Quando e como? Diretores de harmonia opinam sobre volta dos ensaios de quadra
Com as novas regras de flexibilização do Plano São Paulo, os sambistas ficam na expectativa do retorno dos ensaios de quadra das escolas de samba. No Grupo Especial, onze das quatorze agremiações já definiram o samba-enredo para o próximo Carnaval, enquanto no Grupo de Acesso 1, seis das oito entidades já definiram a trilha sonora […]
POR Redação SRzd16/08/2021|6 min de leitura
Com as novas regras de flexibilização do Plano São Paulo, os sambistas ficam na expectativa do retorno dos ensaios de quadra das escolas de samba.
No Grupo Especial, onze das quatorze agremiações já definiram o samba-enredo para o próximo Carnaval, enquanto no Grupo de Acesso 1, seis das oito entidades já definiram a trilha sonora do desfile.
Yves Alexeiv, da Tom Maior, disse estar na torcida para que todas as faixas etárias estejam completamente imunizadas até novembro deste ano. Por isso, ele acredita que os ensaios sejam liberados a partir de dezembro: “Antes disso, acho perigoso para a comunidade. Não é o ideal, ficaria corrido, mas é o cenário menos arriscado”.
“Vemos a disposição do governador tentando antecipar os prazos, mas a dependência do Governo Federal está, notoriamente, prejudicando o processo. Infelizmente, acredito que antes de novembro não seja possível”, opinou.
“Mesmo com a imunização da comunidade, pensamos em adaptar os ensaios e implantar protocolos que ajudem a evitar novas contaminações. O contato no Carnaval é inevitável. Normalmente, sou totalmente contra ‘militarizar’ os ensaios, mantendo os componentes engessados e com posições fixas e invioláveis, mas ao menos enquanto não temos uma situação ‘normal’ de contato social, acredito que seja o formato mais seguro. Sem contar outras medidas como conscientização, preocupação com a higiene geral e bem estar dos componentes”, revelou o sambista, que liderou o departamento da vermelha e amarela de 2014 a 2018 e retornou para a função no Carnaval 2020.
Já o líder da harmonia da Estrela do Terceiro Milênio desde 2013, Wilson Olimpio da Costa, o Japonês, não previu uma data específica para a volta dos encontros.
“Dependemos da liberação da nossa cidade e autoridades competentes para iniciar o retorno presencial com toda a nossa comunidade, uma vez que estamos em constante contato online. Acreditamos que será um momento de grande alegria e felicidade para todos, após tantos meses de isolamento causado pela pandemia”, afirmou.
“Estamos projetando essa volta desde o começo da pandemia, com a escolha do nosso enredo, do samba, reuniões e palestras virtuais com a nossa equipe de trabalho e diretoria. Usamos a tecnologia para não deixarmos de trabalhar em prol do nosso pavilhão e temos certeza que a nossa equipe está preparada para dar o pontapé inicial. Claro que sabemos que a pandemia ainda não acabou e nos adaptaremos ao que exige o momento, com distanciamento, uso de máscaras e álcool em gel”, completou.
Comandante do departamento da Unidos de Vila Maria desde 2020, Cesar de Oliveira, o Cesinha, imagina “que o retorno dos ensaios aconteça pelo mês de outubro, se não tivermos mais nenhum problema referente ao novo Coronavírus”.
“Tenho certeza que a comunidade estará com um pouco de receio da contaminação ao retornarmos aos ensaios, o que é até normal, e que temos que continuar com toda cautela e precaução necessária, dando continuidade com os protocolos sanitários da Covid-19, até podermos ter a convicção de termos superado esta pandemia. Acredito que temos que continuar com algumas adaptações aos ensaios, caso haja a necessidade, pois temos que preservar o nosso maior tesouro que é a nossa comunidade, e isso já faz parte do nosso planejamento”, declarou.
Na Mocidade Unida da Mooca, o setor é liderado por uma comissão formada por Dante Baptista, Luiz Leite, Daniel Sena e Neto Reis.
Dante destacou que desde o início da pandemia a agremiação teve a ciência como aliada, citando como exemplos os eventos virtuais, o curso de formação de corpo técnico e encorajando sempre as pessoas a permanecerem em casa, evitando encontros presenciais que causem aglomeração. Ele comentou que “nesse momento, a escola está observando a evolução do calendário de vacinação e a variante Delta da Covid-19”.
“Além desses cenários, consideramos também a reforma da nossa quadra, prevista para o mês de outubro, antes de projetar um retorno imediato num momento em que a média móvel ainda é alta comparada a outros países que avançaram e já retrocederam com as medidas de isolamento social”, disse.
O sambista afirmou que está trabalhando em parceria com a coordenação de alas para levantar a quantidade de vacinados por ala: “Já temos em vista encontros escalonados com alas e setores antes de termos condições de voltar a ensaiar normalmente”.
“Por termos uma quadra com pé direito mais baixo e tamanho reduzido em função da localização, mesmo com a reforma, teremos ainda mais cuidados no momento do retorno, e respeitaremos as pessoas da nossa comunidade nesse momento. Como diretor de harmonia, sinto falta de um protocolo único de retorno, conversado e alinhado em conjunto com as demais agremiações, mas trabalharemos para que a retomada – quando for possível e segura – seja feita da forma mais equilibrada possível”, apontou.
Com as novas regras de flexibilização do Plano São Paulo, os sambistas ficam na expectativa do retorno dos ensaios de quadra das escolas de samba.
No Grupo Especial, onze das quatorze agremiações já definiram o samba-enredo para o próximo Carnaval, enquanto no Grupo de Acesso 1, seis das oito entidades já definiram a trilha sonora do desfile.
Yves Alexeiv, da Tom Maior, disse estar na torcida para que todas as faixas etárias estejam completamente imunizadas até novembro deste ano. Por isso, ele acredita que os ensaios sejam liberados a partir de dezembro: “Antes disso, acho perigoso para a comunidade. Não é o ideal, ficaria corrido, mas é o cenário menos arriscado”.
“Vemos a disposição do governador tentando antecipar os prazos, mas a dependência do Governo Federal está, notoriamente, prejudicando o processo. Infelizmente, acredito que antes de novembro não seja possível”, opinou.
“Mesmo com a imunização da comunidade, pensamos em adaptar os ensaios e implantar protocolos que ajudem a evitar novas contaminações. O contato no Carnaval é inevitável. Normalmente, sou totalmente contra ‘militarizar’ os ensaios, mantendo os componentes engessados e com posições fixas e invioláveis, mas ao menos enquanto não temos uma situação ‘normal’ de contato social, acredito que seja o formato mais seguro. Sem contar outras medidas como conscientização, preocupação com a higiene geral e bem estar dos componentes”, revelou o sambista, que liderou o departamento da vermelha e amarela de 2014 a 2018 e retornou para a função no Carnaval 2020.
Já o líder da harmonia da Estrela do Terceiro Milênio desde 2013, Wilson Olimpio da Costa, o Japonês, não previu uma data específica para a volta dos encontros.
“Dependemos da liberação da nossa cidade e autoridades competentes para iniciar o retorno presencial com toda a nossa comunidade, uma vez que estamos em constante contato online. Acreditamos que será um momento de grande alegria e felicidade para todos, após tantos meses de isolamento causado pela pandemia”, afirmou.
“Estamos projetando essa volta desde o começo da pandemia, com a escolha do nosso enredo, do samba, reuniões e palestras virtuais com a nossa equipe de trabalho e diretoria. Usamos a tecnologia para não deixarmos de trabalhar em prol do nosso pavilhão e temos certeza que a nossa equipe está preparada para dar o pontapé inicial. Claro que sabemos que a pandemia ainda não acabou e nos adaptaremos ao que exige o momento, com distanciamento, uso de máscaras e álcool em gel”, completou.
Comandante do departamento da Unidos de Vila Maria desde 2020, Cesar de Oliveira, o Cesinha, imagina “que o retorno dos ensaios aconteça pelo mês de outubro, se não tivermos mais nenhum problema referente ao novo Coronavírus”.
“Tenho certeza que a comunidade estará com um pouco de receio da contaminação ao retornarmos aos ensaios, o que é até normal, e que temos que continuar com toda cautela e precaução necessária, dando continuidade com os protocolos sanitários da Covid-19, até podermos ter a convicção de termos superado esta pandemia. Acredito que temos que continuar com algumas adaptações aos ensaios, caso haja a necessidade, pois temos que preservar o nosso maior tesouro que é a nossa comunidade, e isso já faz parte do nosso planejamento”, declarou.
Na Mocidade Unida da Mooca, o setor é liderado por uma comissão formada por Dante Baptista, Luiz Leite, Daniel Sena e Neto Reis.
Dante destacou que desde o início da pandemia a agremiação teve a ciência como aliada, citando como exemplos os eventos virtuais, o curso de formação de corpo técnico e encorajando sempre as pessoas a permanecerem em casa, evitando encontros presenciais que causem aglomeração. Ele comentou que “nesse momento, a escola está observando a evolução do calendário de vacinação e a variante Delta da Covid-19”.
“Além desses cenários, consideramos também a reforma da nossa quadra, prevista para o mês de outubro, antes de projetar um retorno imediato num momento em que a média móvel ainda é alta comparada a outros países que avançaram e já retrocederam com as medidas de isolamento social”, disse.
O sambista afirmou que está trabalhando em parceria com a coordenação de alas para levantar a quantidade de vacinados por ala: “Já temos em vista encontros escalonados com alas e setores antes de termos condições de voltar a ensaiar normalmente”.
“Por termos uma quadra com pé direito mais baixo e tamanho reduzido em função da localização, mesmo com a reforma, teremos ainda mais cuidados no momento do retorno, e respeitaremos as pessoas da nossa comunidade nesse momento. Como diretor de harmonia, sinto falta de um protocolo único de retorno, conversado e alinhado em conjunto com as demais agremiações, mas trabalharemos para que a retomada – quando for possível e segura – seja feita da forma mais equilibrada possível”, apontou.