Madonna no Maracanã: A primeira vez no Brasil

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Cantora veio ao país em 1993 na turnê “The Girlie Show”, na qual divulgava o seu último trabalho, “Erotica”

POR Redação SRzd10/12/2008|5 min de leitura

Madonna no Maracanã: A primeira vez no Brasil
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A “The Girlie Show” não foi das maiores turnês de Madonna. No total, foram 39 apresentações, sendo que 23 delas se dividiram entre Austrália, Japão, México, Argentina e Brasil. Madonna foi seletiva ao ponto de restringir a turnê de divulgação do álbum “Erotica” a apenas cinco apresentações nos Estados Unidos, sendo que três delas no Madison Square Garden, de Nova York.

Por outro lado, os brasileiros tiveram a primeira oportunidade de presenciar um show da rainha do pop. Tudo bem que “Erotica” está muito longe de ser o um dos grandes trabalhos de Madonna. Mas as cem mil pessoas presentes no Maracanã no dia 06 de novembro de 1993, não deviam estar muito preocupadas com isso. A verdade é que, pela primeira vez, muitos fãs iam ter a oportunidade de ver Madonna ao vivo pela primeira vez. E isso bastava.

E como o próprio título do álbum ora divulgado já denunciava, Madonna (desculpe-me a previsibilidade) estava mais erótica do que nunca, fase essa iniciada já na coletânea lançada anteriormente, “The Immaculate Collection”, que trazia a inédita “Justify My Love”, que ganhou um polêmico videoclipe.

O show já começava com um bloco bem sensual. Uma fanfarra de circo infantil logo se transformava em algo parecido com uma boate daquelas de Copacabana, com dançarinas com os peitos de fora escorregando em paus de sebo, dançarinos com micro-sungas, e Madonna surgindo no palco com um shortinho minúsculo de lantejoulas pretas, um sutiã e um casaquinho menor do que a sua roupa íntima. E a primeira canção era exatamente “Erotica”, durante a qual Madonna fazia um playback “perfeito”. (Na época, a imprensa divulgou que o único momento do show em que a cantora norte-americana não dublou foi durante uma sofrível versão de “Garota de Ipanema”. Procure essa gravação na Internet e tire as suas próprias conclusões…)

Em seguida, Madonna continuava com a mesma proposta, com uma “Fever” na qual se cercava de dançarinos sarados. Mas a grande festa começou mesmo com “Vogue”. Nessa canção, o público teve a certeza de que estava em um show da Madonna. O momento de descanso veio na balada “Rain” (do álbum “Erotica”).

Mas a calmaria durou pouco. Nem dois minutos após o término da canção, Madonna desceu no palco, com uma roupa bem colorida, em cima de um globo prateado. Vestindo uma imensa peruca loira (que ajudou o público sentado nas cadeiras especiais a localizar a cantora no meio do nababesco palco), a cantora mandou “Express Yourself”, que foi, de longe, o momento mais animado do espetáculo. “Deeper And Deeper”, também de “Erotica”, manteve o pique, mostrando uma cantora, digamos, mais ingênua, como no início de carreira.

Mas a sacanagem voltou logo a reinar em “Why It’s So Hard”, durante a qual, Madonna e seus dançarinos simulavam uma suruba de respeito. Com o público bem animado, o anticlímax veio logo com “Like a Virgin”. Se na “Blond Ambition”, turnê anterior de Madonna, ela se contorcia em uma cama cenográfica, enquanto a cantava, na “The Girlie Show”, a cantora vestiu um fraque e fez uma versão chatérrima da canção, meio que querendo remeter aos grandes musicais do início do século passado. Uma pena Madonna ter desperdiçado essa canção. Certamente, faria o Maracanã tremer…

Já “Bye Bye Baby”, outra do disco novo, foi a deixa para o bloco latino, que, até hoje, ninguém soube explicar o porquê de Madonna insistir tanto nele – lógico que a “Sticky & Sweet Tour” tem o seu bloco latino também. A enjoada “I’m Going Bananas” e “La Isla Bonita” (que, àquela época já tinha dado o que tinha que dar) abriram espaço para o final com “Holiday”, com direito a Madonna vestida com trajes de “senhor da guerra”. Durante essa canção, uma imensa bandeira dos Estados Unidos apareceu no fundo do palco. Em 1993, o público não ligou muito para isso, não. Mas será que hoje, a Madonna eleitora de Barack Obama e com tanta raiva de Sarah Palin teria coragem de pagar esse mico?

No bis, Madonna voltou para cantar “Justify My Love” e a apoteose final com “Everybody Is a Star” e “Everybody”, o seu primeiro single, que ganhou uma versão longuíssima e cheia de solos dos músicos contratados. Ah, e lógico que Madonna vestiu a camisa da seleção brasileira de futebol e do Flamengo.

Enfim, os dois shows que Madonna fez no Brasil em 1993 (dia 03 de novembro em São Paulo, e dia 06 no Rio) foram muito mais históricos pelo fato de terem sido as primeiras apresentações de Madonna por essas terras, do que pelo show em si. Vamos ver o que acontece com a “Sticky & Sweet Tour”.

A “The Girlie Show” não foi das maiores turnês de Madonna. No total, foram 39 apresentações, sendo que 23 delas se dividiram entre Austrália, Japão, México, Argentina e Brasil. Madonna foi seletiva ao ponto de restringir a turnê de divulgação do álbum “Erotica” a apenas cinco apresentações nos Estados Unidos, sendo que três delas no Madison Square Garden, de Nova York.

Por outro lado, os brasileiros tiveram a primeira oportunidade de presenciar um show da rainha do pop. Tudo bem que “Erotica” está muito longe de ser o um dos grandes trabalhos de Madonna. Mas as cem mil pessoas presentes no Maracanã no dia 06 de novembro de 1993, não deviam estar muito preocupadas com isso. A verdade é que, pela primeira vez, muitos fãs iam ter a oportunidade de ver Madonna ao vivo pela primeira vez. E isso bastava.

E como o próprio título do álbum ora divulgado já denunciava, Madonna (desculpe-me a previsibilidade) estava mais erótica do que nunca, fase essa iniciada já na coletânea lançada anteriormente, “The Immaculate Collection”, que trazia a inédita “Justify My Love”, que ganhou um polêmico videoclipe.

O show já começava com um bloco bem sensual. Uma fanfarra de circo infantil logo se transformava em algo parecido com uma boate daquelas de Copacabana, com dançarinas com os peitos de fora escorregando em paus de sebo, dançarinos com micro-sungas, e Madonna surgindo no palco com um shortinho minúsculo de lantejoulas pretas, um sutiã e um casaquinho menor do que a sua roupa íntima. E a primeira canção era exatamente “Erotica”, durante a qual Madonna fazia um playback “perfeito”. (Na época, a imprensa divulgou que o único momento do show em que a cantora norte-americana não dublou foi durante uma sofrível versão de “Garota de Ipanema”. Procure essa gravação na Internet e tire as suas próprias conclusões…)

Em seguida, Madonna continuava com a mesma proposta, com uma “Fever” na qual se cercava de dançarinos sarados. Mas a grande festa começou mesmo com “Vogue”. Nessa canção, o público teve a certeza de que estava em um show da Madonna. O momento de descanso veio na balada “Rain” (do álbum “Erotica”).

Mas a calmaria durou pouco. Nem dois minutos após o término da canção, Madonna desceu no palco, com uma roupa bem colorida, em cima de um globo prateado. Vestindo uma imensa peruca loira (que ajudou o público sentado nas cadeiras especiais a localizar a cantora no meio do nababesco palco), a cantora mandou “Express Yourself”, que foi, de longe, o momento mais animado do espetáculo. “Deeper And Deeper”, também de “Erotica”, manteve o pique, mostrando uma cantora, digamos, mais ingênua, como no início de carreira.

Mas a sacanagem voltou logo a reinar em “Why It’s So Hard”, durante a qual, Madonna e seus dançarinos simulavam uma suruba de respeito. Com o público bem animado, o anticlímax veio logo com “Like a Virgin”. Se na “Blond Ambition”, turnê anterior de Madonna, ela se contorcia em uma cama cenográfica, enquanto a cantava, na “The Girlie Show”, a cantora vestiu um fraque e fez uma versão chatérrima da canção, meio que querendo remeter aos grandes musicais do início do século passado. Uma pena Madonna ter desperdiçado essa canção. Certamente, faria o Maracanã tremer…

Já “Bye Bye Baby”, outra do disco novo, foi a deixa para o bloco latino, que, até hoje, ninguém soube explicar o porquê de Madonna insistir tanto nele – lógico que a “Sticky & Sweet Tour” tem o seu bloco latino também. A enjoada “I’m Going Bananas” e “La Isla Bonita” (que, àquela época já tinha dado o que tinha que dar) abriram espaço para o final com “Holiday”, com direito a Madonna vestida com trajes de “senhor da guerra”. Durante essa canção, uma imensa bandeira dos Estados Unidos apareceu no fundo do palco. Em 1993, o público não ligou muito para isso, não. Mas será que hoje, a Madonna eleitora de Barack Obama e com tanta raiva de Sarah Palin teria coragem de pagar esse mico?

No bis, Madonna voltou para cantar “Justify My Love” e a apoteose final com “Everybody Is a Star” e “Everybody”, o seu primeiro single, que ganhou uma versão longuíssima e cheia de solos dos músicos contratados. Ah, e lógico que Madonna vestiu a camisa da seleção brasileira de futebol e do Flamengo.

Enfim, os dois shows que Madonna fez no Brasil em 1993 (dia 03 de novembro em São Paulo, e dia 06 no Rio) foram muito mais históricos pelo fato de terem sido as primeiras apresentações de Madonna por essas terras, do que pelo show em si. Vamos ver o que acontece com a “Sticky & Sweet Tour”.

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