Royce do Cavaco 60 anos: cantor recorda trajetória e espera 2022 com polêmicas e alegrias
Um dos maiores nomes na arte de interpretar sambas de enredo no país celebra 60 anos nesta sexta-feira (8): Royce do Cavaco. O cantor é considerado pelos sambistas como dono de uma das mais importantes vozes de todos os tempos da folia paulistana, com passagens marcantes pela Águia de Ouro, X-9 Paulistana, Nenê de Vila […]
POR Redação SRzd08/10/2021|5 min de leitura
Um dos maiores nomes na arte de interpretar sambas de enredo no país celebra 60 anos nesta sexta-feira (8): Royce do Cavaco.
O cantor é considerado pelos sambistas como dono de uma das mais importantes vozes de todos os tempos da folia paulistana, com passagens marcantes pela Águia de Ouro, X-9 Paulistana, Nenê de Vila Matilde, Tom Maior e Acadêmicos do Tatuapé, além de gravações e atuações por agremiações de diversos grupos e cidades brasileiras.
O sambista está desde 2017 na “Roseira”, escola em que possui grande identificação e que contabiliza uma primeira passagem marcada por títulos e premiações entre 1983 e 1994.
Atualmente, Royce é quem está há mais tempo como voz oficial de uma escola de samba na capital paulista. Prestes a completar 40 anos de Avenida, em 2022, ele explicou qual é o segredo do sucesso de tantos anos de carreira.
“Alguns elementos pra se trilhar uma carreira coerente creio que sejam: ter um grau de talento, dedicação, foco na evolução da musicalidade e do samba, cuidados básicos com a saúde, respeito pelos baluartes mais velhos, critério nas criações e composições, sempre buscar a perfeição na maneira de cantar e muito amor ao samba”, afirmou.
Mesmo após tantos anos interpretando sambas, ele não se vê longe da Passarela do Samba: “É uma resposta difícil. Não me vejo apto a imaginar quantos anos ainda estarei cantando na passarela. Enquanto eu tiver saúde e voz, quero continuar desfrutando dessa magia que é cantar para milhares de pessoas”.
O intérprete disse que, dentre os momentos mais especiais de sua trajetória estão os Carnavais de 1992 – quando a Sociedade Rosas de Ouro conquistou seu quinto título no Grupo Especial com o enredo “Non Ducor Duco’, qual é a minha cara?” – e 1997 – primeira vez em que a X-9 Paulistana levou o troféu da elite do samba de São Paulo com o tema “Amazônia, a Dama do Universo”.
Royce também recordou um momento inusitado que vivenciou em um determinado desfile.
“Não me lembro exatamente o ano, mas eu me vi num exato momento com o microfone em uma das mãos cantando e a outra mão tentando ajudar a rapaziada a empurrar uma alegoria que estava travada no meio do desfile quase à nossa frente. Não era a minha função, porém é a reação natural de se tentar resolver um problema grave no desfile, mas correu tudo bem”, recordou.
“O Carnaval sempre nos ensina que sozinhos não fazemos nada, não chegamos a lugar nenhum e que nessa trajetória o que nos traça um objetivo gratificante é realizar tudo com amor e humildade”, destacou.
O cantor também opinou sobre o que espera para o Carnaval de 2022, o primeiro após a pandemia da Covid-19: “Eu creio que 2022 será um Carnaval de polêmicas, de contradições, de se lavar a alma, de reencontro com a nossa vocação pela arte, de alegria de poder cantar e dançar e ver a fase ruim ir embora”.
Por fim, o sambista destacou qual presente gostaria de ganhar neste dia em que completa 60 anos: “Com certeza a nação em harmonia e a doença que trouxe a pandemia fosse extinta de vez. Seria um presente maior do qualquer coisa material”.
No próximo ano, a Rosas de Ouro vai ser a sexta a desfilar no sábado, 26 de fevereiro, com o enredo “Sanitatem”, que significa “cura” em latim. O projeto será desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Menezes.
O samba-enredo é de autoria de Godoi, Luciano Godoi, Diego Nicolau, André Ricardo, Marcelo Adnet, Douglas Chocolate, Jacopetti, Cacá Mascarenhas, Liso, Antonio Júnior, Hudson Luiz e Andréia Araújo. Clique aqui para ouvir.
Um dos maiores nomes na arte de interpretar sambas de enredo no país celebra 60 anos nesta sexta-feira (8): Royce do Cavaco.
O cantor é considerado pelos sambistas como dono de uma das mais importantes vozes de todos os tempos da folia paulistana, com passagens marcantes pela Águia de Ouro, X-9 Paulistana, Nenê de Vila Matilde, Tom Maior e Acadêmicos do Tatuapé, além de gravações e atuações por agremiações de diversos grupos e cidades brasileiras.
O sambista está desde 2017 na “Roseira”, escola em que possui grande identificação e que contabiliza uma primeira passagem marcada por títulos e premiações entre 1983 e 1994.
Atualmente, Royce é quem está há mais tempo como voz oficial de uma escola de samba na capital paulista. Prestes a completar 40 anos de Avenida, em 2022, ele explicou qual é o segredo do sucesso de tantos anos de carreira.
“Alguns elementos pra se trilhar uma carreira coerente creio que sejam: ter um grau de talento, dedicação, foco na evolução da musicalidade e do samba, cuidados básicos com a saúde, respeito pelos baluartes mais velhos, critério nas criações e composições, sempre buscar a perfeição na maneira de cantar e muito amor ao samba”, afirmou.
Mesmo após tantos anos interpretando sambas, ele não se vê longe da Passarela do Samba: “É uma resposta difícil. Não me vejo apto a imaginar quantos anos ainda estarei cantando na passarela. Enquanto eu tiver saúde e voz, quero continuar desfrutando dessa magia que é cantar para milhares de pessoas”.
O intérprete disse que, dentre os momentos mais especiais de sua trajetória estão os Carnavais de 1992 – quando a Sociedade Rosas de Ouro conquistou seu quinto título no Grupo Especial com o enredo “Non Ducor Duco’, qual é a minha cara?” – e 1997 – primeira vez em que a X-9 Paulistana levou o troféu da elite do samba de São Paulo com o tema “Amazônia, a Dama do Universo”.
Royce também recordou um momento inusitado que vivenciou em um determinado desfile.
“Não me lembro exatamente o ano, mas eu me vi num exato momento com o microfone em uma das mãos cantando e a outra mão tentando ajudar a rapaziada a empurrar uma alegoria que estava travada no meio do desfile quase à nossa frente. Não era a minha função, porém é a reação natural de se tentar resolver um problema grave no desfile, mas correu tudo bem”, recordou.
“O Carnaval sempre nos ensina que sozinhos não fazemos nada, não chegamos a lugar nenhum e que nessa trajetória o que nos traça um objetivo gratificante é realizar tudo com amor e humildade”, destacou.
O cantor também opinou sobre o que espera para o Carnaval de 2022, o primeiro após a pandemia da Covid-19: “Eu creio que 2022 será um Carnaval de polêmicas, de contradições, de se lavar a alma, de reencontro com a nossa vocação pela arte, de alegria de poder cantar e dançar e ver a fase ruim ir embora”.
Por fim, o sambista destacou qual presente gostaria de ganhar neste dia em que completa 60 anos: “Com certeza a nação em harmonia e a doença que trouxe a pandemia fosse extinta de vez. Seria um presente maior do qualquer coisa material”.
No próximo ano, a Rosas de Ouro vai ser a sexta a desfilar no sábado, 26 de fevereiro, com o enredo “Sanitatem”, que significa “cura” em latim. O projeto será desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Menezes.
O samba-enredo é de autoria de Godoi, Luciano Godoi, Diego Nicolau, André Ricardo, Marcelo Adnet, Douglas Chocolate, Jacopetti, Cacá Mascarenhas, Liso, Antonio Júnior, Hudson Luiz e Andréia Araújo. Clique aqui para ouvir.