Caso o Carnaval carioca não aconteça em nenhuma de suas modalidades, a decisão geraria um prejuízo de bilhões de reais para a economia da cidade do Rio de Janeiro.
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Com a confirmação do cancelamento da folia promovida pelos Blocos de Rua, que movimentam milhões e atraem turistas de todo o mundo, agora existe a preocupação dos envolvidos nos desfiles de escolas de samba na Marquês de Sapucaí.
Em entrevista ao canal CNN, nesta terça-feira (11), de acordo com os cientistas Cristina Couri, do Laboratório de Economia Criativa da ESPM, e Gabriel Pinto, do Laboratório de Inteligência Artificial da Unirio, as projeções, caso a festa seja limada do calendário, estimam perda de cerca de R$ 6 bilhões envolvendo todos os setores que, de alguma forma, atuam na complexa engrenagem do Carnaval.
“Temos um movimento de sete milhões de pessoas apaixonadas pelo Carnaval do Rio nessa época, gerando uma expectativa muito grande”, disse Gabriel. O cientista destacou que a contabilização sequer leva em consideração as centenas de trabalhadores ambulantes que atuam no Carnaval:
“Os ambulantes são trabalhadores informais e extremamente importantes, não conseguimos contabilizar. No Carnaval, tem gente que nem volta pra casa, fica na rua direto para poder vender”, explicou.
As perdas financeiras afetam diretamente o comércio e o turismo, e, na ponta, o Poder Público, que perde em arrecadação de impostos. Ainda existe o prejuízo sociocultural para o Estado do Rio. O desfile da Avenida, considerado o maior espetáculo da Terra, representa uma das maiores manifestações e expressões artísticas do carioca.
Do outro lado, os blocos de rua estão estudando maneiras de não ficarem totalmente no prejuízo e algumas agremiações passaram a avaliar a possibilidade de promover festas em locais fechados, como o Parque Olímpico e o Parque Madureira, para atender protocolos sanitários impostos pela nova onda de contágio pela Covid-19.
+ Governador garante realização do evento:
Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, disse, na última segunda-feira (10), que de acordo com o cenário epidemiológico atual, os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí vão acontecer.
Porém, em reunião realizada na tarde do dia 7 de janeiro, o Comitê Científico do Estado do Rio havia avaliado que, devido à explosão de casos da variante Ômicron, não há condições de liberar eventos abertos ou fechados que gerem aglomerações.
O governador já havia sugerido a suspensão do Carnaval de rua em todos os municípios do Rio, já que, neste caso, não há como fazer um controle sanitário, com a adoção de protocolos, sejam de testagem ou exigência de esquema vacinal completo. A capital fluminense suspendeu o desfile dos blocos na semana passada.
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