de fotos do desfile

O Império Serrano é o quarto maior vencedor da folia carioca, ao lado do Salgueiro, com nove títulos conquistados no Grupo Especial nos anos de 1948, 1949, 1950, 1951, 1955, 1956, 1960, 1972 e 1982. Também possui cinco primeiros lugares no Acesso, em 1998, 2000, 2008, 2017 e 2022.

+ o desempenho do Império nos últimos seis Carnavais:

(ordem de desfiles – Grupo Especial 2023)

+ domingo, 19 de fevereiro:

1º – Império Serrano (Campeão do Acesso 2022)
2º – Acadêmicos do Grande Rio
3º – Mocidade Independente de Padre Miguel
4º – Unidos da Tijuca
5º – Acadêmicos do Salgueiro
6º – Estação Primeira de Mangueira

+ segunda-feira, 20 de fevereiro:

1º – Paraíso do Tuiuti (11ª colocada do Grupo Especial 2022)
2º- Portela
3º – Unidos de Vila Isabel
4º – Imperatriz Leopoldinense
5º – Beija-Flor de Nilópolis
6º – Unidos do Viradouro

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