Diretor de Marketing da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, Gabriel David informou ao Extra que a Liesa já estuda mudanças na festa da Marquês de Sapucaí para 2023.
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Entre as medidas, estão “regras mais rígidas para os camarotes, novidades para as arquibancadas, valorização dos esquentas das agremiações e o debate sobre o maior controle de acesso e circulação de pessoas na concentração e na dispersão do sambódromo”. Veja o que ele disse:
Camarotes:
“Os camarotes não podem ser um evento dentro de um grande evento. Eles precisam dialogar com a Liga. Por questões estruturais, a Liesa não fez isso no passado. Mas, agora, vamos praticamente criar um subdepartamento para fazer esse controle. Muito provavelmente os que não se enquadrarem sofrerão multas pré-estabelecidas contratualmente, principalmente com relação ao som. No meu pensamento, a multa tem que ser mais alta do que o camarote tem que gastar com o tratamento acústico do espaço”.
Arquibancadas:
“Um ponto de atenção para o ano que vem é a ampliação da oferta de alimentos e bebidas, com produtos melhores e com preços mais acessíveis. É possível ter tanto arquibancadas mais baratas quanto, talvez, um pouco mais caras, para quem deseja algum serviço maior ou algo do tipo. Mas, em termos de arquibancadas, preço não é o foco. É entender o que pode mudar para que o público não chegue ali e se sente num pedaço de concreto. Para esse maior conforto físico, há várias possibilidades em estudo”.
Esquenta:
“Adoraria que, no próximo desfile das campeãs, acontecesse quase que uma batalha entre as seis primeiras colocadas para saber quem faria o melhor esquenta. Quero muito lutar também para que, nos desfiles oficiais, os esquentas ocupem um pequeno intervalo entre os desfiles, e que necessariamente todos eles sejam com som abertos a toda a Sapucaí”.
Segurança:
“Não podemos esquecer – a morte de uma menina durante os desfiles da Série Ouro após a saída de uma alegoria da Sapucaí – porque o Carnaval passou. Foi um acidente com uma criança como vítima. É preciso achar soluções. As ligas, junto com todos os órgãos do poder público envolvidos, devem sentar e entender que existe uma questão estrutural, física, que precisa ser revista. Precisamos de um controle de circulação maior na dispersão e na concentração. Acho que o raio de controle de circulação de pessoas do evento precisa aumentar. É uma questão estratégica. São ruas pequenas para a entrada de um grande contingente de pessoas e para entrada e saída de carros alegóricos gigantescos. Também há viadutos em lugares de concentração onde as pessoas precisam subir em carros alegóricos de forma rápida. Então, tira o viaduto? Não é isso. Precisa estudar. Se a gente vê o palco do Carnaval, que é a Marquês de Sapucaí, como um palco de um teatro, a gente precisa de uma grande coxia. E, hoje, o Carnaval não tem essa grande coxia”.
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