Paulo Menezes: ‘A Rosas de Ouro vai exaltar a luta do negro pelo reconhecimento’
Dois anos após sua contratação – realizada em março de 2020 – o carnavalesco Paulo Menezes pôde, enfim, colocar seu projeto da Sociedade Rosas de Ouro na Avenida neste ano. Com o enredo “Sanitatem”, a agremiação ficou na nona colocação no último Carnaval. Se preparando para o seu terceiro desfile na cidade de São Paulo, o […]
POR Redação SRzd23/09/2022|5 min de leitura
Dois anos após sua contratação – realizada em março de 2020 – o carnavalesco Paulo Menezes pôde, enfim, colocar seu projeto da Sociedade Rosas de Ouro na Avenida neste ano. Com o enredo “Sanitatem”, a agremiação ficou na nona colocação no último Carnaval.
Se preparando para o seu terceiro desfile na cidade de São Paulo, o primeiro foi em 2020 pela Gaviões da Fiel, o artista declarou ao SRzd que já se considera um cidadão paulistano e demonstrou estar totalmente adaptado na nova casa.
“O primeiro ano é sempre de adaptação. E estes dois primeiros anos foram muito difíceis, um período de incertezas, a gente nunca sabia se ia conseguir desfilar na data certa, mas também deu pra conhecer bastante a escola e a escola me conhecer. Hoje a gente já fala a mesma linguagem”, revelou.
“Voltar para a Fábrica do Samba é o céu. Lá você está protegido de tudo. Claro que agora vai existir o período em que a escola vai descobrir o que é bom e o que é ruim, porque cada escola tem uma estrutura de trabalho diferente. Neste ano, especialmente, é um período de adaptação da escola com a estrutura que ela está recebendo, mas com certeza é muito melhor do que o barracão que a gente trabalhou no ano passado”, afirmou o carnavalesco, que já atuou no local quando defendeu a Gaviões.
O tema nasceu do samba concorrente composto por Arlindo Cruz, Fabiano Sorriso, Pedrinho Sem Braço, Paulinho Sampagode e Osmar Costa – atual vice-presidente da Roseira – derrotado na disputa das eliminatórias para o Carnaval 2006, que tinha como tema “A Diáspora Africana, um crime contra a raça humana”.
Paulo explicou que ele já tinha este enredo guardado há muito tempo: “Muita gente já falou de negro, de escravidão, mas não me lembro de ninguém que tenha falado da luta do negro pelo reconhecimento, pela igualdade, por todo este momento que a gente vive. Este enredo trata, principalmente, da luta do negro para ter o seu espaço reconhecido, para ter sua posição reconhecida.”
“Todo mundo gostou da ideia, mas o Osmar foi muito reticente. Eu entendo o posicionamento dele. Poderia parecer para as pessoas que era uma imposição dele e na realidade ele foi o único voto contra, porque ele achava que poderiam pensar isso. E acho que ninguém pensou”, declarou.
“Os problemas raciais de 2006 evoluíram muito para 2023. Mudou o pensamento de quem luta, do povo preto, então a gente faz algumas alterações no samba para trazer ele mais pra dentro do processo atual”, finalizou.
Dois anos após sua contratação – realizada em março de 2020 – o carnavalesco Paulo Menezes pôde, enfim, colocar seu projeto da Sociedade Rosas de Ouro na Avenida neste ano. Com o enredo “Sanitatem”, a agremiação ficou na nona colocação no último Carnaval.
Se preparando para o seu terceiro desfile na cidade de São Paulo, o primeiro foi em 2020 pela Gaviões da Fiel, o artista declarou ao SRzd que já se considera um cidadão paulistano e demonstrou estar totalmente adaptado na nova casa.
“O primeiro ano é sempre de adaptação. E estes dois primeiros anos foram muito difíceis, um período de incertezas, a gente nunca sabia se ia conseguir desfilar na data certa, mas também deu pra conhecer bastante a escola e a escola me conhecer. Hoje a gente já fala a mesma linguagem”, revelou.
“Voltar para a Fábrica do Samba é o céu. Lá você está protegido de tudo. Claro que agora vai existir o período em que a escola vai descobrir o que é bom e o que é ruim, porque cada escola tem uma estrutura de trabalho diferente. Neste ano, especialmente, é um período de adaptação da escola com a estrutura que ela está recebendo, mas com certeza é muito melhor do que o barracão que a gente trabalhou no ano passado”, afirmou o carnavalesco, que já atuou no local quando defendeu a Gaviões.
O tema nasceu do samba concorrente composto por Arlindo Cruz, Fabiano Sorriso, Pedrinho Sem Braço, Paulinho Sampagode e Osmar Costa – atual vice-presidente da Roseira – derrotado na disputa das eliminatórias para o Carnaval 2006, que tinha como tema “A Diáspora Africana, um crime contra a raça humana”.
Paulo explicou que ele já tinha este enredo guardado há muito tempo: “Muita gente já falou de negro, de escravidão, mas não me lembro de ninguém que tenha falado da luta do negro pelo reconhecimento, pela igualdade, por todo este momento que a gente vive. Este enredo trata, principalmente, da luta do negro para ter o seu espaço reconhecido, para ter sua posição reconhecida.”
“Todo mundo gostou da ideia, mas o Osmar foi muito reticente. Eu entendo o posicionamento dele. Poderia parecer para as pessoas que era uma imposição dele e na realidade ele foi o único voto contra, porque ele achava que poderiam pensar isso. E acho que ninguém pensou”, declarou.
“Os problemas raciais de 2006 evoluíram muito para 2023. Mudou o pensamento de quem luta, do povo preto, então a gente faz algumas alterações no samba para trazer ele mais pra dentro do processo atual”, finalizou.